Como sempre Herói

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Depois de acomodar Fred e Jorge no quarto de hóspedes eu desci para o quintal, queria deixar Conan aproveitar a noite no jardim.
Me encostei em uma das macieiras da minha mãe e puxei a carta dos Malfoy, eu olhei muito atentamente a carta ainda fechada pensando o que deveriam ter me mandado.

" Querida Ellyna.

Gostaríamos de convida-la para passar um tempo conosco na mansão Malfoy.

Tem sido de grande peso para mim, saber que meus sonhos eram enfim verdadeiros, eu tive gêmeos e não apenas um herdeiro.
Gostaria de conhecê-la, como deveria ter sido desde seu nascimento.
Lamento não ter mandado nenhuma carta desde a mensagem de Gringots, eu não consegui, devo ter refeito esta mesma carta algumas vezes, nada que eu escreva vai transmitir a minha perda e nem minha felicidade a você.
São muitas as coisas na qual eu gostaria de conversar.

Considere esse convite.

De sua mãe, Narcisa Malfoy".

Eu passei um tempo chorando ali em baixo daquela árvore, ate Conan se enrrolar em mim e fazer carinho em minha bochecha com sua própria cabeça, como um gatinho.

- O que eu faço Conan?

- O que você quer fazer princesa? - ele me respondeu olhando direto nos meu olhos.

- Não sei - eu enxuguei um pouco meus olhos - Eu quero ir, mas também não quero.

- Que tal se deitar um pouco princesa? Ja esta bem tarde e você pode pensar sobre isso quando os demônios estiverem no ritual - ele fez um sorrisinho de cobra e eu ri.

- Gostei de demônios, combina com eles gêmeos demoníacos - eu ja estava de pé.

- Agora para de chorar e vai dormir - eu o coloquei na macieira de volta.

- Boa noite Conan - e entao sai, ainda com os olhos molhados.

***

Na manhã seguinte eu levantei da cama e me arrumei, seria um dia corrido.
Antes de sair do quarto eu peguei dois travesseiros, minha missão é acordar Fred e Jorge, sorri com o pensamento.
Abri a porta do quarto bem devagar, olhei entao para o lado oposto da cama, estavam os dois de pé e arrumados também.

- Que droga já estão acordados - eu disse desanimada.

- Veja Jorge temos uma trapaceira - disse um ruivo cruzando os braços.

- Parece Fred que teremos que nos vingar - ele sorriu para o irmão.

- Fui - eu joguei os travesseiros ali mesmo e desci as escadas correndo, chegando ate a cozinha onde meus pais tomavam o café.

- Bom dia pequena - disse meu pai com um sorriso - Agitada já.

- Bom dia pai, tentei fazer uma pegadinha com os gêmeos e não deu certo - eu sorri nervosa - Bom dia mãe - eu dei a volta e dei um beijo em seu rosto e voltei ao lado do meu pai e me sentei, quando os gêmeos chegaram.

- Aqui está ela - apontou Fred.

- Ela que aguarde - Jorge disse e eles se sentaram.

- Mas a brincadeira nem deu certo, nem atravessei a porta - fiz careta - Com Harry foi mais fácil - no final da frase eu tinha um biquinho infantil.

- Nós somos os reis da pegadinha - Fred

- Achou mesmo que podia pregar uma peça em nós? - Jorge.

- A esperança não morreu - eu sorri para eles - Agora vamos comer.

- Isso, saio em alguns minutos ok... - meu pai começou a rir quando o barulho da torradeira assustou Fred, claro eu comecei a rir também.

Ellyna Mevel É Uma Bruxa.Onde histórias criam vida. Descubra agora