18

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Quando ele tinha 18,

O futuro era afoito;

Anunciavam que ele poderia ser preso

E interiormente ele arrefecia de medo,

Míope, não sabia onde estava o norte

E, com aflições, aproximava-se dos 19;


Ouvia de tudo e imaginava que era caro sonhar

E, pela facilidade símplice, gratuito chorar,

Não se permitia amar, não poderia amolecer,

Não importava o quão profundamente iria doer,

Por sua vez, teria que controlar o seu querer,

Erroneamente, ele agradava para viver;


Mantendo-se como um deambulante, iria morrer;

O quão selvagem era o transcurso da terra dos 18,

Não valia choro, era apenas uma fração do introito,

Nem mesmo todo aquele peso dramático;

Por fim, tapou os próprios ouvidos de todos os doidos

E buscou em si uma força motriz, imensamente;


Colhia joios, porém era inteligente o suficiente

Para interpretar as alusões reluzentes

E as espadas de dois gumes enferrujadas daquelas gentes

Somente existiriam em sua frente, não passaria pelo batente,

Impediria a inserção de ideias torpes em sua grande mente;


Enfim iniciou a descoberta de um caminho conhecido,

Sua felicidade estava sobre conceitos apodrecidos,

Acima do deus verde dos ímpios banais,

Nadava através do mar de sangue de sacrifícios artificiais.

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