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Draco quase nunca entrava em situações que ficava tão nervoso ao ponto de entrar em pânico e permanecer estático, sem saber o que fazer.

Ele geralmente conseguia lidar bem com provas, broncas de seus pais ou problemas familiares em geral.

Porém, um dia quando estava brincando na piscina com Marlene, ele precisou se ausentar por alguns minutos para ir ao banheiro.

Quando voltou, a encontrou no fundo da piscina, imóvel. Seus reflexos seriam de pular na bacia d'água o mais rápido possível e nadar até ela para salvá-la. Mas ele não conseguiu. Permaneceu inerte.

Por sorte, sua mãe estava entrando no quintal nessa hora para oferecer lanche para o filho e entendeu a situação.

Ela pulou na piscina no mesmo instante e não era nada demais. Marlene só estava procurando pelo brinquedo que eles utilizavam no jogo de pegar e devolver, e seu bico estava preso no duto de ar.

Draco, ainda em choque com medo de perder a Golden, passou o resto do dia agarrado a ela, como se ela pudesse sumir a qualquer instante.

Ele estava se sentindo praticamente dessa mesma maneira, mas era Harry quem não dava sinais. Malfoy sabia que era o único naquele ambiente e tinha ciência de que só ele poderia fazer alguma mudança na situação.

— Harry... — Malfoy murmurou trêmulo, dando tapinhas na bochecha do moreno, não recebendo resposta.

Ele levantou da cama de supetão, tomando cuidado para que o corpo do moreno não fosse afetado. Calçou o primeiro sapato que viu pela frente, pegou a toquinha de sapo do garoto e segurou Harry no colo estilo noiva, notando que ele parecia mais leve.

Deixou o quarto deles praticamente correndo, apertando o botão do elevador repetidamente, com dificuldade, tentando agilizar o processo da locomoção.

Ele respirava pesadamente, com dificuldade em manter o corpo do moreno em seus braços sem deixá-lo cair. O elevador abriu e, por sorte, estava vazio.

Draco alertou o interruptor apressado, abraçando Harry contra seu peito, tentando sentir algum movimento. Ele segurou seu punho, medindo seu pulso. Foi difícil de encontrar, mas estava lá, fraco. Seu coração havia voltado a bater.

Malfoy suspirou aliviado, ele não sabia o que estava acontecendo e estava entrando em pânico por isso.

Draco estava ciente de que Potter vinha sentindo-se mais cansado ultimamente, parando para dormir em praticamente qualquer lugar. Malfoy tentava convencê-lo a fazer menos esforços, mas o garoto era teimoso e insistia em continuar saindo.

O loiro não sabia para onde levá-lo.

Eles estavam no meio de uma ilha, provavelmente sem nenhum hospital de ótima qualidade. Bom, qualquer um seria melhor do que nada. Draco iria até o mais próximo e depois pediria por uma transferência, se possível.

Tentando focar em sua respiração, Malfoy acalmou-se meramente, correndo até a recepção quando a porta abriu, exigindo por um transporte até o melhor hospital do lugar.

Como o hotel era um lugar refinado, Draco foi atendido prontamente e um carro do local os levaram até o centro médico enquanto uma enfermeira os acompanhava, medindo os sinais vitais do moreno no bando de trás.

Harry tinha a cabeça deitada no colo do loiro, que fazia carinho em seu cabelo inconscientemente. Seu rosto estava pálido e suas mãos frias.

— Harry, por favor, acorde. Eu não estou entendendo o que está acontecendo...

Draco tinha uma mão segurando a sua, fazendo círculos invisíveis, transmitindo calor humano para ele, em uma tentativa falha de aquecê-lo.

Malfoy mandou uma curta mensagem para os padrinhos de Harry e seus pais, avisando sobre o ocorrido. Eles avisaram que pegariam o primeiro voo para a França e chegariam lá o mais rápido possível.

Mein Deutscher Prinz || drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora