Eu abro os olhos quando sinto movimento contra o meu corpo. Olho para cima para ver o Zayn a olhar-me de uma forma preocupada. Endireito-me e esfrego os olhos. O que será que tenha acontecido? Bocejo e espreguiço-me. Que horas são, exatamente? Acho que tenho sono, tipo, muito sono.
Olho para o Zayn e ele sorri-me, guiando os seus dedos à minha bochecha e deixando-os deslizar pela mesma, o que me faz fechar os olhos em apreciação. Abro novamente os olhos e suspiro. O que será que aconteceu para ele me acordar a uma hora destas? Eu não sei que horas são mas como tenho sono, é como se fosse tarde.
“Zayn, o que é que se passa?” Eu pergunto e ele dá-me um sorriso inocente.
“Amor, eu tenho fome.” Ele diz e eu bufo.
“E acordas-me por causa disso?!” Eu guincho.
“O teu pai está lá em baixo, não queres que vá lá, pois não?” Ele pergunta e eu ergo a sobrancelha.
“Qual seria o problema?” Pergunto.
“Bem, eu estaria sozinho no teu quarto contigo e ele iria dar-me um tiro por isso e por estar a esvaziar a sua dispensa.” Ele explica e eu suspiro.
“Ok, então vais comer para casa enquanto eu vou dormir. Até amanhã.” Eu digo e dou-lhe um beijo rápido nos lábios.
“O quê? Mas-” Ele começa.
“Eu disse até amanhã, Zayn.” Eu interrompo-o de forma rabugenta e ele bufa.
“Ok, fui.” Ele diz e levanta-se da cama, caminhando para a varanda. Olha para mim e manda-me um beijo. “Até amanhã, Evy.” Ele diz e sai.
Não me preocupo em olhar para ele e levanto-me logo, indo até á casa de banho. Não tenho paciência para ir tomar banho. Tomo amanhã de manhã. Lavo os dentes e penteio-me, voltando para o quarto e pegando no pijama para o vestir. Assim o faço e arranjo as coisas para amanhã. Meto-me por baixo dos lençóis e fecho os olhos, adormecendo. Não sei se jantei mas também não tenho fome.
***
Eu gemo em descontentamento ao ouvir o som irritante do meu despertador. Não quero levantar-me, não quero ir tomar banho, não quero vestir-me, não quero comer, não quero ir para a escola, não quero ter aulas. Eu quero ficar na cama, quentinha e a dormir. Porque é que estar com a menstruação é tão chato?
Eu rebolo na cama, ficando de barriga para cima. Empurro as minhas pernas para fora do colchão e deixo os meus pés tocarem no soalho de madeira gelado relativamente à temperatura dos mesmos. Espreguiço-me e bocejo, colocando a mão à frente da boca e puxando os meus cabelos para trás.
Levanto-me e arrasto-me até à casa de banho. Preciso de acordar e o banho é a melhor maneira para isso. Tiro o meu pijama e ligo a água. Eu acho que tenho de lavar o cabelo mas acho que a energia é pouca. Hoje, especialmente hoje, não tenho paciência para nada. Um nó forma-se no meu estômago ao lembrar-me que hoje vou jantar com o pai do Zayn e com o Zayn.
Não sei o que pensar sobre isso porque sinceramente, não conheço o Mr. Malik e isso é o pior… Hoje vou ter de dar tudo por tudo para que ele goste de mim. Vai ser a primeira vez que vou estar com ele e os nervos começam a levar o melhor de mim quando penso que ele pode vir a não gostar de mim.
Eu deixo estes pensamentos irem pelo ralo da banheira enquanto a água escorre pelo meu corpo. Eu deixo mas eles não vão. Começo a ficar seriamente preocupada. Ainda agora começou o dia e eu já estou nervosa, não quero imaginar como vou estar quando estiver no jantar.
