Eles dirigiram em silêncio por um tempo. Granger parecia preocupada. Seu polegar bateu no volante e ela estava mordendo o lábio.
— Vai ser movimentado esta tarde — Granger disse finalmente. — Nos Jardins, quero dizer. Vamos tentar manter a discrição. Temos que passar pela loja de presentes para comprar ingressos para entrar, mas depois poderemos entrar nos jardins e evitar o pior das multidões.
— Posso manter a discrição — disse Draco.
Granger olhou de soslaio para ele em vez de responder.
— A água tem propriedades mágicas? — perguntou Draco. — Por que os trouxas sabem disso?
Granger endireitou-se e respirou fundo, e Draco percebeu que havia ativado o modo sabe-tudo.
— As fontes nessa área têm sido usadas tanto por trouxas quanto por pessoas mágicas há milênios — disse Granger. — Teria sido muito difícil apagar tudo isso de tantas mentes depois do Estatuto do Sigilo, suponho. Mas, para responder à sua pergunta, os trouxas só conhecem duas fontes de água em Glastonbury: uma que eles chamam de Fonte Branca e outra que chamam de Poço Vermelho. Não há propriedades mágicas reais em nenhuma delas, embora os trouxas tenham atribuído seu próprio significado espiritual e mitológico a ambas. Eles têm histórias que as ligam ao Santo Graal e ao Rei Arthur (ele deve estar enterrado na Abadia de Glastonbury) e outras partes da lenda.
Eles agora estavam se aproximando dos arredores da cidade. Granger virou-se para uma placa que apontava para os Jardins Chalice Well.
— Mas — ela continuou, — há uma terceira fonte, uma que você não encontrará nos folhetos trouxas. Chama-se Poço Verde. Esse tem propriedades mágicas genuínas. Eu preciso... — aqui Granger hesitou, mas pareceu decidir que Draco resolveria isso de qualquer maneira — eu preciso de uma amostra disso.
— Para o seu projeto.
— Sim.
— E por que no Imbolc, especificamente?
— Você está sendo muito curioso — disse Granger. Draco sentiu que ela queria dizer intrometido, mas escolheu a opção mais educada.
— Suponho que o poço atinge sua maior potência mágica em Imbolc — disse Draco.
Granger não respondeu.
— Estou certo, não estou?
Ele a viu olhar para o porta-luvas, onde estava o bisbilhoscópio, prometendo revelar mentiras descaradas.
— Pare de ser tão curioso — disse Granger.
— Isso é um pouco engraçado, vindo de você.
Ela zombou. ]
— Ser curiosa é literalmente meu trabalho. Eu sou uma pesquisadora. Seu trabalho é me proteger das Forças Desconhecidas, e não me interrogar sobre um projeto proprietário e altamente confidencial.
Granger estacionou, desligou o carro e esperou pela resposta dele.
Essa bruxa era - alguma coisa. Draco nunca havia suportado tantos argumentos e contrapontos incessantes. Ele achava que, se estivesse acompanhando o placar, seria a parte perdedora.
— Eu não sou um guarda-costas . Eu não fui designado para você andar atrás de você sem pensar — Draco disse.
— Não. Você é um Auror altamente treinado e competente e isso é uma total perda de tempo. — Granger respirou fundo, suprimindo visivelmente sua irritação com toda a situação.
O elogio inicial provocou uma pequena faísca de alegria, rapidamente suprimida por Draco. Ele não se importava com o que Granger pensava dele.
Um grupo de trouxas passou pelo carro, distraindo os dois. Decidindo mutuamente por uma trégua tácita – muito temporária, Draco tinha certeza – eles saíram do carro.
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Draco Malfoy and the Mortifying Ordeal of Being in Love | Dramione
FanfictionHermione transita entre os mundos Trouxa e Mágico como pesquisadora médica e curandeira prestes a fazer uma grande descoberta. Draco é um Auror designado para protegê-la de forças desconhecidas, o que desagrada a ambos. Apresenta a hiper competente...