Donghyuck estava olhando para o calendário em seu celular e só faltavam cinco dias para que ele morresse. O humano olhou ao redor e riu, ao ver seu escritório e em como ele estava. Tinha lutado tanto. Pela cafeteria, por sua casa, por sua mãe. Ele não se arrependia de ter vendido sua alma. Ele se arrependia de não ter pedido mais tempo. Queria passar mais tempo com seus amigos, queria contar para eles o que realmente estava acontecendo. Mas ele não conseguia.
O humano secou a lágrima solitária que desceu pro seu rosto e respirou fundo. Queria ficar triste pela morte da mãe, mas não conseguia. Ele sabia que ela iria sofrer e sabia que depois que morresse, ela não iria durar muito. Não tinha ficado feliz com essa notícia, mas também não podia dizer que tinha ficado triste. Sua mãe era tudo para si.
Donghyuck sabia que faltava pouco para sua mãe morrer e por isso, ele resolveu passar o dia com ela. Deixou a cafeteria sob a responsabilidade de Renjun, alegando que sua mãe não estava se sentindo bem. O que era mentira, que isso fique claro. O humano preparou a comida preferida dela. Ele sentia uma imensa vontade de chorar, mas tinha um enorme sorriso em seu rosto.
Sabia que sua mãe não ficaria bem depois que ele fosse. E era exatamente isso que o deixava triste. O pior ou melhor nisso tudo, ele não sabia distinguir, era que Mark estava com ele. O demônio não o abandonou. Ele passava metade do tempo ao seu lado e a outra metade também. Chegava a ser surpreendente.
Donghyuck estava distraído, enquanto mexia uma panela de brigadeiro, já que sua mãe amava, porém não podia comer. Mas hoje, ela podia tudo. Por isso, ele não viu quando Mark entrou na cozinha e se sentou próximo a si.
- Sua mãe já escolheu o filme.
Donghyuck levou um mega susto e quase derrubou a panela de brigadeiro no chão. Ele se virou e encarou Mark, que se segurou para não rir.
- Desculpe.
- Idiota.
Mark riu de lado. - E aí, tá pronto?
Donghyuck negou. Não estava pronto e nem nunca estaria.
- Porque meu anjo da guarda, não me impediu de vender minha alma? - Donghyuck perguntou.
Mark riu de lado e encarou Chaeryeong, que estava próximo a ele, já que ele quase se queimou com a panela.
- Eu fiz essa mesma pergunta a ela.
Donghyuck parou de mexer o brigadeiro e se virou, encarando Mark.
- Ela? Meu anjo da guarda é uma mulher?
Mark assentiu e olhou para além de Donghyuck, que era onde o anjo estava.
- Onde é que ela está? A gente precisa conversar.
Mark riu das caras e bocas que Chaeryeong fazia.
- Vocês têm o livre arbítrio, ela não podia fazer muita coisa.
- Enfia a porra do livre arbítrio no cu. Eu não sabia o que estava fazendo da minha vida. Já que impedir ela não podia, ela pelo menos podia ter sussurrado no meu ouvido né, pede mais tempo de vida ou algo assim.
Chaeryeong revirou os olhos com vontade.
- Você se arrepende?
Donghyuck ponderou e voltou a mexer seu brigadeiro. Depois de uns minutos, ele respondeu.
- Não! Era algo que eu precisava fazer naquele momento e não me arrependo. Só me arrependo de não ter pedido mais tempo de vida e de não ter aproveitado melhor o beijo. O Jaehyun beija bem, né?
Mark, por algum motivo, encarou Donghyuck sério. Ele não gostou do comentário e não sabia explicar o porquê.
- Não sei, eu nunca beijei ele.
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Demon - MarkHyuck ✔️
Fanfiction➹ Concluída ➹ Au ➹ Demônio ➹ Anjos Mark era um demônio do alto escalão, braço direito do dono do inferno. Ele tinha recebido uma ordem simples. Matar Lee Donghyuck. Era uma tarefa simples, mas Mark não tinha ideia de como cumpri-la ❥︎ Início: 11...