O alivio da reaproximação

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-Bom dia, Off! - Saldei assim que meu vizinho saiu de seu apartamento

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-Bom dia, Off! - Saldei assim que meu vizinho saiu de seu apartamento. Ele sorriu pra mim e então trancou a porta, bocejando alto.

-Bom dia, Gun! Parece mais animado, hoje! - Respondeu se aproximando pra descermos juntos. Realmente eu estava mais animado hoje, era bom parar de pensar tanto as vezes.

Desci as escadas animado, pulando com pressa pra olhá-lo descendo tão calmo como sempre. Ao alcançarmos o portão não me segurei e pulei no meu vizinho, abraçando-o com força. Nunca me cansaria daquilo. Ele respirou fundo e me abraçou de volta, apoiando seu peso em mim, dei risada.

Decidido a não forçar demais a barra e ter paciência, cortei o contato rapidamente. Não podia ficar que nem ontem, impregnado nele e fazê-lo se atrasar. Off até estranhou o quão rápido o soltei, me olhando com os braços ainda abertos quando me afastei.

-Até o almoço! - Me despedi com um sorriso e corri pra atravessar a rua, vendo meu vizinho me olhando ainda com os braços meio abertos.

Cheio de uma nova energia, passei a manhã focado no trabalho. Quando a loja estava cheia o que mais me atrapalhava era procurar o nome certo de alguns produtos antigos que não tinha tag pra que eu conseguisse passar rapidamente. Então imprimi etiquetas para cada um desses produtos e apliquei com preço e nome. Assim que poderia passar lendo o código de barras. Também tratei de organizar as notas fiscais, guardando as que estavam acumuladas desde antes de começar a trabalhar lá. Organizei por mês nas caixas nos intervalos entre atender os clientes.

Foi uma manhã muito produtiva e conseguir organizar melhor as coisas, me deu um sentimento de satisfação. Sai pra almoçar com um sorriso no rosto. O coração cheio e satisfeito pelos elogios da minha chefe. Entrei na Lavender, tão acostumado que apenas emburaquei pela porta dos funcionários sem que ninguém estranhasse. Entrando na sala do meu vizinho, sem me preocupar em bater na porta. Nossos almoços já estavam na mesa quando entrei, mas ele estava ainda atrás de sua escrivaninha numa ligação. Parecia algo sério, então diquei em silêncio. Preocupado pelo seu olhar.

Fechei a porta e sentei onde sempre sentava, observando que só tinham dois almoços e Arm não estava ali. Larguei o celular ao lado e abri as coisas distraído.

-Não se preocupe! Vou mandar agora mesmo! Eu entendo, não se preocupe! - Off repetia pra que a pessoa do outro lado da linha não se preocupasse, até que finalmente desligou.

-Aconteceu alguma coisa? - Perguntei preocupado. Off negou, movendo a cabeça e levantou da escrivaninha pra sentar perto de mim. Desabotoou alguns dos seus botões e minha atenção foi pega pelos dedos longos revelando um pouco mais do peito pálido dele.

-Era minha irmã, ela está apertada esse mês. Me pediu ajuda com os livros escolares da minha sobrinha! - Ele explicou, suspirando. Olhei pra minha própria mão, segurando a colher com força pra não acabar opinando demais naquilo. A família de Off sempre pedia dinheiro pra ele, cada vez mais. E ele trabalhava tanto.

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