Capítulo 2 • Seu coração é mentiroso

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     —Laufeyson... Laufeyson...?

     Distante, ouvi meu nome sendo chamado em um sussurro doce e agudo. Demorei para racionar que eu estava dormindo e que aquele chamado havia me despertado do sono. Abri os olhos devagar, notando o ambiente não tão escuro graças à uma fresta de luz que entrava pela porta da frente, que havia sido aberta. Meus olhos encontraram a jovem Aj, recostada no batente da porta, com os pés no limite da soleira, parecendo não querer adentrar na cabana.

     —Estou acordado. — a respondi, já me erguendo e ficando sentado.

     —Uyla pediu para chamá-lo para a refeição da noite. — justificou ela — Disse que você poderia estar com fome.

     —Oh... — resmunguei enquanto me colocava de pé, passando a mão pelo rosto para afastar a sonolência e me recompor. Metade do meu corpo estava quente, justamente o lado que estava próximo de Violet, o que me deixou em alerta. Me agachei ao lado dela e coloquei o peito da minha mão em sua testa para aferir a temperatura — Está quente...

     —O que disse?

     Desci minha mão para o pescoço e também estava quente, mais quente que o normal, além disso, suas bochechas estavam bem coradas... Eu sabia que midgardianos eram naturalmente mais quentes que asgardianos – e eu, claro, um gigante de gelo –, mas aquilo parecia estar fora do normal.

     Notei Aj se aproximar cautelosa e se posicionar ao meu lado.

     —Está tudo bem...?

     —Acho que ela está quente... Bem quente.

     —Oh, sim... Uyla pode te explicar melhor depois, mas isso é um efeito da flor-da-verdade. As flores secas liberam uma substância anestesiante e terapêutica, isso pode deixar o corpo febril... Significa que está funcionando, o corpo está trabalhando para se curar.

     Apenas assenti com a cabeça, sem tirar os olhos de Violet.

     —E o chá a fará dormir até o dia seguinte. — completou a garota. Admito que fiquei aliviado com a informação e acabei transparecendo isso ao suspirar sem perceber — Ela está melhorando. Os arranhões parecem estar cicatrizando rápido, olha. — realmente, o rosto de Violet já não tinha mais tantas marcas avermelhadas — Vem, me acompanhe, já estão servindo a refeição.

     Eu conseguia controlar meu estômago com facilidade, mas já se fazia muito tempo desde a minha última refeição e eu não sabia como seria o dia seguinte. Queria que Violet acordasse cem por cento recuperada para que pudéssemos ir embora logo antes do amanhecer e, enfim... Conversar. Precisávamos de privacidade para conversar, resolver nossas questões pendentes antes de pensar em um próximo destino. Quer dizer, tínhamos um esboço do roteiro: joia da mente e Hela; os dois fatores que iriam desenhar nosso próximo destino, mas para que conseguíssemos dar um passo à frente, precisávamos conversar.

FEBRE ESCARLATE | LokiOnde histórias criam vida. Descubra agora