Hostage - Billie Eilish G!P

Thirteen

Sim, eu estou nervosa para ver o meu próprio pai, depois das coisas que Billie me falou, agora o que eu tenho dele, é só repulsa. Minhas pernas não param um segundo de tremer, já não sei quantas unhas já tirei a dentes. Billie estacionou o carro em um restaurante aberto, com várias pessoas.

— Vamos, bambina? — Billie abriu a porta para mim. Até parece que é cavalheira.

Senti suas mãos cruzarem em volta de minha cintura, ela entregou a chave para um garoto que manobrava carros até o estacionamento. Me assustei ao perceber que era Harry, o mesmo garoto que estava na cozinha da casa de Billie. Ele piscou para mim e sorriu.

— Eu sei que seu pai vai causar alvoroço aqui. Caso eu perceba algo de diferente, Harry irá vir te buscar, seja rápida Sara. Não sabemos do que seu pai é capaz — Assenti ainda meio incerta, subimos até o segundo andar do local, era mais reservado, haviam poucas pessoas ali, pude ver meu pai em uma mesa ao lado de uma grande janela, onde era possível ver toda a cidade. Em seu lado, estava uma mulher, deveria ter seus vinte e quatro anos. Era muito bonita.

— Olha só, quem temos aqui. O'Connell — Se levantou passando a mão naquele bigode nojento — Hija, papa estava com saudades. Ela te machucou? — Ele veio em minha direção, mas grudei no corpo de Billie, que o impediu.

— Sem carinhos Ricci. Não seja falso — A morena puxou a cadeira para me sentar.

— Aliás — Sorriu orgulhoso — Essa é Lizzie, minha nova esposa — Tossi drasticamente, olhei para a garota em minha frente, seu olhar era de sobrançaria, seu nariz estava mais empinado do que nunca.

— Mais uma das suas putas, papai? — Ele riu alto dando um gole de vinho. Essa risada me dá arrepios.

— Respeite sua madrasta. Sara, seremos boas amigas — Senti vontade de vomitar. Sua voz era enjoada, como se tivesse engolido um esquilo.

Procurei a mão de Billie por baixo da mesa, na hora que encontrei, ela entrelaçou nossos dedos. Parece que todo meu nervosismo havia ido embora.

A cena de Billie bebericando vinho, encarando os dois em sua frente com os olhos semicerrados, me deixou totalmente boba. Não é possível que essa mulher seja linda o tempo todo.

— Não quero enrolar. Sara e eu, iremos nos casar — Eu conseguia ver o ódio nos olhos de meu pai, seu rosto ficou vermelho em questão de segundos, ele deu um tapa na mesa fazendo todos em volta se assustarem.

— CHEGA — Ele gritou — VOCÊ NÃO VAI SE CASAR COM ESSA NOJENTA — Gritou mais uma vez. Senti meu corpo tremer. Billie não parecia abatida, muito pelo contrário, um sorriso brotou em seus lábios.

— Achei que fosse mais educado, Fernando. Vamos lá, diga parabéns pela nossa conquista — Se eu disser que pude ouvir o coração de meu pai bater forte, acreditariam?

— Você é baixa O'Connell, se casar com uma garotinha? O que vão falar de você? Além de matadora, é uma pedófila? — Em um passe rápido, Billie estava cara a cara com meu pai, ambos estavam com as armas apontadas um para o outro. Merda!

— Olhe bem como fala com sua nora Ricci. Sara não é mais uma garotinha, é melhor me respeitar, e respeitar minha mulher também, eu só não te mato aqui mesmo, porque não quero que Sara veja essa cena. Você me dá nojo, curta seus últimos dias Fernando, porque, eles estão contados — Dito isso, ela lhe deu um tapa com a arma em suas mãos, meu pai caiu no chão igual um pedaço de merda.

Billie me puxou pelo braço me tirando daquele local, pude ver pelos seus olhos que ela estava com raiva, sua pupila estava dilatada como nunca, sua respiração ofegante. Ela realmente estava com raiva.

Rever meu pai foi uma das coisas mais traumatizantes da minha vida, esse dia conseguiu ser pior que meu sequestro. Sim, conseguiu.

Entramos no carro, Billie logo foi acelerando e entrando em ruas abandonadas. Decidi ficar de boca fechada até ela se acalmar, não quero que ela desconte em mim.

A observei parar em uma rua totalmente isolada, não havia terrenos nem nada do tipo, era tudo morto, apenas uma rua gigante.

Ela passou as mãos no cabelo e respirou fundo.

— Como você está? — Perguntou baixo.

— Bom.. melhor que você — Ela riu baixo me olhando. Eram os olhos mais intensos que eu já havia visto, foram uma das primeiras coisas que me chamou atenção em Billie. Seu olhar demostra todas suas reações, no momento, eles estão claros como o céu, deixaram de estar dilatados, isso me acalma.

— Está perdida no azul de meus olhos. Você está de boca aberta, quase babando — Riu negando a cabeça. Senti a vergonha passar por cima de mim, mas bom, não era mentira.

— Porque você é tão legal, ao mesmo tempo, tão assustadora?

Billie olhou para frente, respirou pelo nariz e soltou pela boca.

— Eu sou assim, bambina, sou legal com pessoas que cooperam comigo — Ajeitou os anéis em seus dedos.

Ficamos em silêncio, estava confortável, o sol estava se pondo, era uma coisa linda de se ver. Observei Billie deitar o banco do carro para trás, seus olhos encontraram os meus. Eles conversavam entre si, Billie mordeu seus lábios, não me contive.

Pulei para o colo da mafiosa, encaixei minhas pernas uma em cada lado de sua cintura, Billie se assustou de início, mas segurou minha cintura firmemente, como se eu fosse cair, aquele movimento fez meu corpo entrar em êxtase.

— Que caralhos você está faze...

Não a deixei completar a frase, juntei nossas bocas, estavam apenas encostados, em um selinho, mas logo Billie abriu um pouco seus lábios, me permitindo aprofundar mais. Suas grandes mãos encontraram minha nuca, trazendo meu corpo para mais perto do seu. Seu beijo era delicioso, sua língua trabalhava bem com a minha, nossos lábios pareciam ser feitos um para o outro. Começamos uma batalha que eu logo perdi, de quem dominava o beijo. Seus lábios tinham gosto de caramelo. Acariciei seu rosto, a falta de ar começou as nos atingir, fui descendo beijos para seu pescoço, mas logo voltando aos lábios. Encostei nossas testas com os olhos totalmente fechados, haviam borboletas em minha barriga, isso foi tão...

— Porra... O que foi isso? — Perguntou. Seu peito subia e descia.

— Eu precisava — Disse baixo. Encostei minha cabeça no meio de seus seios. Suas mãos faziam um carinho gostoso em meu cabelo. Aquilo me deixou sonolenta.

— Durma bem, mia ragazza, estarei aqui quando acordar.

•••
SAIU O BEIJO DAS MINHAS BAMBINAS GENTE. CHORANO DE EMOÇÃO SÉRIO!!

o que acharam do capítulo?

Se cuidem, amo vocês!