Treasures of Blood (CAMREN/APEX LEGENDS)

Capítulo 1: Cobra Peçonhenta

Camila Pov

Percorri um longo caminho até chegar aqui. Busquei incansavelmente uma forma de acabar com a raça daquele simulacro idiota. Vingaria meus pais matando Revenant, custe o que custar.

Cheguei ao Desfiladeiro do Rei e me infiltrei no edifício subterrâneo da IMC, onde pra minha surpresa, encontro várias versões de Revenant. Seu corpo robótico e esguio, de quase 3M de altura, era semelhante aos dos titãs que eu havia visto no planeta Troy. Então essa era sua fonte de imortalidade, é aqui onde outro Simulacro é criado cada vez que ele morre.

Me aproximando da área afastada, onde avisto um maquinário com algum sistema que eu já conhecia, tento invadir o sistema. Não era uma tarefa difícil pra mim, principalmente se tratando de algo da IMC. Passei todos os meus últimos anos estudando cada passo deles. Sabia por que trouxeram Revenant pros Jogos Apex. Se ele chegasse até aqui, deixaria uma trilha de sangue por seu caminho, fazendo com que a Hammond e as Lendas se movimentassem em direção da arma que pode matá-lo. Ele foi manipulado pela IMC, é óbvio. Mas estando aqui, estou mais perto do que nunca de acabar com isso de uma vez por todas.

O acesso é liberado, e algum tipo de proteção de vidro sobe na minha frente... Dentro? O rosto do verdadeiro Revenant... Aquele rosto que me dava vontade de vomitar. Estava ligado por fios em toda parte, mas finalmente, consegui... Era só acabar com tudo aqui e agora.

-Volte pro inferno, demônio! -Eu disse, antes de disparar três tiros seguidos com a minha pistola que sempre estava comigo, os tiros chegaram à quebrar o vidro, mas não pareceram dar nenhum tipo de dano na cabeça que ainda parecia totalmente intacta. Um alarme soou por toda parte, robôs-titãs saíram de vários cantos, totalmente armados.

Pensando rápido, ativei meu mercado-negro com meu bastão- que teletransportava qualquer tipo de armamento que estivesse nas proximidades- , pegando o primeiro fuzil de assalto que consegui. Não foi difícil imobilizar os primeiros robôs que estavam mais próximos, mas acabei ficando sem munição, e sem tempo para pegar mais. Retiro meu mercado-negro, tendo de volta meu bastão, que possuía um lobo na ponta. Tentando assim, me defender dos múltiplos ataques na minha direção... Acabo quase caindo pro andar de baixo, conseguindo me segurar por pouco. Enquanto estou escondida, analiso o cenário: na parte de cima, os robôs ainda me procuram. E lá embaixo, algumas capsulas grandes que parecem possuir algum químico altamente inflamável, considerando os vários avisos de perigo. Verifico minha bolsa de suprimentos de emergência, que era similar com uma pochete, e dentro dela ainda tenho minha Arc Star, que nada mais é que um tipo de bomba que você gruda em alguma superfície fazendo impacto, e ela se ativa cinco segundos depois, causando uma boa explosão concentrada, mas será o suficiente se eu conseguir posicionar bem no meio dos tubos inflamáveis.

Agora preciso da minha rota de fuga. Tenho cinco segundos até a explosão, e daqui de baixo, consigo ver a saída pela qual eu entrei, o que significa que minha pulseira de teleporte pode chegar lá à tempo... Acho que não posso confiar. Tenho que subir um pouco mais, senão não terei força o suficiente pra arremessá-la pela saída. Ok, não tenho mais tempo para pensar sobre. Bomba, escalar, teleporte, sobreviver... Isso tem que bastar.

Caio taticamente próxima á área inflamável, onde propositalmente chamo a atenção dos robôs, que se direcionam todos à minha direção. Olho em volta e tem algumas superfícies altas, posso correr até elas, pegar impulso pisando na cabeça de algum robô e dar um salto escalando pra área de cima, onde tenho certeza que terei força pra arremessar a pulseira pra fora. Então preciso fazer isso em três segundos... E me restarão dois pra teletransportar pra fora daqui.

Observando os robôs se aproximando, fico cada vez mais nervosa ao ver que não tem nenhum em uma posição que me ajudaria... Começo à pensar se alcanço a parte de cima em apenas um pulo impulsionado pelos objetos que tem aqui. Eles estão próximos demais, preciso ir agora... Finalmente, tem um em posição.