Capítulo 66

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Nota final importante, leiam por favor! ;)

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Talvez faça mesmo o que o Louis disse, talvez termine o desenho a olhar para ela. Ponho-a na posição que tinha gravada na minha mente e termino o desenho, até posso aperfeiçoar o que já fiz. Fui chutando uma pedra enquanto fazia o caminho até casa da Evelyn e suspirei ao ver um carro em frente à casa dela ao longe.

Será que está cá o Dean? Se ele estiver aqui, eu não vou poder entrar como uma pessoa normal. E tudo porque ele me odeia e eu o odeio. Não sei porquê, simplesmente acho que ele não é de confiança. "Bem, ele é o pai da tua namorada..." Sim, eu sei, subconsciente. À medida que me aproximo da casa, reparo que o carro não pertence a Dean, visto que só o vi no início da Evelyn viver aqui.

Portanto, é o carro da mãe dela que estava em viagem por meses mas afinal voltou quase três meses depois. Deus, ainda só passaram três meses desde que conheci a Evelyn e parece que passou muito mais tempo. Como é que é possível eu amar tanto uma mulher que conheço há tão pouco tempo? E namoro há tão pouco tempo?

Eu não acredito em amor à primeira vista nem nada parecido. Eu nem acreditava em amor antes de conhecer a Evelyn. Achava que isso não passava de uma ilusão que só acontecia nos filmes e essas merdas. Achava impossível. Mas bem, o impossível só é impossível até acontecer. Caminhei até à porta e toquei à campainha, esperando que alguém a abrisse.

A porta abre e revela um corpo feminino, com longos cabelos castanhos e olhos de um tom verde azulado. Os seus olhos trancam-se nos meus e eu sinto-me familiarizado. Parece que a mãe da minha namorada gosta de mim, se não não iria sentir isto. Ela respira fundo e desvia o olhar do meu.

"Posso ajudar-te?" Ela pergunta e eu sinto a minha pele arrepiar com a sua voz.

Eu conheço-te.

"Sim, eu sou o Zayn e vinha ver a Evelyn." Tento ser educado e parece que resulta.

"Hum, hum, ela está no quarto." Ela indica e eu assinto.

"Acha posso ir vê-la?" Pergunto e ela assente.

"C-claro!" Confirma e eu caminho para dentro de casa, subindo as escadas em direção ao quarto da Evelyn.

Abro a porta e encontro o seu corpo deitado de barriga para cima, o seu braço está escondido debaixo da almofada enquanto que o outro permanece ao seu peito, as suas pestanas descansam sobre as suas bochechas e os lençóis tapam o seu corpo até mais ou menos meio da barriga. Entro e fecho a porta, caminhando até ela. Deixo as minhas coisas no chão e sento-me na cama, acariciando o seu rosto e fazendo os seus olhos abrirem.

"Não devias estar nas aulas?" Pergunta e sorri sem mostrar os dentes.

"Dever devia mas o Mr Pitt mandou-me para a rua." Respondo e ela ergue a sobrancelha.

"O que é que fizeste?" Pergunta e eu rio-me.

"Desenhei-te." Respondo e ela ri-se.

"Estou a falar a sério." Diz.

"Eu também." Digo e pego na minha mala, tirando de lá o caderno onde está o desenho dela, ambos os desenhos. Mostro-lhos e os seus olhos arregalam ao olhar para as folhas. A sua pequena e delicada mão alcança os papéis e ela retira-mos da mão para os analisar. Os seus olhos caem em mim e ela ergue a sobrancelha.

"Estou careca neste." Diz enquanto vira o desenho que estava a fazer na aula.

"Posso acabá-lo agora." Digo e ela ri.

"Eu estou horrível neste momento portanto, não me parece uma boa ideia." Diz e eu balanço a cabeça.

"Vá lá, estás perfeita." Digo e começo a mexer o seu cabelo, colocando-o na posição que estava segundo a imagem dela gravada na minha mente. "Não te mexas." Mando e ela bufa.

"Isto vai ser uma seca." Resmunga e eu rio-me, tirando os lápis que estava a usar.

"Não vai demorar muito tempo." Asseguro e olho para os seus cabelos, começando a traçar as linhas na folha.

Ela tem risco ao meio mas puxa o cabelo para o lado, o que a torna mais atraente de certa forma. Gosto de lhe mexer no cabelo, por acaso, eu gosto do cabelo dela em si. Gosto da maneira como uma mancha preta se espalha na almofada cada vez que ela se deita, gosto da maneira como o tom preto deles fazem o verde claro dos seus olhos sobressair. Simplesmente gosto.

"Falta muito?" Pergunta e eu rio-me.

"Não, está quase." Respondo e dou bastante cor aos seus cabelos.

"Então, deves ter falado com a minha mãe." Ela diz e eu olho para ela, voltando a tomar atenção aos seus cabelos.
"Sim, falei. Ela olhou-me de uma forma estranha." Confesso e sei que ela ergue a sobrancelha.

"Como assim, estranha?" Pergunta.

"Sei lá, como se me conhecesse." Respondo.

"Provavelmente viu-te na rua ou assim." Ela diz sem dar grande importância.

"Sim, mas daí olhar daquela maneira..." Digo. Nem sei porque é que estou a dar tanta importância ao assunto.

"Não sei, Zayn." Diz e eu dou uns retoques mais escuros nos seus cabelos com o lápis 6B.

Está pronto.

"Acabei." Mudo de assunto e ela arranca-me a folha das mãos, os seus olhos verdes caem na folha e vejo os cantos dos seus lábios subirem, formando um lindo sorriso no seu rosto. As suas esmeraldas encontram os meus olhos castanhos avelã.

"O que achas?" Pergunto.

"Está lindo!" Elogia e o seu braço envolve o meu pescoço. Atiro o material para o lado e envolvo a sua cintura com os meus braços, puxando-a para mim e fazendo com que as suas pernas ficassem uma de cada lado do meu corpo.

"Obrigado, a modelo facilitou bastante." Digo e ela ri.

"Eu amo-te, Zayn." As palavras que eu mais gosto de ouvir dela deixam os seus lábios e eu sorrio, beijando-a.

"Eu também te amo." Digo contra os seus lábios.

Ficámos a trocar algumas carícias até eu ter de me ir embora para as aulas senão a Evelyn dava cabo de mim. Estou neste preciso momento a entrar na escola. Vou distraído a pensar na Evelyn e no quão contente ela ficou com os desenhos. Eu pensei em oferecer-lhe no Natal uma aliança de compromisso para nós.

Estive a ver e estou com umas de prata em mente. Têm um pequeno anel mais claro no meio e são nem muito grossas nem muito finas, o tamanho perfeito. É só mandar gravar a data do nosso namoro e depois embrulhar. Vou a aproximar-me da sala onde vou ter aula quando esbarro com alguém. Olho para a pessoa e rolo os olhos.

"Olá, Zayn." A sua voz irritante cumprimenta.

"Adeus, Ella." Digo e começo a retomar o meu caminho.

"O que se passa?" Pergunta e eu olho para ela. "Há uns meses querias levar-me para a cama e agora és assim?" Aproximo-me dela.

"Há uns meses, eu não estava propriamente vivo e normal. Além disso, não gosto de carne mastigada." Cuspo e o seu queixo cai. Vejo a sua mão voar para o meu rosto mas agarro-a a tempo.

"És um estúpido." Atira e eu rio-me.

"Tu é que perguntaste." Estalo e largo-a, retomando o meu caminho para a aula de Filosofia.

Olá! Ai meu deus, terça feira já começam as aulas (NÃO) queria dizer que este é o antepenúltimo capítulo da fic. Eu já tenho o último capítulo escrito, assim como o Epílogo. Portanto, só me falta escrever o próximo capítulo e já está! Eu não tenho a certeza se vai ser o penúltimo capítulo mas se não for, eu sou capaz de escrever apenas mais um e depois sim, será o último.

Espero que gostem!

Beijinhos!

I Don't Believe That... I Love You |Z.M|Onde histórias criam vida. Descubra agora