Acordei atordoada, senti meus músculos se contraírem quando eu me levantei de uma vez, estava tudo escuro, apenas uma pequena luz vindo das janelas ao lado da cama, fiquei de pé ao lado da cama e andei por aquele quarto até achar a porta, por sorte encontrei o interruptor. Liguei as luzes me assustando com aquele quarto totalmente branco, haviam poucas coisas, era tudo minimalista.
Andei até um possível closet e me assustei com a quantidade de roupas que havia lá dentro, ao lado tinha uma porta que dava até o banheiro, ok, esse não era o quarto que eu estava. Respirei fundo sentindo minha visão ficar turva, acho que eu preciso de água e alguns remédios. Escutei a porta ser aperta. Saí rapidamente do closet dando de cara com Billie. Seus cabelos estavam escuros, como um preto, ou um castanho escuro. Analisei a bandeja de comida em suas mãos.
— Como está se sentindo? — Senti um arrepio correr por minhas costas. Encarei aqueles olhos azuis intensos e me sentei na cama.
— Quando eu vou poder ir embora? — A morena riu de uma forma exagerada. Neguei sentindo minha cabeça doer mais ainda.
— Bambina, você não irá sair tão cedo dessa casa, é melhor se acostumar, e seguir as regras. Estou sendo hiper paciente com você. Não vai me querer ver com raiva.
Assenti sem mesmo querer, nesse momento eu não posso recusar nada, ela colocou a bandeja em minha coxa, havia macarronada com molho vermelho, suco de morango e morangos, pelo menos tô comendo que nem um porquinho feliz.
— Quero que me escute. Apenas escute.
— No ano de 2019, a organização do seu pai matou mais de quatrocentas e vinte e cinco pessoas, foi um dos maiores atentados já marcados na história do México. Foi uma chuva de sangue, seu pai limpou mais de doze milhões dá economia mexicana, ninguém nunca soube quem foi, o FBI está atrás disso nesses últimos anos, estou a um tempo estudando sobre tudo o que aconteceu, descobri que Fernando Campana Ricci está por trás disso, ele te passaria a mafia, para quando descobrirem esse roubo, você ir presa e ele sair ileso.
Me engasguei com o suco. Não, meu pai não faria isso, que tipo de pai arma para a própria filha, ele não faria isso... faria? Minha cabeça havia começado a doer novamente, Billie me encarou totalmente sem expressão.
— A onde você quer chegar com isso? — Um pequeno sorriso saiu de seus lábios. O medo me consumiu.
— Quero que se case comigo, viva comigo, seu pai não poderá impedir nosso casamento, eu tenho mais poder que ele, eu preciso que você esteja comigo até eu conseguir derrubar seu pai — Ri alto negando com a cabeça, olhei para a morena que estava com o rosto avermelhado. Em uma pulo, ela parou em cima de mim, prendendo meus dois pulsos na cama com suas mãos enormes.
— Ria mais. Se eu não tivesse te tirado daquela casa, você poderia ter sido estrupada por um bando de velhos, seu pai te jogaria num quarto para você lutar contra homens três vezes maiores que você — Ela me encarou — Ainda por cima iria para a cadeia sem ao menos começar suas administrações. Sara, Sara, deveria me agradecer de joelhos pelo o que eu estou fazendo por você.
Eu não conseguia manter a atenção no que Billie me falava, seus lábios estavam tão próximos e chamativos dos meus, os colares em seu pescoço, passavam lentamente por meu maxilar. Respirei fundo pensando em tudo o que ela me falou.
— Como eu posso a-acreditar em você? Preciso de provas, não sou tão idiota do jeito que pensa que sou Eilish.
Por um momento jurei que seus olhos escureceram, a mesma saiu de cima de mim e passou a mão nos cabelos. Seu peito subia e descia, ela estava se segurando ao máximo para não surtar. Ponto para a Sara.
— Termine de comer e vá até minha sala — Praticamente correu para fora do quarto me fazendo rir com o nariz.
Aquela conversa me deixou totalmente sem fome, apenas bebi o resto do suco que faltava, arrumei tudo na bandeja e desci as escadas. Eu não explorei essa casa ainda, é isso que eu vou fazer. Desci as escadas com todo cuidado do mundo, na parte de baixo havia uma sala gigantesca, com um sofá do tamanho da minhas paranóias, uma televisão de praticamente setenta polegadas, uma mesa de centro até o meio do sofá, era tudo minimalista, igual as expressões da dona.
Fiquei andando por aquele casarão até achar a cozinha, fiquei impressionada do jeito que ela era diferente de toda a casa. Haviam armários de madeira escura, era a cozinha dos sonhos para algumas pessoas. Vi aquela mesma senhora que me ajudou a sair daquele porão horripilante. A mesma percebeu minha presença e sorriu de orelha a orelha.
— BAMBINA — Gritou animada. A senhora me deu dois beijos na bochecha me fazendo rir.
— Vejo que está muito bem, suas bochechas estão rosadas em sinal de saúde — Tirou a bandeja de minhas mãos a colocando na pia.
— Fiquei tão feliz quando soube que se casaria com dona Billie, você é uma garota bellissima — Tossi negando com a cabeça. Quando iria falar alguma coisa, ouvi aquela voz que me assombrava todos os dias.
— Anastácia, tem algum remédio de dor de cabeça por aí? Sara está sentindo dores, não é amore mio? — Ela afirmava tudo com a cabeça.
— Sim... minha cabeça dói muito — Suspirei.
A senhora cujo o nome é Anastácia, rapidamente pegou um copo de água e um comprimido para mim. Bebi aquilo e agradeci a mesma.
— Ana, não precisa fazer o jantar hoje, iremos jantar em um restaurante — Billie me puxou com certa força pelo pulso.
Passamos por alguns corredores até chegar em uma grande porta de cor escura, Billie a abriu e me jogou lá dentro, lembranças da noite passada atingiram minha mente, senti meu estômago se embrulhar mas eu preciso ser forte.
— Se sente
— Vamos Sara, aceite logo, você não tem nada a perder, mas se quiser morrer brutalmente, ou passar a vida toda na prisão — Senti uma vontade imensa de chorar. Assenti com a cabeça tirando um sorriso de Billie.
A mesma andou até mim, tirou algo do bolso e se ajoelhou no chão.
— Temos que fazer isso direito amore mio — Ri com amargura. Sentia meu choro preso na garganta.
— Sara Campana Ricci, aceita se tornar minha esposa? — Encarei a aliança fina de diamante branco, isso seria o sonho de qualquer garota. Mas não era o meu.
— Aceito — A mais velha sorriu colocando a aliança em meus dedos.
— Ótima escolha bambina.
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Hostage - Billie Eilish G!P
FanfictionBillie O'Connell, comandante da maior máfia italiana de todos os tempos, viaja ao México na intenção de resolver negócios importantes. Mas tudo começa a dar errado, quando um de seus maiores inimigos, Fernando Campana Ricci, acaba assassinando seu p...