A Mansão Malfoy sempre foi um lugar sombrio. Mesmo quando Draco era criança, lhe disseram que tipo de magia residia dentro daquelas paredes. Magia antiga e sombria foi construída na casa com cada pedra, mas quando era jovem, Draco nunca sentiu o mal que estava nos corredores. Era um lugar caloroso e amoroso. Mesmo quando o Lorde das Trevas fixou residência lá e a escuridão pairava nos corredores mais espessa do que nunca, Draco não conseguiu odiar a casa em que cresceu.
Enquanto a Mansão assomava diante dele, negra e fria no crepúsculo do verão, Draco sentiu o mal permeando de onde ele estava, desiludido, além dos portões da frente. Talvez fosse apenas o seu conhecimento do que o esperava lá dentro que fazia seu sangue gelar nas veias, mas ele não sentia mais nostalgia nem nutria qualquer sentimento caloroso pelo prédio diante dele. Apenas pavor e terror.
Ele respirou fundo para organizar seus pensamentos. Ele se lembrou dos fatos. Theo estava lá dentro. Ele tinha Granger, ou pelo menos afirmava ter. Draco não tinha reforços e ninguém sabia que ele estava aqui.
Seus pensamentos giraram descontroladamente para todas as possíveis maneiras pelas quais isso poderia dar errado.
Poderia ser uma armadilha. Theo poderia ter dezenas de Comensais da Morte esperando para matá-lo.
Era possível que Theo tivesse colocado armadilhas ao longo do caminho ou dentro da casa – magia negra, que poderia ser ativada assim que ele passasse pelos portões ou pelas portas da frente.
O estômago de Draco embrulhou de horror quando ele pensou na pior possibilidade de todas.
Granger já poderia estar morta.
Draco balançou a cabeça, livrando sua mente desses pensamentos. Ele estava prestes a enfrentar Theo e precisava estar focado. Pensou no treinamento de Dolohov, extraindo cada lição de onde as mantinha enterradas em sua mente. Ele os trouxe adiante, deixando-os afogar sua preocupação consigo mesmo e com Granger. Apertando a mandíbula e segurando a varinha, Draco deu dois passos à frente.
As proteções o admitiram e ele passou pelo portão. Ele fez uma pausa, esperando por... alguma coisa. Ele não tinha certeza. Um alarme para soar ou uma armadilha para disparar. Quando nada aconteceu, ele percorreu a longa caminhada em direção à entrada principal. Ele se movia lenta e silenciosamente, mantendo os olhos abertos em busca de qualquer sinal de movimento.
A escuridão cercava Draco a cada passo que ele dava. O silêncio zumbiu em seus ouvidos.
Quando ele se aproximou o suficiente para que a mansão ficasse em foco, ele percebeu que as paredes externas estavam sujas por falta de cuidado e a ala leste da casa não era mais reconhecível.
Enegrecida. Coberta de marcas de queimadura.
O fogo.
Theo disse a ele que a raiva de Dolohov incendiou a casa depois que Draco abandonou a mansão. Draco olhou para cima, vendo a janela de seu quarto e percebendo que o fogo parecia ter começado ali e irradiado para fora. Ele se perguntou quão extenso seria o dano. A casa poderia ser recuperada ou seria condenada – demolida e apagada do mapa? Apenas uma mancha escura na zona rural de Wiltshire, esquecida ao longo dos tempos.
Ao se aproximar da casa, ele ergueu sua varinha. — Homenum Revelio Charta. — O mapa se materializou diante dele, mostrando que a casa estava vazia, exceto por dois pontos azuis na sala.
Ele deveria saber. Granger já estava muito familiarizada com o chão da sala de estar, e o coração de Draco apertou com a ideia de ela ser torturada mais uma vez em sua casa.
A notícia da captura e subsequente fuga do Trio de Ouro da Mansão Malfoy se espalhou entre vários círculos de Comensais da Morte nas semanas anteriores à Batalha de Hogwarts - primeiro como fofoca de mau gosto e depois como um conto de advertência sobre o que não fazer com os prisioneiros de guerra.
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Dragon In The Dark | Dramione
FanfictionA batalha está vencida, Voldemort está morto, mas a guerra está longe de terminar. No novo regime dos Comensais da Morte, Draco Malfoy faz o que precisa para sobreviver e manter sua mãe segura. Agora um assassino altamente treinado, Draco aprendeu a...