capítulo 03

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A piscina da casa dos Kirstein era longa, e a profundidade alterava de acordo com o lugar em que se posicionava. Todavia, não era aquecida, e por mais que o dia de hoje fosse um dia quente — assim como geralmente é em Dezembro — a água estava congelante.

Matheus, porém, não parecia se importar com isso.

Na sua mente infantil, não era tão frio assim, ademais, estava se divertindo, então não importava muito. Mas quando ele virou a cabeça na sua direção, o sorriso pateta que estava aberto em seus lábios logo virou um bico preocupado.

Você estava envergada, sentada na borda da piscina. Tinha as mangas da blusa erguidas e grande parte do cabelo preso em um coque. Um de seus olhos estava vermelho, e ele se assustou, pensando que estava chorando. Mas relaxou no instante seguinte, ao ver que era só a água banhada em cloro que acabou respingando em você e atravessando as suas pálpebras. As piscadas que dava eram tão longas que parecia que você estava dormindo em pé.

Matheus não te via tão cansada assim com frequência.

Seu semblante estava exausto. Parecia que você cairia para o lado e pegaria no sono a qualquer momento, e ele não conseguiu evitar se sentir culpado.

Por mais que fosse uma criança, seu irmão era um menino esperto. Ele sabia que você era uma adolescente e não era mãe dele, portanto queria te deixar viver a própria vida, sem querer te encher de preocupações. Por isso não era birrento. Nunca, depois que aprendeu a falar, levantou a voz para você, aceitava um "não" com mais facilidade que a maioria das crianças em sua idade, e te dava um descanso sempre que podia. Inclusive, quando entrou na piscina, alegou que não precisava de supervisão, e que você poderia sair no momento que desejasse.

Mas você era cética demais para crer que Matheus, uma criança de cinco anos de idade, conseguiria se virar sozinho em uma piscina grande como aquela.

Agora suas roupas estavam molhadas, sua pele ardente, lábios e garganta secos e estômago roncando.

O ponteiro menor do relógio se aproximava do número oito. E o meio-nipônico começou a nadar aproximadamente às quatro horas. Desde então, você não havia se alimentado nem hidratado. Passou na cozinha algumas vezes para trazer um suco ou sanduíche para ele, enquanto você estava esfomeada.

E Matheus só percebeu isso quando a sua barriga roncou de maneira violenta.

— Mana... você não quer ir comer alguma coisa? — Ele, preocupado, brincava com os dedos gordinhos na mão, a culpa deixando o trabalho de te olhar nos olhos difícil.

𝐑𝐈𝐃𝐄, jean kirstein Onde histórias criam vida. Descubra agora