capítulo 15

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Ana encarou seus olhos por alguns segundos, apreensiva.

Eles pulavam de direita à esquerda, com as suas sobrancelhas franzidas, estava confusa e, acima de tudo, surpresa. Annie tinha te contado sobre o acontecido pouco antes de você começar a arrumar suas malas para vir para o sítio, contara a história para Sasha ontem mesmo, e aqui estava uma das protagonistas da fofoca, na sua frente, te olhando como se tivesse medo que você a desprezasse simplesmente por ter escutado uma história bem inventada.

Não disse nada por alguns segundos, ainda raciocinando. Não queria gaguejar.

Ela te observou com atenção. Já havia prado de chorar completamente. Alguns segundos se passaram, e Ana desviou os olhos para o chão esburacado da rua, embaraçada. Não sabia bem como começar.

— Eu devia esperar que você já soubesse... — começou, agora com o tom bem menos confiante, com vergonha do que pudesse estar passando na sua cabeça com relação a ela. — Afinal, todo mundo já sabe dessa merda. — Um suspiro longo soltou. Colocou as mãos nos joelhos e fez menção de se levantar. — Acho que já v...

Você impediu que ela pudesse se mover. Enrolou com firmeza uma mão no pulso de Ana. Ela imediatamente prendeu o olhar no seu.

— Era mentira? — Foi tudo o que conseguiu dizer.

Ela engoliu seco.

— O quê? — pressionou os lábios ao escutar a própria voz embargada. Não queria chorar, era tudo o que menos queria. Mas se sentia tão fodidamente abandonada e sozinha. Não conseguia nem ao menos achar conforto em um estranho, que não a conhecia. — A história de duas amiguinhas do interior, um batom com as iniciais cravadas e uma maluca obcecada? Sim. É mentira.

Você fechou os olhos, soltou o pulso fino da garota e respirou fundo.

Mais alguns segundos de silêncio, nenhuma das duas sabia o que falar ou fazer.

— Um iluminador — você murmurou. Ana só conseguiu escutar porque estava próxima demais.

— Oi?

— Um iluminador com as iniciais cravadas de estilete. Era isso que eu tinha escutado.

Os ombros delicados se distensionaram.

Você sorriu. Ela se tornou confusa.

— É uma história bem absurda, se me lembro bem — continuou. — A sua faz mais sentido. Acredito em você.

Os olhos escuros, cansados e que agora brilhavam com indícios de minúsculas lágrimas se arregalaram. Essas foram as melhores palavras que poderia ter escutado.

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⏰ Última atualização: Jun 17, 2023 ⏰

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𝐑𝐈𝐃𝐄, jean kirstein Onde histórias criam vida. Descubra agora