O barulho por trás da barraca me chamou a atenção. Não sei porquê, talvez por uma espécie de instinto que tive para a sacanagem, mas aquilo me pareceu um som de putaria. E eu tinha razão, havia um casal naquela penumbra. Um cara mamava ferozmente o outro, que se contorcia e gemia baixinho.
O que eu jamais esperaria, e que por pouco não me causa um desmaio de tanta surpresa, foi ver o que vi quando forcei a vista para tentar enxergar quem eram os caras. O homem que estava sendo mamado com tanto gosto era ninguém mais ninguém menos que meu próprio pai.
Ele se deixava chupar com uma entrega tal como se estivesse acostumado àquela situação há muito tempo. Enterra com vontade o pau na boca do outro, como se quisesse entrar ele inteiro garganta adentro, e segurava a cabeça do cara com uma intensidade que eu jamais imaginaria que meu pai tivesse com outro homem.
Tínhamos viajado para passar as festas de fim de ano na praia. Era costume da família, todos os anos, passar o réveillon no litoral. Mas neste ano meu pai resolveu inovar. Já que estávamos todos de folga desde o dia vinte de dezembro, o que nem sempre acontecia, ele sugeriu, isto é, decidiu que seria melhor descermos o quanto antes, assim evitaremos o trânsito medonho da semana do ano novo. Poderíamos fazer a ceia de natal na praia mesmo, por que não?
No fim a ideia foi muito bem aceita por todos e lá fomos nós, uma semana antes do costume, enfiar-nos mais cedo na casa da praia. Minha mãe, meus dois irmãos e uma irmã mais velhos, todos casados e com uma penca de crianças, e eu, o caçula, único dos quatro filhos ainda solteiro, que sequer namorada tinha ainda. Havia tido alguns namoricos, até já trepou com algumas garotas, mas nada sério.
Eu tinha dezoito anos, mesma idade do meu pai ao se casar com minha mãe grávida de meu irmão mais velho, estava no início das férias do meu primeiro ano de faculdade e era muito apegado a ele.
Além de ter se casado cedo, meus pais tiveram os primeiros três filhos logo no início do casamento, praticamente um atrás do outro. Só depois do terceiro eles começaram a se cuidar e eu nasci um pouco mais tarde. Nessa época o papai era ainda bastante jovem, o nosso coroa enxuto, como costumávamos chamá-lo, e quem o visse jamais imaginaria que aquele homem era pai de quatro filhos adultos e avô.
Eu gozava das regalias de ser o filho caçula e ainda adolescente, entre as quais se incluía claramente o preferido de papai. Entretanto, em vez de causar inveja e animosidade entre os irmãos, isso não os incomodava, porque todos eles haviam me visto bebê e eu acabaria me tornando o queridinho deles também. Mesmo depois de casados e com filhos pequenos, a atitude deles com relação a mim era mais de protetores do que de irmãos que competiam pela atenção dos pais. Tínhamos uma relação bastante harmoniosa.
Dois dias antes do natal eu ficaria até mais tarde na praia, curtindo a companhia dos novos amigos de verão que havia feito com ajuda de uma habilidade quase inata com uma bola de futebol, por isso quando retornei a casa já eram mais de nove da noite. Tomei um banho rápido e desci para jantar. Todo mundo já havia jantado, a casa estava uma algazarra só por causa das crianças, mas faltava alguém naquela festa.
"Cadê papai, mamãe?"
"Disse que ia caminhar na praia."
"Tão tarde?"
"Você não sabe como seu pai é? Cismou que ia e foi."
"Nem me esperou" Vou ver se o encontro pela praia. "Talvez ele queira companhia."
Eu sabia que ele ia querer minha companhia, claro. Não era a primeira vez que caminhamos os dois sozinhos à noite pela praia. Na verdade isso era até um hábito nosso desde que eu era pequeno. Para ser franco, eu nem entendia bem o porquê de ele haver saído sozinho. Talvez tivesse pensado que eu não voltaria a tempo.
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Contos Eróticos Gay
Cerita PendekDeixando a imaginação levar apesar de alguns ser verídico. votem e comenta. Ajuda na inspiração