Ouço um estouro em minha cabeça
Ao qual me tira deste escuro
E, finalmente, traz-me à realidade;
Consigo enxergar o que antes era obscuro,
Como tu bancaste a minha iniquidade
E, nesta conjuntura, me reconstruo,
Reerguendo-me perante a indenidade;
Ouço um estouro em minha cabeça
Do qual atinge o pico da reação,
Impedido que eu pereça;
Nunca teríamos tido tudo,
Cativo desta escuridão,
Eu era o prato mais carnudo;
Contorcendo-me em teu absolutismo;
Sendo o teu fiel mudo,
Traído neste ritmo, preso no abismo;
Teus olhos de oceano não me deixam desnudo;
Enquanto expuseram os teus podres,
Não aguardo a tua calculada rendição;
Hodiernamente, tu passaste de ouro ao bronze,
Somente tem a tua aparência como única aptidão;
Portanto, elejo tua saída de minha fronte;
Dirigido pela mocidade de ilusão,
Esparramado em teu trono de trivialidade,
Não alcança a maturidade, és um esboço;
Amizades de interesse e banalidade,
Atente-se ao fundo do poço,
Pois és um ser humano oco.

VOCÊ ESTÁ LENDO
18%
PoesiaAos 18 anos, tudo pode ser cíclico e com muita dor até se conhecer melhor - enfim destruir os muros e construir alicerces. É um livro onde os anseios e medos de um jovem fazem com que ele se exclua da sociedade. Os poemas são gritos de ansiedade nes...