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Draco só viu Granger bem depois do café da manhã do dia seguinte. Ela desceu as escadas, ainda de pijama, e preparou uma xícara de café com uma carranca enquanto ele lia na mesa da cozinha. Seus olhos estavam cheios de olheiras e parecia que ela tinha dormido ainda menos do que ele, o que dizia alguma coisa. Ele havia se revirado a maior parte da noite, suas palavras ofensivas repetindo repetidamente em sua mente. Por mais que tentasse, ele não conseguia esquecer o veneno em sua voz e o olhar odioso em seus olhos.

Engolindo seu orgulho, Draco fechou o livro e pigarreou. — Escute Granger — ele gaguejou. — Eu não deveria ter dito o que disse ontem à noite. Eu estava fora da linha.

Ela se virou para ele, seus olhos cor de mel observando-o friamente, como se esperasse que ele risse ou fizesse alguma outra piada ofensiva. Quando ele não o fez, a expressão dela suavizou-se ligeiramente. — Obrigada. — Ela sentou-se à mesa com um sorriso hesitante. —O que você está lendo?

Draco imaginou que essa era a versão de Granger de um ramo de oliveira, e talvez fosse todo o tempo que ele passara com ela que o deixava mole, mas, naquele momento, ele estava inclinado a aceitar.

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Uma reunião da Ordem foi convocada para aquela noite. Granger saiu mais cedo e instruiu Ginny a acompanhar Draco ao quartel-general. Eles chegaram cedo e se sentaram – Granger já estava na mesa, e Draco se acomodou ao longo da parede. Charlie e Cho sentaram-se ao lado dele, fazendo questão de conversar jovialmente com ele como um show para o resto da Ordem que ainda estava cético em relação à sua lealdade.

— Tudo bem, pessoal, acalmem-se — disse Shacklebolt quando os assentos começaram a ser ocupados. — A primeira coisa a fazer hoje é contar a todos vocês que tivemos uma invasão bem-sucedida em um esconderijo dos Comensais da Morte esta manhã. Sete Comensais da Morte foram capturados.

Alguns aplausos e palavras animadas ecoaram pela multidão.

— E devemos o sucesso desta missão a Draco Malfoy — continuou Shacklebolt.

A plateia silenciou e Draco sentiu vários olhares sobre ele.

— Ele realizou uma missão de reconhecimento para nós ontem à noite e foram as informações que reuniu que tornaram o ataque tão bem-sucedido.

Charlie deu um tapinha no ombro dele. — Bem feito companheiro.

Cho e Lovegood sorriam para ele. Até Granger olhou para ele com gentileza.

— Falei com Hermione esta tarde e decidimos que as ações do Sr. Malfoy justificaram o fim de sua liberdade condicional.

Ele ouviu corretamente? O fim da sua liberdade condicional? Houve alguns aplausos educados, embora indiferentes, quando Draco se levantou para apertar a mão de Shacklebolt. Com um aceno da varinha do Ministro, as proteções foram retiradas da varinha de Draco. Ele estava livre. Livre das restrições de viagem e varinha, livre de Granger. Finalmente.

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Naquela noite, após a reunião, Draco chegou ao seu novo esconderijo: a casa dos Longbottom. Agora que Neville cresceu, Augusta Longbottom se aposentou e se mudou para o campo para ficar com a irmã, deixando a casa aos cuidados do neto. Era uma casa imponente com quartos mais do que suficientes de sobra. Neville ocupou seu próprio quarto de infância, Dean reivindicou o quarto principal como seu, Ginny e Granger escolheram dois quartos um em frente ao outro no andar superior e Draco ficou no quarto ao lado do de Granger. Embora a bruxa sabe-tudo não fosse mais sua mentora, Shacklebolt decidiu manter os dois estacionados na mesma casa segura por um curto período para facilitar sua transição para se tornar um membro pleno da Ordem.

Dragon In The Dark | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora