Cap. 9

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Edvin bem gatinho p vcs <3

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POV Maeve

Terminei de arrumar meus livros na estante, e logo depois tomei um banho rápido.

Eu vou sair com meu pai para ir á um jantar na casa de um colega de trabalho dele. Ele me pediu para acompanha-lo e como não tenho nada melhor pra fazer decidi ir. Estávamos mais arrumados do que o comum, mas nada de muito exagerado.

- vamos, Maeve! - gritou Thomas do andar de baixo - não posso chegar atrasado, querida!

- eu tô indo! - eu não estava indo, estava escovando meus dentes e ainda tinha calçar os sapatos. Dica: não deixem para escolher a roupa de última hora, vai por mim.

Eu trajava um vestido leve e delicado, na minha cabeça ele é bem apropriado para a ocasião e eu estava me achando gatíssima.

Terminei de me preparar e desci as escadas apressadamente.

- já disse para não correr nas escada, Mae! - interviu meu pai.

- eu não vou cair, pai.

- assim espero. Vamos! - pegou a chave do carro e nos dirigimos á garagem.

[...]

Ao chegar na casa, percebi que não era muito longe da casa de Norah, poderia dar uma passada lá depois.

- bem vindos! - disse o anfitrião. Ele é um homem de pele escura que trajava um terno azul escuro esplendido.

- muito obrigado, Marcus. Essa é minha filha, Maeve!  - fez um gesto me apresentando.

- olá, senhor - estendi minha mão para que apertasse.

- bem vinda, Maeve. Fique a vontade, vamos servir o jantar logo, pode ficar na sala principal se quiser. Eu e seu pai vamos ficar na sala de jantar.

Assenti com a cabeça e o agradeci indo em direção á sala. A casa era bem grande e moderna, admito que prefiro um estilo mais rústico, mas a decoração era linda de viver.

Me acomodei no grande sofá bege com uma pequena mesa na frente e mandei mensagens para minha melhor amiga. Ela logo me respondeu e ficamos conversando até dar a hora de comer. Nos serviram uma massa recheada deliciosa que eu logo acabei de comer.

- gostaria de mais Maeve?  - falou Marcus.

- não, obrigada. Está delicioso, mas estou satisfeita - comeria mais, entretanto tenho que manter meu papel de refinada - pai, eu poderia ir á casa da Norah? Ela mora aqui perto.

- acho que está meio tarde pra isso, não?

- ah pai, por favor. Eu posso dormir lá, assim você pode ir pra casa tranquilo - insisti. Mal tinha falado disso para Norah, mas ela ia gostar de uma visitinha.

- tudo bem - disse se dando por vencido - tome cuidado e não demore na rua.

- tá, pai. Obrigada - agradeci com um sorriso no rosto enquanto me levantava para me retirar da mesa - obrigada pela comida, senhor. Estava muito boa!

- de nada, Maeve. Até a próxima.

Sai da casa super animada já que ia dormir na casa da minha amiga. Em parte eu estava com medo porque estava sozinha e estava a noite, mas vou rápido, assim nada de ruim vai acontecer.

Durante o caminho, eu passei por casa com grandes janelas e cortinas as tampando. Seria um sonho morar em uma dessas, quem sabe um dia. As arvores formavam quase um túnel e eram lindas, suas folhas caíam no silencio da noite e pousavam no chão esperando para serem levadas pelo vento. Observava atentamente o local tentando guardar esse sentimento de quietude, mas infelizmente ele não durou tanto quanto devia.

Fui puxada para um beco entre as casas e assustada comecei a gritar.

- socor.. - minha boca foi tampada por a palma de uma mão.

- fique quieta garota! - disse uma voz masculina. Não conseguia ver o rosto do indivíduo, pois o mesmo me segurava pelas costas - não faça nenhum barulho!

Minha cabeça foi empurrada brutalmente para frente, batendo com força na parede e logo senti um ardor na região. Eu estava em choque, não sabia o que fazer. Ele me prendia com força, passava suas mão nojentas pelo meu corpo e minhas lagrimas não paravam de cair.

- me larga! - soltei com a voz abafada.

Ele não parava, foi em direção a barra da minha saia a levantando com pressa. Por estar de noite pude notar uma claridade chegando perto de onde estava e senti que aquela poderia ser minha saída.

- socorro! ajuda! - sua mão tapou minha boca novamente e eu apenas fazia som incompreensíveis tentando chamar atenção de quem quer que seja a pessoa no carro.


POV Edvin

Minha tarde tinha sido perturbada, pois meu pai não saía do meu pé e Mary não estava em casa para me confortar. Decidi, então, pegar o carro e dar uma volta para esfriar a cabeça.

Não fui muito longe de casa para não demorar pra voltar. Passava por umas casas com grandes janelas quando ouvi alguém gritando.

- socorro! ajuda! - era uma voz feminina e parecia desesperada.

Parei e desci do carro procurando de onde vinha o barulho. Parei na frente de um beco e vi um cara e uma garota que parecia tentar se soltar do aperto dele. Arregalei meus olhos surpreso com o que estava vendo.

- ei! solta ela seu merda! - intervi. Estava escuro, o que impediu que eu reconhecesse qualquer um dos dois.

O cara assim que ouviu minha voz soltou a menina de qualquer jeito e não saiu correndo sem antes me empurrar com força, me fazendo cair no chão.

- ei você está bem? - perguntei olhando para a garota que também estava no chão só que chorando. Me aproximei lentamente e cheguei perto o bastante para reconhecer Maeve em meio a lágrimas.

Piano de Stravinsky - Edvin RydingOnde histórias criam vida. Descubra agora