Intertwined (AOB)

XXIV - Rebuliço

Nota: bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK VAI FICAR POSTANDO SÓ SEGUNDA AGORA É AUTORA???

gente procrastinação com falta de tempo é foda, mas aqui estou eu 

HEHEHEHHEHEHE hj o cap esta uma delicia, espero que gostem e que nao me matem.......

um xêro e um abraço, boa leitura mia gente 

* * *

A morte de Medelyne foi um baque em Karla Camila. O peso da culpa em não ter simplesmente lembrado de ir mais cedo pesou em seus ombros durante a estadia no vilarejo, principalmente no momento em que foram se despedir dela. No fundo, seu intelectus entendia que tinha sido conforme o certo, não havia mais nada para voltar atrás.

Elas ficaram na aldeia durante alguns dias para a cerimônia de despedida de Medelyne, e por um lado isso foi bom, fez Karla se reconectar com a energia dali após bons meses distante, fez ela sentir perto da avó mesmo que ela não estivesse mais naquele mundo, e com sua alfa sempre por perto, lhe dando apoio e lhe afagando, foi reconfortante, a ligação fazia as coisas serem mais fáceis.

Apesar disso, o luto de Karla a deixou mal. Foram duas semanas difíceis para ela, não queria fazer muita coisa além de ficar na cama, um cansaço a abateu. A alfa chegou a ficar preocupada com isso, mas se certificou que era normal.

As sequências de terapia continuavam para as duas. Semanalmente, Karla visitava Louis e isso era bom, ela ainda tinha um trauma a superar passo por passo, era uma sensação nova, ela também estava voltando ao trabalho gradativamente, e logo preenchia seu lar com melodias no piano. Tália passou a vir a Havana duas vezes no mês para ver Lauren, e as outras duas vezes eram consultas à distância, desse jeito as sessões ficavam equilibradas e não perdiam a eficiência. As coisas foram entrando em seus eixos, voltando a normalidade e calmaria, e isso mais do que nunca confortava os intelectus, agora entrelaçados, das duas.

Verdadeiramente inserida de volta a sua dieta restrita e a rotina de exercícios, Lauren estava indo bem, porém ainda assim não havia abandonado a medicação para ansiedade prescrita por Tália, e não estava preocupada com prazos para acabar, contanto que ela e sua ômega estivessem bem, era o suficiente.

Karla voltou a aceitar trabalhos e isso a animou muito, produzir e até trabalhar com outras pessoas no que gostava a dava um prazer enorme. Com a produção de uma nova temporada de uma série que trabalhava há anos chegando, ela teve de fazer algumas viagens para se reunir com a equipe de produção e etc. Bem aí a ligação se mostrou forte, pela primeira vez foi mais difícil do que nunca ter de viajar sozinha, deixar sua alfa, o entrelaço fez isso ser um tanto doloroso, mas foi bom, a ômega sentia falta de viajar e essa primeira experiência a deixou com um ar sugestivo para a volta dias depois.

Em Havana, a alfa retomava de vez com sua lojinha, e era incrível porque nas primeiras semanas não conseguia desgrudar de sua ômega e trabalharam juntas com ela ajudando. Agora era uma época boa para plantar, cuidava das flores do jardim da frente de casa e de suas hortas, preencher seu tempo com isso era maravilhoso, ainda mais quando não se tinha nenhuma carga de preocupação pesando.

E por fim, Lucia e Mayte tinham se reestabelecido de volta em Havana, para o alívio de todos.

— Muito obrigada por me deixar trabalhar aqui só aos fins de semana, Laur. Vai me ajudar muito. – Kaue agradeceu andando ao lado da alfa para o lado de fora. A tarde estava caindo e era hora de colocar as caixas para dentro e fechar a loja.

— Sem problemas, Kaue. Sua ajuda faz falta aqui na semana, mas fico muito feliz que esteja fazendo a faculdade que queria. – Retrucou sincera. Tinha carinho pelo menino.