Capítulo 55°

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Dulce maria

A tentativa de sequestro de Gael me remeteu há anos atrás que quase perdi o meu filho, a sensação de parecer perde-lo mais uma vez, me destabilizou por completo, eu sempre o protegi durante todos esses anos, protegi até mesmo de Christopher, e agora quando tudo aconteceu eu não estava ali para protege-lo e livra-lo daquela tentativa de maldade, eu me sentia mal e indignada com isso, eu não deveria ter me ausentado naquela noite, eu deveria ter ficado ali com o meu filho, quando senti aquela sensação de aperto no meu peito como se estivesse alguma coisa de errada, eu ignorei aquele aviso e simplesmente não me importei, e a vida do meu filho ficou em risco por causa disso, por estar longe quando deveria estar perto.

Gael: Eu tô com medo de dormir. - Gael confessou para mim e Christopher, estavamos com ele no quarto até o sono finalmente chegar.-

Ucker: Pode dormir filho, a mamãe e o papai estão aqui com você, nada vai te acontecer. - Ele garantiu dando um beijo na sua cabeça.-

Dul: Quer uma história meu amor? - Ele balançou a cabeça negando e apertou ainda mais o seu travesseiro.-

Gael: Eu só quero que vocês fiquem aqui comigo até eu conseguir dormir. - Ele disse nos encarando, assenti e beijei a sua testa.-

Ucker: Nós ficaremos aqui filho. - Christopher disse se deitando do lado dele.- Olha parece que o papai é grande de mais pra sua cama. - Ele disse, Gael começou a rir.- E esse sorriso lindo que eu gosto de ver.

Gael: Deita aqui também mamãe. - Assenti e me deitei ao seu lado enquanto acariciava os seus cabelos.- Eu amo tanto vocês... - Ele sussurou baixinho enquanto fechava os olhos.-

Depois de alguns minutos Gael acabou adormecendo, eu e Christopher demos um último beijo nele e saimos do quarto, eu ainda estava muito nervosa com tudo que havia acontecido.

Dul: Eu acho que agora você já pode ir embora. - Eu digo a Christopher assim que chegamos na sala ele me olha confuso.-

Ucker: Eu não vou embora, o meu filho pode precisar de mim. - Ele disse como se fosse óbvio.-

Dul: Ele não vai precisar, eu estou aqui. - Digo dando de ombros, ele suspirou passando a mão pelo rosto.-

Ucker: Você vai me explicar porque está me tratando assim? O porque você me acusou da tentativa de sequestro do nosso filho? Vai me explicar a sua atitude?

Dul: Christopher eu estou cansada e não quero falar sobre isso. - Digo de forma firme, ele olhou irritado.-

Ucker: Nós vamos falar sobre isso Dulce, eu sei que você estava nervosa mas nada justifica você ficar me acusando por tentarem sequestrar o nosso filho, e agora me tratar assim com quatro pedras na mão, como se eu também não estivesse sofrendo com tudo que aconteceu.

Dul: Você sabe muito bem que foi a Isabela que tentou sequestrar o Gael. - Eu digo, ele assenti concordando.- Tudo isso para se vingar de você, aquela maluca seria capaz de machucar uma criança inocente por sua causa.

Ucker: E isso me faz culpado? - Pergunta ele um tanto indignado.- Me diz que culpa eu tenho da Isabela não aceitar que eu não a amo e que terminamos? Eu não tenho culpa disso, eu cortei qualquer tipo de relação com ela e com os pais dela Dulce. E tem mais eu vou mandar investigar esse sequestro, e se realmente for comprovado que ela é a culpa, ela irá pagar muito caro por isso.

Dul: Mas nada muda o que aconteceu, eu deveria estar aqui, eu... - Suspirei me sentindo cansada.- Você não entende.

Ucker: É claro que eu não entendo porque você não faz questão nenhuma de me explicar porque está agindo dessa forma.

Dul: Tudo bem eu acho que já está na hora de você saber. - Digo respirando fundo enquanto ele me observava confuso.- Quando eu estava grávida do Gael, eu sofri uma tentativa de aborto. - Eu digo tentando segurar as lágrimas, ele me olha chocado.-

Ucker: Perai... O que? Mas... Mas como foi isso? - Ele perguntou super e impressionado com a minha confissão.-

Dul: Eu estava com cinco meses de gravidez, começei a sentir fortes dores e perder sangue, mas graças a Deus o hospital era bem perto da minha casa, e por isso eu consegui chegar a tempo e salvar a vida do meu filho. - Digo secando as lágrimas que já inundavam o rosto, aquilo ainda dóia muito dentro de mim.-

Ucker: Eu não consigo acreditar nisso. - Ele disse ainda muito assustado.- Porque você nunca me contou?

Dul: Pra que eu iria te contar isso agora? Não tem lógica, só te falei agora porque toda essa história de sequestro quase me fez perder o meu filho mais uma vez.

Ucker: Você tinha que ter me falado Dulce, não acredito que passou por tudo isso sozinha. - Ele disse tocando a minha mão, me levantei me afastando.-

Dul: Eu estava com a minha mãe e com a minha irmã, eu nunca estive sozinha.

Ucker: Você entendeu o que eu quis dizer. - Ele disse me repreendendo.- Você e a sua mania de sempre me esconder as coisas.

Dul: Não começa Christopher, eu estou cansada, é melhor você ir embora a noite hoje foi muito tensa pra mim.

Ucker: Já disse que eu não vou embora, o meu filho pode precisar de mim, eu vou ficar aqui. - Ele disse de forma firme.-

Dul: Eu acho que ele vai acabar dormindo a noite inteira. - Digo sussurando, ele dá de ombros ainda pensativo.-

Ucker: Que seja mais eu vou ficar aqui com ele de qualquer jeito, porque diferentemente do que você pensa eu jamais vou querer o mal do meu filho.

Dul: Meu Deus Christopher quando eu disse isso hem? - Perguntei irritada me levantando do sofá.- Não ponha palavras na minha boca.

Ucker: A partir do momento que você disse que a tentativa de sequestro do Gael é minha culpa, você quis dizer isso Dulce.

Dul: Quer saber? Eu estou cansada dessa conversar, vou tomar um banho e ficarei no quarto do meu filho. - Digo completamente exausta.-

Ucker: Eu também eu irei ficar no quarto do meu filho. - Ele disse, dei de ombros.- Eu posso usar o seu banheiro para tomar um banho?

Dul: Faça o que quiser, tem algumas roupas suas aqui mesmo.

Ucker: Ótimo. - Ele disse de forma fria enquanto sai dali, suspirei me jogando no sofá, pedindo que aquilo tudo só fosse um pesadelo.-

{Continuo? Oq vcs estão achando dessa situação? 👀😬}

Ainda existe amor (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora