Encontro-te à mesa redonda, toda preocupada,
A senhora diz: "como vamos pagar as contas?",
Usando aquele vestido de flor,
Tua testa molhada, toda suada,
Olha-me feiamente como se eu fosse a tua dor;
Tu és minha amiga, minha camarada,
Entrega-me a tua doralgina e saia;
Nunca admite que está errada
E tento fugir enquanto tudo acaba;
Eu perdi-me, como eu havia previsto;
Eu disse que era em vão,
Tu sabes que não sou bom;
No toilette, comigo mesmo,
Tento banhar-me com o prazer,
Todavia, a minha cabeça começa a doer,
Inicia-se o turbilhão de possibilidades, no que fazer:
"Sou eu ou são vocês";
Ah, eu prefiro morrer,
A não seguir o meu querer;
Reunião amarga entre sociedade e Príncipe:
Nossos mundos vão explodir, antecipe,
Liberte-me, emancipe;
Estou na sala e você na cozinha,
Estou estudando e você gritando;
Encontrei o caminho e tu matando-me;
Vós sois a mistura maneira mortal,
Vossa bondade é recheada com maldade;
Esfaqueia-me logo pelas costas;
Tu sabes: não sou bom.
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PoetryAos 18 anos, tudo pode ser cíclico e com muita dor até se conhecer melhor - enfim destruir os muros e construir alicerces. É um livro onde os anseios e medos de um jovem fazem com que ele se exclua da sociedade. Os poemas são gritos de ansiedade nes...