Coloco o champô no meu cabelo e massajo-o para que o produto se espalhe bem. Eu sei que sou capaz de ser simpática, eu sou de facto uma pessoa educada por isso não há mal nenhum, certo? Não há mal, Evelyn, relaxa. Eu tiro o champô e coloco o amaciador, penteando cada madeixa preta dos meus cabelos.
Acabo de me lembrar que não sei onde vamos jantar e isso põe-me nervosa porque não quero ir demasiado simples para um restaurante todo moderno e chique ou não quero ir demasiado festiva para a casa do Zayn ou para casa do Mr. Malik. Não me posso esquecer de perguntar ao Zayn como é que vai ser o jantar.
Eu tiro o amaciador e o gel de duche que pus enquanto entrava um pouco em pânico sobre o que vestir logo à noite e saio da banheira. Seco-me e tiro o excesso de água do meu cabelo. Volto para o quarto e visto umas cuecas e um sutiã, ambos de renda preta. Deslizo umas calças pretas de cintura subida pelas minhas pernas e aperto o pequeno botão das mesmas.
Visto uma camisola de manga comprida cinzenta clara com as palavras Little Things a preto. Calcei umas meias e umas all star cinzentas. Fiz logo a cama e voltei para a casa de banho para secar o cabelo. Depois de seco, penteei-o e saí da casa de banho, seguidamente do quarto.
Desci as escadas e fui até à cozinha para comer qualquer coisa. Encontro o meu pai sentado à mesa com o jornal nas suas mãos e uma caneca de café. Ele levanta o seu olhar para mim e dá-me um sorriso. Eu olho para o meu lugar na mesa e vejo lá uma caneca com café e um prato com uma sandes mista tostada ainda a libertar algum fumo. Deve ter saído agora da tostadeira.
“Bom dia, Evelyn.” O meu pai diz e eu sorrio-lhe.
“Bom dia, pai. Isto é para mim?” Eu pergunto e ele ri-se.
“Claro que é, querida.” Ele responde e eu sento-me.
“Bem, obrigada.” Eu agradeço e ele sorri.
“De nada, Evelyn.” Ele diz e estas são as últimas palavras ouvidas naquela cozinha. Apenas se ouve o meu mastigar do pão estaladiço e a mudança de folha do jornal do meu pai. Eu nunca tenho grandes temas de conversa com o meu pai. Já com a minha mãe, era capaz de passar o tempo todo a conversar com ela sobre tudo e mais alguma coisa.
“Hum, filha?” O meu pai chama e eu olho para ele, indicando-lhe de que ouvi ele chamar-me mas não respondo devido à comida que se encontra na minha boca. “Ontem, ouvi um barulho lá fora e acreditas que vi um vulto passar por cima do telhado da garagem e a saltar para o terreno do vizinho?” Ele pergunta e eu quase que cuspo o bocado de pão.
“Quê?” Eu pergunto, tentando não associar o vulto que o meu pai se refere ao Zayn.
“Tu não viste nada?” Ele pergunta. “Eu subi ao teu quarto uns minutos depois mas tu estavas já a dormir.” Ele diz e eu ergo a sobrancelha.
Se eu estava a dormir, como é que posso ter visto alguma coisa?
“Digamos que tu viste, visto que era o teu namorado a sair do teu quarto.” O meu subconsciente diz e eu mando-o calar.
“Hum, eu não vi nada.” Eu tento esconder o nervosismo de ser apanhada a mentir e ele assente lentamente, voltando a olhar para o jornal.
Suspiro e continuo a comer o meu pequeno almoço.
Olá! Espero que gostem e desculpem só ter publicado agora mas estive o fim de semana a estudar filosofia e história! Como acham que vai correr o jantar com o pai do Zayn?
Beijinhos! <3
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I Don't Believe That... I Love You |Z.M|
ФанфикEla é nova na escola, doce, inocente. Ele é o rebelde da escola, frio, arrogante. Ele odeia-a por ela fazer com que ele a ame e ela a mesma coisa... Eles vivem uma história de amor intensa mas um grande segredo surge... Poderá o amor deles ser mais...