Cidade Natal Gloriosa

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Reluzente como uma barra de ouro,

Valiosa como a Pedra Filosofal,

Tua glória é reconhecida como um tesouro,

Dádiva divina, possui delicadeza ninfal;


Tua glória é longínqua e inalcançável,

Erguida por mentes novas e mentes antigas,

Mas é o retrato da contemporaneidade cobiçável;

Entretanto, esta é uma ilusória cantiga;


Viciosa, engole-me de uma vez por inteiro,

Pois tuas mordidas arrancam minha alma parceladamente;

Aprece o meu enterro, todos sabem que sou imperfeito,

Somente alimente os vícios de teus discípulos continuamente;

Tuas crias são a arrogância, a perversidade e sorrateiros;


Formada por buracos no pavimento, uma das quatro pilastras;

Os miseráveis bebem tuas águas, com bactérias, imundas

Antes de se afogarem em enchentes ou se sufocarem em deslizamentos;

Um único olhar é possível se petrificar ou se tornar uma pessoa moribunda;


Oh, cidade natal gloriosa!

Condene-me e mate-me incontáveis vezes, cidade horrorosa;

Nasci nos confins da Terra, na cidade caluniosa,

Oh, cidade natal gloriosa!

Não reverencio e não me curvo,

Manchando a imagem da Santa Rita do Turvo;

O teu povo há de viver como escória,

Oh, cidade gloriosa, oh, viciosa!

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