Reluzente como uma barra de ouro,
Valiosa como a Pedra Filosofal,
Tua glória é reconhecida como um tesouro,
Dádiva divina, possui delicadeza ninfal;
Tua glória é longínqua e inalcançável,
Erguida por mentes novas e mentes antigas,
Mas é o retrato da contemporaneidade cobiçável;
Entretanto, esta é uma ilusória cantiga;
Viciosa, engole-me de uma vez por inteiro,
Pois tuas mordidas arrancam minha alma parceladamente;
Aprece o meu enterro, todos sabem que sou imperfeito,
Somente alimente os vícios de teus discípulos continuamente;
Tuas crias são a arrogância, a perversidade e sorrateiros;
Formada por buracos no pavimento, uma das quatro pilastras;
Os miseráveis bebem tuas águas, com bactérias, imundas
Antes de se afogarem em enchentes ou se sufocarem em deslizamentos;
Um único olhar é possível se petrificar ou se tornar uma pessoa moribunda;
Oh, cidade natal gloriosa!
Condene-me e mate-me incontáveis vezes, cidade horrorosa;
Nasci nos confins da Terra, na cidade caluniosa,
Oh, cidade natal gloriosa!
Não reverencio e não me curvo,
Manchando a imagem da Santa Rita do Turvo;
O teu povo há de viver como escória,
Oh, cidade gloriosa, oh, viciosa!
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PoesíaAos 18 anos, tudo pode ser cíclico e com muita dor até se conhecer melhor - enfim destruir os muros e construir alicerces. É um livro onde os anseios e medos de um jovem fazem com que ele se exclua da sociedade. Os poemas são gritos de ansiedade nes...