Treasures of Blood (CAMREN/APEX LEGENDS)

Capítulo quinze: Amor em pedaços

POV Camila

Conseguimos uma nave com Fuse, o mais novo participante dos jogos, ele era o único que teria uma nave rápida que aguenta a viagem até Gaea, e grande o suficiente para caber tantas pessoas. Fuse ia dirigindo sua nave, enquanto Bloodhound lhe guiava.

-Então vamos ignorar o elefante na sala? -Diz Fuse, olhando pra Caustic que estava sentado pouco atrás dele.

-Isso deveria ser algum tipo de metáfora? -Caustic retruca.

-Seu desconforto, sua tensão, seus olhares desconfiados. Confessa, doutor, você não quer que sua ex saiba que você tá na cidade, né, garanhão? -Fuse diz, arrancando um riso disfarçado de algumas pessoas na nave.

-Espero que você pouse naves melhor do que a sua amiga que morreu tentando, canalha. -Caustic diz.

-Hey, hey. Isso ainda é por causa daquele tapinha na bunda? Falei que é costume do pessoal de Salvo, não quis ofender. -Fuse continua

-Eu acho que ele quer mais um. -Bloodhound fala, eu solto um riso abafado, Houndy não era do tipo que fazia muitas piadas.

Volto minha atenção à meu celular, por um segundo esqueço que Jaime estava na linha.

-Essa gente é de confiança, Jaime?

-Sim, sim, chefe. Lauren está com os melhores seguranças que o dinheiro pode comprar. -Jaime diz.

-Muito obrigada, Jaime! E obrigada por ter feito companhia à ela também. A propósito, ela disse algo... sobre mim?

-Sim, falamos bastante sobre você.

-E... Sobre aquilo que conversei com você... -Digo, me afastando de todos na nave, embora ninguém realmente estivesse prestando atenção, exceto Valkyrie, que me encarava fixamente à distância. - O que você acha?

-Tem horas que parece que está totalmente na sua, e tem horas que é totalmente indiferente. Igual da forma que você falou e eu não acreditei.

-Eu disse! -Quase gritei- Não que isso seja motivo pra ficar feliz, esperava uma opinião diferente vindo de fora... Eu realmente não sei o que fazer, Jaime.

-Siga seu coração, Camila. E também sua intuição... Você quase nunca erra.

-Você tem razão... Mas enfim, vá pra casa descansar agora. Prometo não te perturbar tão cedo.

-Estou aqui sempre que precisar! À apenas um telefonema de distância!

-Você é um fofo... Muito obrigada.

-Boa caçada, chefe! -Ele diz, antes de desligarmos a ligação.

Valkyrie agora está mais perto do que percebi, e sua voz me causa um pequeno susto.

-Você realmente gosta dela, não é? -Ela diz, eu apenas a encaro- Contratou até um exército de seguranças.

-Um simulacro imbecil jurou tirar de mim tudo o que eu amo. Eu não posso deixar isso acontecer com ela...

-Puts, odeio quando isso acontece. -Ela tenta descontrair- Qual o problema desse cara?

-Eu o tornei imortal e o condenei ao sofrimento eterno.

-Ah... -Valkyrie diz

-Meus camaradas, estamos pousando no território das aranhas malditas! Nosso plano segue o mesmo, capturar o máximo delas vivas que pudermos, e todas as mortas que conseguirmos! -Fuse diz, enquanto o som dos propulsores de pouso ficava mais alto. -Lembrem-se... Elas são melhores que nós em rastrear. Hoje, meus chapas, nós somos o caçador e a caça. Nós estamos aqui por nossos amigos, nossa família, e Lauren. E por eles, nós teremos sucesso. A caçada começa agora! -Ele disse, e assim que as portas se abriram, estávamos todos à postos, com nossos armamentos em mãos.