capítulo 12

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A comida estava na sua língua e o sabor parecia viajar por todo o seu corpo. Dos pés à cabeça. O arroz temperado de Maria era como o sol na manhã de um dia frio. Quentinho, aconchegante e inevitavelmente delicioso.

Envelopando seus braços com pouco ou nenhum esforço, estava uma toalha de piscina, com algum desenho desbotado do Ben 10. Não estava com frio, nem molhada, mas — mesmo que não ameaçada pelas pessoas ali presente — sentia que estaria exposta demais se não usasse nada além de seu biquíni e shorts jeans.

Estava engajada no debate rolando sobre a mesa, algumas vezes soltando algumas frases e opiniões, não mais tão presa em acontecimentos passados.

— E você, [Nome], o que acha? — Connie perguntou, olhando para você enquanto reaplicava o protetor solar em seus ombros rubros.

— Do quê? — questionou em dúvida, saindo dos devaneios.

— Sobre a gente sair na sexta.

— Ué... — enfiou outra garfada na boca, terminando de mastigar só para responder: — Amanhã?

— Uhum. — Sasha assentiu, boca cheia de refrigerante.

— Sei lá, por que não?

Jean suspirou, resistindo à tentação de revirar os olhos.

— Vamos sair para BH cedo no sábado, e eu vou dirigir, não posso estar bêbado e nem de ressaca.

Você lentamente levou os olhos até o outro lado da mesa, onde ele se sentava. Te irritava como Jean achava que tudo era sobre ele.

Ergueu uma sobrancelha.

— É só não beber?

— E ficar vendo todos vocês bebendo e não poder? Nem fodendo.

Você deixou seu queixo cair, um sorriso desacreditado nos lábios. Deu de ombros.

— E daí? É só você não ir. Fica aqui arrumando os seus trem enquanto eles vão.

— "Eles" não. Nós — Sasha corrigiu. — Você também vai, gata.

— Vou?

Connie e Sasha assentiram, Jean se manteve parado, olhando para você. Ele bufou.

— Não sei nem porque pediram a sua opinião, você nem sabe onde é.

Você o encarou lentamente, com raiva nas pupilas dilatadas.

— E o que isso muda, babaca? Qual o seu problema?

— O meu problema... — Jean respirou fundo, replicando a raiva dos seus olhos nos dele. — É que eu não consigo dirigir duas horas na estrada com quatro idiotas de ressaca no meu carro, porra.

𝐑𝐈𝐃𝐄, jean kirstein Onde histórias criam vida. Descubra agora