O mês de março chegou ao fim de forma fria e úmida, e com ele veio o dia da festa de Delacroix. Draco lembrou-se da ocasião quando seu cochilo vespertino foi interrompido por Henriette, a elfa doméstica.
Enquanto Draco bocejava com um delicioso langor, Henriette começou a questioná-lo sobre seu traje noturno.
— Este roxo ficaria muito bem em você, Monsieur — disse Henriette, segurando um rico manto no alto para a inspeção de Draco. — Como um imperador romano, não?
— As vestes pretas, por favor — disse Draco.
— Esta prata, talvez? Com seus olhos, seria tão atraente...
— As pretas, Henriette.
Implacável, Henriette produziu as vestes pretas, mas também um conjunto de vestes azuis meia-noite com lantejoulas de constelações.
— Ou talvez? — ela perguntou, segurando os azuis mais alto.
— Foi minha mãe que fez isso com você? — perguntou Draco, olhando para a elfa insistente.
As orelhas grandes de Henriette se contraíram para trás.
— A Senhora sugeriu que você poderia tentar outra coisa. A Senhora gostaria que você não parecesse estar participando de um funeral.
— Eu prefiro parecer um agente funerário. As pretas – deixe-as na cama.
— Como desejar, Monsieur — suspirou Henriette, espalhando as vestes sobre a cama.
Ela fez uma reverência e desaparatou.
Henriette era uma elfa francesa bem falada e bem treinada, mas muito mais agressiva e teimosa do que os elfos ingleses com os quais Draco se acostumou na infância. No entanto, sua mãe a amava, e Draco tinha que admitir que sua comida era muito melhor do que a comida pesada preparada por seus irmãos do Reino Unido.
Draco tomou banho, aperfeiçoou o cabelo, vestiu as vestes pretas arduamente conquistadas, aperfeiçoou o cabelo novamente e observou-se no espelho para confirmar que era devastadoramente bonito.
Ele era.
O que era excelente, porque, hoje à noite, Draco Malfoy estava indo para a cama com alguém. Já fazia tempo demais desde sua última transa (alguma bruxa na última festa de aniversário de Pansy, se bem se lembrava) e ele vinha sentindo a falta de ação nas últimas semanas.
Era hora de corrigir a situação. A festa da Delacroix seria uma excelente oportunidade. Haveria muitas bruxas - talvez a própria Mademoiselle Rosalie Delacroix, se ela estivesse interessada, pensou Draco enquanto aplicava sua colônia.
Satisfeito com sua aparência, Draco desceu até a sala de Flu.
— Henriette, minha mãe já foi? — ele chamou enquanto jogava pó de flu na lareira.
— Oui, elle est partie (Sim, ela se foi) — disse Henriette. — Ela saiu há cerca de duas horas, Monsieur. Acredito que ela pensou que você estaria a caminho logo depois.
Ops, pensou Draco.
— O Sêneca — disse ele em voz alta, e entrou nas chamas.
.
Draco espanou a poeira na lareira do Sêneca, auxiliado por um jovem de aparência pretensiosa carregando um espanador encantado.
Um momento depois, ele foi abordado por Theodore Nott.
— Há um atraso elegante e há você — disse Theo. — Quase rude, eu acho: são oito e meia e você perdeu os discursos.
— Um descuido meu — disse Draco, ajeitando suas vestes. — Resuma.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Draco Malfoy and the Mortifying Ordeal of Being in Love | Dramione
FanfictionHermione transita entre os mundos Trouxa e Mágico como pesquisadora médica e curandeira prestes a fazer uma grande descoberta. Draco é um Auror designado para protegê-la de forças desconhecidas, o que desagrada a ambos. Apresenta a hiper competente...