Sinto em minha pele e em meus ossos a tranquilidade,
A paz da qual queria foi alcançada e vou aproveitar;
Não sinto o medo e encaro com coragem a realidade,
Estou pronto para o mundo e vou alcançar
Tudo aquilo que desejo sem muita dificuldade;
O tropeço fez-me cair e levanto-me, de novo;
Minha energia está esvaindo-se, de novo;
Consigo sentir o medo apossando-se, de novo;
Entrei no mesmo círculo, estou no vício, de novo;
Exausto, fui iludido por meus sentidos, de novo;
Nada mudou afinal, caí na mesmice, de novo;
Sicut in caelo, et in terra, então prefiro ir para o inferno,
Porquanto em qualquer lugar sofrerei perpetuamente;
Incontáveis vezes vi este cenário macabro eterno,
Estou com falha no sistema, no mesmo lugar em minha mente;
Não adianta me esforçar se permanecerei neste embate interno;
Ouço os mesmos conselhos, de novo;
Encaro o mesmo reflexo, de novo;
Todos os dias são os mesmos, de novo;
Sem forças e preso em quarentena, de novo;
A estratégia foi inapta, de novo;
Quero melhorar, mas sei que vou falhar, de novo;
Enganei-me e tornei-me o carrasco, de novo.

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PuisiAos 18 anos, tudo pode ser cíclico e com muita dor até se conhecer melhor - enfim destruir os muros e construir alicerces. É um livro onde os anseios e medos de um jovem fazem com que ele se exclua da sociedade. Os poemas são gritos de ansiedade nes...