‹ 8 Dias ›

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Donghyuck ingeriu mais um pedaço de torta e fez uma carinha fofa, de quem tinha realmente gostado. Sua mãe sorriu genuinamente. Gostava de cozinhar pro filho, porque sabia que ele amava tudo que ela fazia. O humano se sentiu feliz. Faltavam oito dias e ele meio que estava se despedindo de sua mãe. Ele resolveu fazer pequenas coisas com ela. Era sua forma de não a deixar sem lembranças suas.

Chaeryeong, que estava atrás de Donghyuck, suspirou derrotada, quando viu uma sombra preta atrás da mãe dele. Isso era um claro sinal de que ela ia morrer. Não demorou muito para Chenle aparecer e sorrir pro anjo, que apenas revirou os olhos.

— Ela não vai morrer. — Falou ela e Chenle revirou os olhos.

— Vai sim e eu vou ter prazer de levar a alma dela até o céu, porque essa senhora merece tudo de melhor nesse mundo. — Falou a morte.

Chaeryeong suspirou. Ela passou a mão pela cabeça de Donghyuck, antes de se afastar.

— Faz a morte dela ser tranquila.

Chenle assentiu.

— Talvez assim seja bom, não é normal um filho morrer antes da mãe.

Chaeryeong o olhou um tanto espantada.

— Ela morre antes do Donghyuck?

— Sim. A morte dela já vem sendo planejada há um tempinho, achei que você soubesse.

Chaeryeong fechou os olhos e respirou fundo.

— A morte é um idiota.

— Eu sei.

Donghyuck olhou ao redor, mas ele não viu nada. A sensação de ter gente ao seu redor vinha sendo bem constante.

— Falta quanto tempo pra ele morrer? — Chenle questionou. Era comum as pessoas próximas da morte, serem capazes de sentir coisas ao seu redor.

— Oito dias.

— Boa sorte então.

E Chenle se foi.

Já Chaeryeong, ela se foi também. Precisava colocar sua cabeça no lugar, não é fácil perder um pupilo, ainda mais pro inferno.

Donghyuck terminou de comer a torta e se levantou, indo até a pia, para lavar tudo. Sua mãe foi até sala toda felizinha, mal sabendo que ia perder o único filho. Ele sentiu seus olhos marejados, ele estava tentando se manter forte por ela, embora ele estivesse falhando miseravelmente nisso. Depois de lavar a louça, o Lee foi até a sala e se sentou ao lado de sua mãe. Ali ele ficou e viu alguns filmes com a mais velha.

Sentiria falta disso.

Se arrependimento matasse...

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Mark olhou ao redor, antes de entrar na cafeteria de Donghyuck. Usava o cordão que tinha recebido de Ten e ele sentia como se sua vida não fizesse muito sentido. Era assim que os humanos se sentiam? Ele foi até o balcão e viu Donghyuck atrás da caixa registradora. O humano até que era bem bonito, isso ele não podia negar.

— O que deseja? — Donghyuck perguntou sorrindo e Mark pendeu a cabeça para o lado. faltava oito dias pra esse cara morrer, como ele conseguia sorrir? A aura dele era feliz. Ninguém na beira da morte consegue ser feliz. Exceto Lee Donghyuck.

— Café. Sem açúcar e sem adoçante.

Donghyuck assentiu e sorriu em sua direção.O demônio efetuou o pagamento meio confuso, ainda não estava acostumado com o dinheiro da terra.

— Pode se sentar, eu levo seu pedido.

Mark assentiu, antes de se virar e ir à procura de um lugar para sentar. Ele se acomodou em uma mesa no canto e não demorou muito pra Donghyuck aparecer.

Demon - MarkHyuck ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora