Antepenúltimo capítulo...
O amor da princesa das flores e da polegarzinha fora contado desde suas profundas raízes. A cada dia mais fincadas no chão cada parte do que compunha aquele tronco forte foi constituída de palavras, até mesmo as não ditas.
Não apaixonaram-se de pronto. É verdade que o tamanho desse sentimento foi descoberto com o tempo, mas um tão sublime e avassalador que uma que o desvendaram e não podiam negar. Com isso, houve recusa, houve medo, ou melhor, pavor de se entregar.
Como dar razão a um sentimento que não se sabe se acaso se limitava só ao desejo e correr o risco de perder o amor? Não podiam se dar a isso, não para acabar perdendo a melhor pessoa de sua vida que era exatamente a melhor amiga.
Foi acreditando numa amizade que deixou de ser no momento em que os lábios se tocaram que Rafaella e Bianca demoraram para estar juntas. Carinho e compreensão nunca faltou nenhum dia, mas o aconchego de se sentir uma mulher da outra veio somente depois do amor indisfarçável.
Agradeciam por não serem atrizes tão boas. Quando o peito apertava de ver a outra, quando as mãos suavam e sentiam vontade de agarrar-se até não mais soltar não omitiam e talvez a sinceridade no olhar foi o que as manteve tão juntas quanto poderia uma Rafaella mexendo nos lábios do pequeno Cris para fazê-lo rir.
— Ele é a criatura mais doce do mundo. Não quero largar dele — Disse a mineira olhando serenamente aquela imagem de ternura que era o pequeno Cris derretendo-se por sua mãe. Adorava seus cabelos loiros e encontrava como brincadeira mais divertida comer os cachinhos que vez por outra se formavam no fim dos cabelos da mulher.
— Foi o que você disse das últimas três vezes princesa — Bianca ressaltou vendo como o menino de cabelos ralos chantageava sua namorada tocando sua cabecinha contra o queixo da apresentadora que tinha perdido qualquer estrutura. Não havia guerra com o príncipe, se ele queria ele conseguia.
— E repito hoje na esperança de que ceda a quarta. Olha esse carinha, o rostinho gostoso dele, o cheirinho... John Mayer não cheira bem assim — Rafaella argumentou provocando uma boa risada da morena que terminou de passar o rímel em seus cílios. Bianca estava deslumbrante.
Fosse a gravidez ou a felicidade nunca antes experimentada a morena parecia brilhar em sua roupa cor de rosa. Rafaella a enxergava como o jardim mais belo do mundo, superando com larga distância a própria cidade das flores que frequentavam.
— Talvez não o John, mas sua mulher escolheu um perfume novo como a lingerie que tem posta — Adiantou a morena enxugando uma baba invisível que facilmente poderia estar escorrendo da boca de uma Rafaella que a olhava com um desejo latente e um carinho indisfarçável. Tinham tudo na manutenção de um único olhar.
— Rosa? Preto? Vermelho? Conte-me detalhes Polegarzinha — Insistiu depois de tapar as orelhas do menino que insistia em tirar as mãos de sua mãe com os dedos gordinhos. O pequeno fofoqueiro parecia interessado.
— Isso você terá de descobrir e a única forma é deixando o Cris com a mamãe para que possamos ver o show — Bianca decretou saindo da sala para em seguida deixar uma Rafaella completamente indecisa entre seus Andrades favoritos.
— Meu campeão você terá que me desculpar, mas é a mamãe, sabe? Não posso dispensar essa mulher nem pelo carinha mais gostoso desse mundo todinho — O neném fez um rostinho de choro, mas prevendo que não surtiria o efeito desejado dessa vez apenas virou a face. Não concedendo tudo o que o filho queria Rafa sabia que perdeu um pouco, mas também que ambos superariam aquela situação.
Reconquistaria seu príncipe, mas antes de tudo precisava dedicar atenção a mulher mais deslumbrante que conhecia em todo reino das flores: Bianca Andrade com um andar hipnótico e uma dúvida entre os dedos que corroía a sua mente.
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I'll give you everything
FanfictionIn the darkest night hour I'll search through the crowd Your face is all that I see I'll give you everything Baby, love me lights out Baby, love me lights out