POV MaeveEra segunda feira. Acordei com meu alarme e me levantei.
Fiz minha rotina de sempre enquanto torcia para que tudo ocorresse normalmente na escola.
Eu e minha amiga chegamos no prédio estudantil e nada parecia fora do comum. Pude, finalmente, relaxar e aproveitar meu dia normalmente ao lado de Norah.
Uma pausa pra atualização do meu trabalho de biologia, eu terminei finalmente e entreguei um dia antes do previsto. Aluna exemplar eu diria, vamos fingir que não demorei mais de duas semanas pra fazer.
Durante a aula de química, eu e a cacheada estávamos conversando enquanto a professora não chegava.
- vi Edvin no corredor - disse ela - ele parecia querer falar comigo, mas passei reto. Onde ele acha que tá com a cabeça? Foi um merda e depois volta como se nada tivesse acontecido.
- nem me fale nele, não o vejo desde o acontecido e também não pretendo - disse revirando os olhos - mudando de assunto, entreguei meu trabalho e você?
- também! terminei a tempo graças a Khai, ela tem ótimas ideias, devia falar com ela algum dia, ela quer te conhecer - até que poderia ser uma boa ideia.
- talvez um dia eu fale com ela, quem sabe?
- você é muito tímida Mae, se abra mais um pouco, não tem problema se fizer isso.
- eu sei, mas sabe como eu fico com pessoas que não sou próxima - disse abaixando a cabeça.
- afinal, você não ficava tão tímida quando estava perto do Ed - adicionou sua observação.
- acho que é porque ele já me irrita tanto que não vale a pena ficar quieta do lado dele. No entanto, eu também ficava nervosa pra falar com ele assim como fico com outras pessoas. Não é como se ele fosse especial - dei de ombros.
POV Edvin
Tenho me sentido mal por ter ter falado aquelas coisas pra Maeve, ela não merecia tudo aquilo, eu só estava com raiva das pessoas saberem um coisa tão pessoal minha, mas a culpa nem era dela, na verdade era toda minha e eu reverti essa culpa em palavras que a machucaram.
Não sei como pedir desculpa, tenho muito orgulho para fazer isso. Omar me incentivou a me desculpar, mas não tenho o coração de ouro que ele tem. O meu coração estava rachado e não acho que ele vá voltar a ser completo tão cedo.
Durante a escola, tentei falar com Norah, mas ela estava me evitando, ignorando seria a palavra mais adequada já que passava reto por mim mesmo eu a chamando. Sei que isso também é culpa minha, mas o que eu posso fazer?
Eu tô perdido e não sei o caminho de volta, não sei que direção seguir, não sei como chegar a algum lugar. Como faço as coisas melhorarem?
[...]
Ao chegar em casa, apenas Mary estava em casa. Ela trabalhava aqui há muito tempo e foi muito presente em minha vida, sou grato a ela por isso.
- ei querido! Como foi a escola? - diz ela terminando de passar um pano na mesa de jantar e me olhando - que carinha é essa Edvin? O que aconteceu? Venha me conte tudo - ela largou o pano e se sentou no sofá dando tapinhas ao lado dela, indicando que eu deveria sentar.
- acho que fiz mal a alguém, Mary - me sentei ao seu lado apoiando minha cabeça em seu ombro.
- e esse alguém é especial?
- não. É só uma garota que me odeia e eu a odeio.
- se a odeia, porque está se sentindo mal? - boa pergunta.
- acho que fui muito duro com as palavras.
- então peça desculpas, Edvin!
- tenho vergonha - admiti - não sei como - disse tapando meu rosto com as mãos.
- não se deve ter vergonha de pedir desculpas, menino! Principalmente para uma garota, porque ao contrário do que vocês acham, as mulheres não entendem tudo o que vocês querem dizer.
- você fala como se fosse fácil Mary.
Mary me confortou até que meu pai chegasse para jantarmos juntos. A chamei para sentar conosco, mas ela preferiu nos dar privacidade para conversarmos.
- como está indo na escola? - perguntou.
- bem - o silêncio prevalecia sendo possível ouvir apenas o batucar dos talheres no prato.
Os assuntos nos quais citamos são todos banais, acho que a vida de meu pai é banal, não acontece nada além do trabalho e de mim. Ás vezes tenho pena dele, será que se minha mãe ainda estivesse aqui ele seria assim?
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Mais um cap com pov do Ed!
um pouco curto, mas tenham paciência que muita coisa vai acontecer ainda.
ps: se estiver muito melancólico é pq estou escrevendo enquanto ouço músicas tristes :)
Bjss
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Piano de Stravinsky - Edvin Ryding
RomantizmMaeve de 17 anos tinha apenas uma amiga chamada Norah, que por acaso era bem popular em sua escola. Elas eram amigas desde sempre, mas Maeve sempre esteve na sombra da popularidade de sua melhor amiga, entretanto isso nunca a incomodou, como diz ela...