(12) A festa do Chá

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O Caderno de Draco afundou em um silêncio taciturno nos dias seguintes. Ele presumiu que Granger estava fazendo beicinho e que não teria mais notícias dela até que a incitasse sobre seu próximo feriado do asterisco.

Ele ficou, portanto, surpreso ao receber uma carta dela antes que a semana terminasse.

Recebi um convite para tomar chá com sua mãe. Este Domingo.

Você será gentil e comparecerá? perguntou Draco.

Não tenho certeza se você merece que eu seja gentil, disse Granger.

Não castigue minha mãe por minha causa, disse Draco. Além disso, comi muco de verme-cego – não sofri o suficiente?

Você realmente comeu? perguntou Granger.

Sim, respondeu Draco.

Mentiroso, disse Granger.

Draco não respondeu, porque ela estava certa.

Seu bloco de anotações tocou novamente. Só vou se você estiver lá. Não vou sofrer sozinha.

Não posso. Eu já inventei um conflito de agenda para mim mesmo, disse Draco.

Que pena, disse Granger. Desfaça isso.

Mas isso é complicado, disse Draco. Ele esperava que ela pudesse ouvir a reclamação através da mensagem.

Assim como participar de um evento na Mansão Malfoy.

Draco se endireitou em sua cadeira. Então ela estava jogando aquela carta. Ele supôs que não tinha escolha, então. Entendido. Eu vou estar lá.

Ela não respondeu.

.

O domingo chegou e com ele a habitual agitação de preparativos que precedeu as funções de Narcissa. Draco permaneceu em seus aposentos até que o turbilhão de Henriette e seus companheiros elfos diminuísse e os primeiros convidados chegassem.

Narcissa gerenciava suas listas de convidados com uma estratégia e um refinamento desenvolvidos ao longo de décadas servindo como a anfitriã perfeita. Os convidados de hoje eram uma mistura de funcionários de alto nível do Ministério e acadêmicos. Para Granger, o grupo permitiria um convívio confortável com um público familiar. Para Draco, era uma bênção, já que as categorias de debutantes pegajosas e funcionários de alto escalão do Ministério normalmente se excluíam mutuamente.

Ele pegou Henriette e pediu a ela, em voz baixa, que o avisasse quando Granger tivesse chegado.

Em seguida, ele se dirigiu ao salão, que Narcissa havia aberto para o terraço oeste naquela linda tarde de maio. Mesas de prata delicadamente forjadas, repletas de sanduíches e bolos, se espalhavam pelo terraço. Os convidados estavam protegidos do sol por guarda-sóis de renda flutuantes que se moviam sobre eles.

Draco reconheceu alguns antigos colegas de escola e foi conversar com Terry Boot (Departamento de Acidentes Mágicos e Catástrofes), Davies (Transporte Mágico) e Padma Patil (Universidade de Edimburgo). A conversa passou de brincadeiras mútuas sobre o fato de estar envelhecendo para o desempenho recente dos Falcões de Falmouth e para as crianças, momento em que Draco perdeu o interesse e começou a considerar manobras evasivas.

O resgate veio na forma de Henriette, que puxou a manga de Draco para informar que a curandeira Granger tinha acabado de chegar.

Draco encontrou Granger limpando a poeira na sala de Flu. Ele esperava que ela chegasse em trajes de trouxa para fazer uma declaração. Entretanto, ela havia se esforçado para usar vestes para a ocasião. Eram azul-acinzentadas claras, no estilo francês, acentuando suas clavículas e seu pescoço fino, e ajustadas na altura da cintura.

Draco Malfoy and the Mortifying Ordeal of Being in Love | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora