Preso no Abismo

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Ouço um estouro em minha cabeça

Ao qual me tira deste escuro

E, finalmente, traz-me à realidade;

Consigo enxergar o que antes era obscuro,

Como tu bancaste a minha iniquidade

E, nesta conjuntura, me reconstruo,

Reerguendo-me perante a indenidade;

Ouço um estouro em minha cabeça

Do qual atinge o pico da reação,

Impedido que eu pereça;


Nunca teríamos tido tudo,

Cativo desta escuridão,

Eu era o prato mais carnudo;

Contorcendo-me em teu absolutismo;

Sendo o teu fiel mudo,

Traído neste ritmo, preso no abismo;


Teus olhos de oceano não me deixam desnudo;

Enquanto expuseram os teus podres,

Não aguardo a tua calculada rendição;

Hodiernamente, tu passaste de ouro ao bronze,

Somente tem a tua aparência como única aptidão;

Portanto, elejo tua saída de minha fronte;


Dirigido pela mocidade de ilusão,

Esparramado em teu trono de trivialidade,

Não alcança a maturidade, és um esboço;

Amizades de interesse e banalidade,

Atente-se ao fundo do poço,

Pois és um ser humano oco.

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