Eu quero ser rico, quero ter rios de dinheiro,
Eu quero serviçais e ter de ouro um pinheiro;
Não dou importância à inteligência,
Não dou atenção à negligência;
Eu quero ser um deus de porcelana,
Moldado por ego inflado e ganância,
Sendo maconha com cocaína a minha fragrância;
Com um olho aberto para adoração em massa,
Criar um mundo utópico como uma real ilusão
Para manter todos cultuando minha carne de caça,
Enquanto, por milésimos, você posta a tua hipócrita opinião;
Pensarei em um procedimento facial que me encha de graça
E a disparidade é imensa, porém quero ser parte do padrão;
Não reconheço o certo e a realidade,
Não sei o que sou e o que vou fazer,
Devo ser escravo da produtividade?
Saí da conspiração, duvido do conhecer,
Sou abraçado pela depressão e ansiedade,
Agora sou mais um tomado pelo medo;
Sou impassível, porquanto tenho o sexo
Se o meu pseudo talento for azedo;
Vou mentir e expor minhas opiniões sem nexo,
Pois é assim que se alcança a Presidência
Ou publicá-las em um livro e sobrepor à ciência;
Isto são detalhes, o suprassumo é ter o poder de plástico,
Serei ovacionado sentado em meu trono edificado
Em mediocridade; serei o rei fantástico do mundo líquido
No qual o teu tempo é o sacrifício exigido.

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ŞiirAos 18 anos, tudo pode ser cíclico e com muita dor até se conhecer melhor - enfim destruir os muros e construir alicerces. É um livro onde os anseios e medos de um jovem fazem com que ele se exclua da sociedade. Os poemas são gritos de ansiedade nes...