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                           09/12
                           15:23

Becky

Cheguei em casa, tentei entrar sem fazer barulho, mas... tentativa falha!

- Háa, finalmente a margarida apareceu! - o marido da minha mãe fala, ele estava bêbado. - Senti saudades. - ele fala vindo na minha direção.

- Cadê minha mãe? - falo subindo a escada de costas, devagar.

- Tá trabalhando. - Ele começa a vim mais rápido, e então eu subo as escadas correndo, em direção ao meu quarto e tranco a porta, logo sento atrás da mesma.

Ele fica batendo na porta por uns minutos, e depois sai.

- Mal cheguei no inferno e já dou de cara com o capeta. - falo pra mim mesma.

Levantei pra mim ir tomar banho, e ir dormir, não tinha muita coisa pra mim fazer, já que eu estava de férias.

Queria dormir pra sempre, parece que não tem nada que eu possa fazer para me sentir bem, eu vivia cansada, parece que eu tinha corrido uma maratona.

As garotas não sabiam dos problemas que eu enfrentava, só sabiam que eu brigava muito com a minha mãe, eu também não pretendia contar todo o resto, não queria deixar elas preocupadas ou algo do tipo.

Eu queria dormir, mas não conseguia, então levantei da cama, e peguei uma caixinha, onde eu guardava maconha, LSD, cocaína, um cantil com vodka dentro, e outras coisas.

Peguei um baseado, o isqueiro e o cantil, coloquei uma roupa confortável, calçei meu tênis, peguei as chaves do meu carro, o cartão e o meu celular. Eu iria dar voltas por aí... minha casa me trazia uma energia pesada.

Aquele merda estava na sala, dormindo, ainda bem. Entrei no meu carro e coloquei minha playlist, liguei o carro e fui dirigindo por aí para mim encontrar um lugar bom pra mim ficar sozinha.

Lembrei que eu tinha a festa amanhã que as meninas tinham me chamado pra ir, que sinceramente, eu não estava nenhum pouco a fim. As únicas pessoas que eu conhecia melhor que iria estar lá era o as garotas.

Me misturar no meio daquele povo famoso, não sei se vai dar certo não. Acho que sou a única que vai estar lá que não é famosa, e também nem quero, eu olho para as meninas e vejo o quão complicado a Internet é, isso é muito cruel. Sinceramente... elas não merecem passar por isso.

Achei uma ponte, onde corria um rio cristalino, e era afastado de tudo, ficaria lá mesmo. Desci do carro e sentei num banco que eu tinha encontrado lá, ficava na beira do rio.

Esse lugar é incrível, me trazia paz.
acendi o baseado e comecei a fumar.

Eu amava ficar sozinha, mas eu odiava a solidão. E eu não sei sabe, aquela sensação de dor e tristeza, parece que nunca acaba. Desde que meu pai morreu, só piorou oque eu já sentia.

02:34

Eu me peguei pensando... uma parte da dor que eu sinto, é culpa minha, por ver que eu estava piorando, e eu não fiz nada pra me ajudar. Não tinha o por quê da minha existência, eu era inútil pra caralho, e não tinha nada que me segurava aqui.

Eu gostava de estar com as meninas, as vezes elas me faziam esquecer oque eu sentia.

Tem dias que eu não aguento o peso de tantos pensamentos, é como se eles estivessem me sufocando, me cobrando por uma coisa que não está no meu alcance, isso me deixa nervosa... me faz querer fazer de tudo para tentar calar esses pensamentos que me atormentam a cada dia.

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Vocês são incríveis! <3

Haters - Vinnie Hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora