"Evelyn." a Jade chama-me.
"Hum?"
"Vais falar com o Harry?" pergunta curiosa.
"Porque haveria de falar?" respondo com outra pergunta.
"Vocês são amigos." ela justifica.
"Éramos." corrijo.
"São." ela corrige por cima.
"Não, Jade! Nós deixámos de ser amigos desde que ele decidiu ficar com aquela puta, mesmo sabendo quem ela é!" grito em sussurros.
"Tu és a única que lhe pode ajudar! Vá lá, vai falar com ele." ela pede. Bufo.
"Ok, eu vou." ela sorri e o som do toque ecoa pela sala. Começamos a arrumar as coisas e decido ouvir a conversa do Harry e da Ella.
"Vais para casa?" ele pergunta.
"Sim." ela responde.
"Queres que te leve?"
"Tens carro?" ela pergunta.
"Não, achas?" ele ri. "Eu estava a perguntar se querias que fosse contigo."
"Ah, então deixa lá. Obrigada por acreditares em mim..." ela diz. "Não sei como é que a Evelyn pôde ser tão cabra." uma vontade enorme de lhe dar um estalo invade o meu ser mas contenho-me pois quero ver se Harry me defende.
"Pois..." o meu coração parte-se. Ele não me defendeu? Apesar de tudo, se eu ouvisse alguém dizer mal do Harry eu defendia-o sem pensar.
Olhei para trás e os olhos do Harry encontraram os meus e eu fiz questão de lhe transmitir que ouvi tudo. Ele baixa a cabeça e eu volto a virar-me para acabar de arrumar as coisas. Assim que acabei, saí da sala e fui para a cantina. Peço uma garrafa de água e sento-me numa mesa.
"Posso?" uma voz grave pergunta. Olho para a pessoa e encolho os ombros. "Estás bem?" ele senta-se. Olho para as minhas mãos e sinto as lágrimas picarem os meus olhos verdes. "Fala comigo, Evelyn."
"Estou bem." digo e sinto que o meu interior me revirou os olhos.
"Eu não acredito nisso..."
"Eu já disse que estou bem." tento exutar as lágrimas.
"Olha para mim e diz-me isso." fico quieta e calada. Já não confio na minha voz. Sinto um dedo no meu queixo e o mesmo levantar. "Ó Evelyn... O que aconteceu?" ele pergunta ao encarar os meus olhos cobertos de lágrimas.
"Eu tenho de ir." levanto-me e começo a correr. Oiço os seus passos atrás de mim.
"Espera, Evelyn!" ele agarra o meu braço e vira-me para ele.
"Deixa-me." meio que imploro.
"Não. Eu vou contigo." ele diz e eu caminho para fora da escola. "Onde vais?"
"Casa." digo fria.
"Eu levo-te." ele diz e noto que já nos encontramos fora da escola.
"Não quero." cuspo e sinto os seus braços envolverem o meu corpo. "Larga-me!" sacodo-me mas não tenho sucesso.
"Pára! Eu não te vou deixar sozinha enquanto não me explicares o que aconteceu por isso, pára de tentar afastar-me!" ele aumenta o seu tom de voz. Olho nos seus olhos e enterro a cabeça no seu peito. "Sshh... Calma..." uma das suas mãos permanece no fundo das minhas costas enquanto a outra acaricia os meus cabelos numa tentativa falhada de acalmar o meu choro. "Não chores, princesinha." não sei porquê mas este 'Princesinha' não me soou nojento como costuma de soar... Oiço o seu riso e olho para ele em confusão. "É a primeira vez que não refilas quando te chamo princesa." ele refere.
"Tecnicamente, tu chamaste-me princesinha." defendo.
"Não é igual?" nego com a cabeça e ele ri. "Posso levar-te a casa?" assinto e vamos para a sua mota. Ponho o capacete e subo para a mota. "Agarra-te a mim." rodeio o seu tronco com os meus braços e ele arranca.
***
"Já me vais dizer o que aconteceu?" ele pergunta assim que entramos em minha casa.
"O que sabes sobre a Ella?" pergunto e sento-me no sofá, sendo seguida por ele.
"É mais conhecida como a puta da escola, porquê?"
"Eu soube que ela queria humilhar-me a mim e ao Harry mas o Harry acreditou na 'inocência' dela." explico e faço aspas com os dedos.
"Eu sempre soube que esse gajo ia fazer merda qualquer dia."
"Zayn." grunho.
"E estavas a chorar por causa disso?"
"Ela chamou-me cabra e o Harry não me defendeu! Nós éramos amigos! Se alguém andasse a dizer mal dele, eu defendia-o sem pensar duas vezes! Mas ele não o fez..." baixo a cabeça. "Isto é sempre assim... Eu confio na pessoa e depois essa pessoa trai a minha confiança!" escondo o rosto nas minhas mãos. "Conclusão, eu é que acabo magoada." olho através do espaço por entre os meus dedos para Zayn e vejo que este está irritado. "Que foi?"
"Esse gajo... Vou matá-lo!" ele grita e levanta-se do sofá.
"Não!"
"Não, porquê?!"
"Porque ele é meu amigo!"
"Amigos como ele não são verdadeiros! Ele deixou-te assim! Tu já viste como estás?! Os teus olhos estão vermelhos, as tuas bochechas também! Ele deixou-te magoada!" ele grita.
"E como achas que me deixas?! Achas que não me deixas com vontade de chorar?!" grito e tapo a boca logo de seguida como se quisesse impedir qualquer frase estúpida sair da mesma.
"Eu também te ponho assim?" ele sorri.
"É motivo para sorrires?"
"Quer dizer que mexo contigo."
"Sim, sim." ele aproxima-se mas não há qualquer divertimento no seu rosto.
"Apesar de gostar do facto de mexer contigo, sinto-me um cabrão por te fazer chorar." ele passa a mão pela minha bochecha.
"O que se passa contigo?" pergunto.
"Nada, porque perguntas?" ele mantém a sua mão na minha bochecha.
"Estás a ser simpático e isso é estranho." ele ri.
"Preferes que seja rude?"
"Não!" digo rapidamente e ele ri.
"Eu não gosto de discutir contigo. Eu não sei porquê mas gosto de ti." o meu coração aquece ao ouvir estas palavras vindas da sua boca. Sinto o seu rosto aproximar-se do meu. Os seus lábios roçam nos meus e os meus olhos fecham com o toque. Ponho uma das minhas mãos na sua nuca e puxo-o, fazendo os nossos lábios colidirem. Querem saber como fiz isto? Bem, não faço a mínima ideia. Mas uma coisa é certa, estou a gostar. Aliás, os lábios do Zayn são tão suaves e grossos que qualquer uma gostaria de os ter junto aos seus! Tudo porque ele é irresistível.
Olá! Espero que gostem! O próximo capítulo vai aquecer, amores! Beijinhos!
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I Don't Believe That... I Love You |Z.M|
FanficEla é nova na escola, doce, inocente. Ele é o rebelde da escola, frio, arrogante. Ele odeia-a por ela fazer com que ele a ame e ela a mesma coisa... Eles vivem uma história de amor intensa mas um grande segredo surge... Poderá o amor deles ser mais...