‹ 3 Dias ›

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Três dias. Faltavam três dias, quando Donghyuck finalmente saiu da cama. Ele desceu as escadas, meio que sem vontade e entrou na cozinha. Onde ele encontrou Mark e mais duas pessoas. Ele encarou os desconhecidos, mas deu de ombros. Se estavam com o demônio, eles deviam ser demônios também. Pegou uma garrafinha de água e caminhou até a sala. Ele se sentou no sofá, de frente pra televisão, mas não a ligou. Ele simplesmente bebeu um pouco do líquido e foi impossível segurar as lágrimas. Ele não fez som algum. As lágrimas simplesmente rolavam sem o mínimo de controle.

As coisas passaram pela cabeça de Donghyuck e foi quase impossível não lembrar da mãe. Eles dois eram unha e carne, principalmente depois da morte do Lee mais velho. O engraçado é que ela nunca questionou o motivo da morte repentina do marido. Ela só seguiu em frente. Devia ser porque ela sofria tanto, que quando ele morreu, ela tivesse sentido a certa liberdade, que não tinha antes.

Donghyuck encarava a televisão e ele riu de lado, ao ver Mark um pouco mais atrás de si, apoiado na parede. Ele não se aproximou nem nada, só ficou ali, parado. Mais atrás estavam duas pessoas desconhecidas por si. Eles eram bonitos. Esse era o requisito para ser demônio? Ser bonito demais?

- Vai me apresentar seus amigos? - Donghyuck falou e Mark riu de lado. - Falta só três dias. Eu vejo tudo.

O demônio apenas assentiu.

- Yeonjun, demônio da avareza. - Ele apontou pra um rapaz alto, todo de preto e com os cabelos azuis, levemente úmidos. - E aquele é o Jisung, demônio da preguiça. - Donghyuck franziu o cenho. Tinha a ligeira impressão que o conhecia. Ele era alto, magro e seus cabelos eram pretos. Tinha um sorrisinho em seus lábios.

- Que lindo. Eu tenho dois, dos sete pecados capitais na minha cozinha. - Ele falou e Donghyuck escutou o sorriso dos estranhos. - Eu tenho a ligeira impressão, que eu conheço o Jisung.

Mark franziu o cenho.

- Como? Essa é a primeira vez que você o vê.

- Eu sei... - Donghyuck franziu o cenho e um biquinho se formou em seus lábios. Ele encarou o demônio da preguiça novamente, antes de uma luz se acender em sua cabeça. - Já sei.

Ele levantou correndo e subiu as escadas o mais rápido que podia. Os demônios não estavam entendendo nada. Donghyuck entrou em seu quarto e foi até sua mesa de estudos. Ele começou a procurar por sua pasta. Era lá que ele guardava seus próprios desenhos e de seus amigos. Eles gostavam de colocar no papel, tudo que vinha em suas cabeças. Desenhar, era a única forma de conseguir expressar o que eles sentiam. Até mesmo seus sonhos estranhos, eles desenhavam.

- Achei.

Donghyuck se sentou no chão e foi colocando na sua frente um desenho de cada vez. Assim que Jisung apareceu, ele franziu o cenho em pura confusão. A roupa do demônio no desenho, era a mesma que o Park estava usando. Ele continuou procurando, até que achou Yeonjun. A roupa do desenho era a mesma que ele estava usando. Devia ter uns vinte desenhos e tinha uns rostos que ele não reconhecia.

Chaeryeong, que estava um pouco mais atrás, quis matar todos os demônios daquela casa. Não era pra nada ser descoberto. Pelo menos não agora. Ela desapareceu. Precisava ver Kun.

- Que porra que tá rolando? - Donghyuck encarou Jisung e Yeonjun do desenho, depois encarou um adolescente de cabelos verdes, que Renjun e Jeno desenharam, já que ambos sonharam com ele. E nos dois desenhos, ele estava todo de preto, só seu cabelo verde que se destacava. E ainda tinha um homem todo de branco, com os cabelos pretos e asas brancas. Yeonjun e o cara de branco, foram desenhados por Kai, que sonhou com ambos. O desenho de Jisung, que tinha uns quarto, tinha sido desenhado por Jaemin. E o Na sempre falava dele com muito carinho, mesmo sem nem ao menos saber o nome ou conhecê-lo de algum lugar. - Eu realmente não sei o que está acontecendo aqui. - A expressão de Donghyuck era fechada. E ele só queria entender. - Mark!

Demon - MarkHyuck ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora