Cresci numa vida totalmente conturbada, eram homens e mulheres entrando em minha casa a cada segundo, era o cheiro de sangue subindo em minhas narinas todo santo dia, já vi de tudo nessa vida e olha que eu tenho apenas 17 anos. Quando eu era criança, tudo era mais calmo, minha mãe sempre esteve comigo e me educou da melhor forma possível. Mas algo que não entrava em minha cabeça era, "porque o meu pai sempre andava armado".
A resposta está escrita hoje em dia, uma família de mafiosos, que perfeito!
Nos meus 6 anos de idade, minha mãe foi morta brutalmente em minha frente, sabe por quem? Meu querido e maravilhoso pai, aí você me pergunta, "Nossa Sara, porque seu pai matou sua própria esposa?"
Minha mãe estava cansada do jeito machista e nojento que meu pai a tratava, era como se ela fosse apenas um objeto sexual, só servia para satisfazer seus desejos. Infelizmente, em um desses "desejos" eu acabei nascendo.
Meu pai acertou um tiro em cheio na cabeça da minha mãe quando iríamos fugir, aquela foi a cena mais traumática da minha vida, eu era apenas uma menininha que adorava vestidos amarelos, ver minha mãe morta e jorrando o próprio sangue é algo que me assusta até hoje.Os tempos se passaram e eu fui crescendo tendo que me virar sozinha as vezes, querendo ou não, sempre fui mimada pelo meu pai, já que eu era a sua única "garotinha". Patético!
Quanto mais eu crescia, mais comentários eu recebia, além do más- se fossem apenas comentários estaria de ótimo tamanho."Quando crescer dará trabalho"
"Desse tamanho já tem um corpo de mulher"
"A deixe em casa, pois irá fazer festa com os garotinhos"
"Com esse corpão já poderá casar"Sim, eu carrego esses comentários machistas de todos os "amigos" do meu magnífico papai. Eu diria que minha vida é até que calma, tirando o fato de nunca ter ido em nenhuma escola se quer, ou ter algum amigo. Meu pai me privava de tudo relacionado a humanidade, eu normalmente saio de vez em quando para a cidade já que moramos no meio de uma floresta.
Eu entendo que minha família é perigosa e que tem várias pessoas querendo cortar a cabeça de meu pai e deixar de enfeite em sua sala, mas eu não tenho nada a ver com isso... ou tenho?
Já foram diversas tentativas de suicídio, diversos remédios tomados para controlar minha ansiedade, todos os dias eu escuto alguém gritando, ou barulhos de tiro, isso sim, não é algo que me agrada.As vezes eu penso em matar meu pai para essa merda inteira acabar de uma vez por todas, mas isso é tão tolo e estúpido, mesmo sendo filha de um mafioso matador, nunca sequer, tive contato com alguma arma ou qualquer tipo de faca. Vida de merda essa minha!
•••
Acordo com o sol batendo em meu rosto, marcam exatas 7:30 da manhã, sinto o cheiro delicioso de empanado" espalhado pelo meu quarto, me sento na cama e suspiro alto. Mais uma noite mal dormida.Vou direto ao banheiro, lavo o rosto, escovo os dentes e prendo meu cabelo em um coque alto. Hoje é sábado, isso quer dizer que não terá muito movimento nessa casa de meu deus. Suspiro me olhando no espelho, marca de olheiras devidamente escuras, sigo até meu guarda roupa, visto uma blusa grande e uma calça de moletom. Calço meus chinelos e desço as escadas.
Cumprimento alguns funcionários que passam pelo corredor, suspiro entrando na cozinha e vendo meu pai sentado na mesa com seu bigode devidamente penteado e uma xícara de café em mãos. Essa é a hora de mostrar o quão boa artista eu sou.
— Buenos dias papa — Sorrio falsamente. Meu pai sorriu e deixou um beijo em minha testa.
— Buenos dia mi hija, estou vendo que acordou de muito bom humor — Oh claro que sim seu velho barrigudo, é uma delícia dormir ouvindo gritos de tortura.
— Sim, dormi muito bem — Resmunguei baixo — Bom dia Rosália — Sorri para a senhora de cabelos grisalhos em minha frente.
— Dias pequeña pepita está com fome? Fiz empanado especialmente para você — Minha mãe costumava me chamar de pepita, Rosália está conosco desde quando eu nasci, a única empregada dessa casa que realmente merece todo o respeito do mundo.
Me sentei em frente ao meu pai, comi meu empanado animadamente, pelo menos aquilo deixou meu dia menos pior do que já é, bebi um pouco de suco, meu pai me analisava com aquele olhar arrepiante e intimidador. Meu estômago começou a ficar embrulhado, então rapidamente parei de comer.
— Hija, estava pensando aqui, você já tem 17 anos — Assenti lentamente — É uma garota completamente educada, o tesouro do papai — Me segurei para não revirar os olhos.
— Toma — O mesmo me entrega uma chave de algum carro — Arqueei a sobrancelha — A Ferrari preta é sua, use com sabedoria, não quero você fora de casa depois das 18:00 estamos entendidos? — Fiquei totalmente surpresa com seu ato, não segurei um sorriso.
— Muchas gracias papa — Qual é, eu sou uma adolescente, uma adolescente que acabou de ganhar um carro, quem não ficaria animado?
Fui até a garagem de carros, senti meus olhos brilharem com o carro preto fosco em minha frente, meu sonho sempre foi ter um carro desses, não sei o que aconteceu com meu pai, mas que ele continue nesse bom humor. Entrei no carro e sorri animada, nada melhor como o cheirinho de carro novo.
Abri o porta luvas e vi uma pistola calibre 50 banhada em ouro, a deixei lá para evitar algum acidente, hoje eu iria as compras, vou aproveitar o bom humor do velho e sair um pouco, já que faz alguns meses que eu não faço isso.
Subi para meu quarto, vesti um tênis e coloquei algumas correntes, peguei minha carteira e desço vendo meu pai falar com alguém no telefone.
— Puoi essere sicuro che ho fatto tuo papà — Balancei a cabeça em negação e saí em rumo a garagem, entrei no meu carro e sorri direto a cidade. Quem será que meu pai matou..
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Bom, quero ressaltar que a Sara é uma personagem com um poder mais feminista, bem diferente do pai dela, ela é uma garota que exala teimosia, por isso não estranhem as atitudes dela no decorrer da fanfic <3
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Hostage - Billie Eilish G!P
Fiksi PenggemarBillie O'Connell, comandante da maior máfia italiana de todos os tempos, viaja ao México na intenção de resolver negócios importantes. Mas tudo começa a dar errado, quando um de seus maiores inimigos, Fernando Campana Ricci, acaba assassinando seu p...