Capítulo 4

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Azriel se arrependeu de ter concordado em ter ido assim que ele segurou no braço de Rhys para atravessar até o lugar, que o mesmo fez questão em manter a localização no sigilo. Azriel, Cassian e Rhysand iriam para o tal lugar discutir tudo que era relacionado à missão com o dono da propriedade, Akin Grey. Mas até aquele momento Azriel não havia compreendido o porqueê de sua presença ser tão necessária naquele lugar.

Rhysand não disse nada que fosse muito informativo sobre o amigo que ele tanto confiava. O Grão-Senhor apenas disse aos irmãos que Akin era casado com a parceira, Alice Grey e que o mesmo tinha apenas uma filha, Ámbar Grey.

Assim que Azriel chegou na propriedade Grey, o mesmo se permitiu ficar impressionado — discretamente— com tamanha beleza que aquele lugar possuía em toda a sua extensão. Ele conseguia notar e sentir vida, serenidade e até mesmo felicidade naquela propriedade, atributos que nunca foram vistos pelo macho em lugar nenhum da Corte dos Pesadelos, até aquele instante.

— Essa é a Mansão Grey! — Disse Rhys para Cassian e Azriel, que rolavam os olhos por toda a propriedade, analisando a mesma.

— Espera! A propriedade toda se chama Mansão Grey ou apenas a casa se chama dessa forma? — Perguntou Cassian com o cenho franzido.

— A propriedade toda e a casa. Inclusive, a casa é aquela alí! — Respondeu Rhys e então apontou para a construção que ficava logo à frente.

— Falta de criatividade da parte dele... — Resmungou Cassian, em um tom audível demais.

Azriel não esperava ficar impressionado com aquele lugar, mas a Mansão Grey era de uma beleza admirável. A construção era enorme, maior do que ele imaginava, na verdade, tudo naquele belo lugar era contrário ao que Azriel havia imaginado.

Rhysand tinha razão... , pensou Azriel consigo mesmo, Aquele lugar não era nada parecido com a Cidade Escavada.

A Mansão Grey era um lugar muito aconchegante, era o tipo de lugar que Azriel adoraria viver pelo resto de sua vida. Não havia austeridade nem imponência em Mansão Grey, e Azriel adorou o lugar por aquilo no mesmo instante.

— Incrível, não é? — Azriel ouviu Rhysand perguntar para ele.

— Sim, porém é bastante estranho saber que esse lugar existe logo na Corte dos Pesadelos! Tem vida nesse lugar! Cada pedaço desse lugar exala libertação e felicidade, Rhys! — Disse Azriel permitindo se soltar um pouco e abandonar a postura de superioridade que sempre carregava quando ia à uma missão.

Estranhamente ele se sentia confortável estando alí. De repente, o pensamento de negação e de raiva que ele tinha desapareceram todos de uma vez. Mau humor não combinava com o ar puro daquele lugar.

— O seu humor melhorou, irmão? — Indagou Cassian com surpresa na voz.

Sem querer estragar seu momentâneo momento de paz e serenidade respondendo o irmão com grosserias, Azriel assentiu positivamente com a cabeça.

— Eu deveria ter trazido Nestha. Se em poucos momentos aqui Azriel conseguiu se tornar um exemplo de paz para os monges das montanhas, Nestha poderia muito bem se tornar a própria calmaria, como uma brisa em dias de verão! — Comentou Cassian e logo depois o mesmo soltou um suspiro sonhador, como se estivesse imaginando a parceira sendo menos mal humorada.

— É mais fácil a Nestha se tornar um furacão do que ser uma "brisa de verão". — Debochou Rhys.

— Você fala como se a Feyre fosse a fêmea mais calma e paciente de toda Prythian!

— Cassian, Feyre consegue ser minha brisa de verão quando quer! O problema é quando ela se estressa... aí ela consegue ser meu furacão, e o pior é que Nix está ficando igualzinho a ela nesse sentido! Já a Nestha... é um furacão até quando ela está calma!

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