Capítulo 1

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Evelyn P.O.V 

Sempre gostei de ir para uma escola nova! Estava farta daquele colégio cheio de pessoas ricas e fúteis! Eu também tenho dinheiro, não tanto como os meus colegas mas tenho bastante e acham que me importo com isso? Claro que não! Eu acho que nós devemos gostar de uma pessoa pela sua personalidade e não pelo facto de ter ou não dinheiro!

Muito bem. Então. Eu, Evelyn Sandler, sou uma rapariga americana de 17 anos que vai para uma escola nova em Londres. Estou no 11º ano em Economia porque os meus pais disseram que era uma boa área e eu até gosto! Sou filha única mas vou-vos dizer uma coisa, amo a minha mãe mas não sei porquê, o meu pai não me inspira confiança. Eu sei que parece um bocado mau mas porra é verdade! Se calhar é por sermos muito diferentes... Eu passo a explicar... Eu tenho os cabelos pretos encaracolados como os da minha mãe e olhos verdes como os de não sei quem mas aprendi no 9º ano que o verde não passava de castanho claro, o que sempre achei estúpido... Passando à frente... O meu pai é loiro e tem os olhos castanhos. Como vêem, fisicamente somos bastante diferentes... Esperem! Eu tenho uma coisa em comum com ele! Adoro ver jogos de futebol! Mas jogo volei. 

Ok vamos parar de falar sobre o que tenho e o que não tenho em comum com o  meu pai... Então hoje chegámos à nova casa e eu confesso que não estou a gostar de Londres... É frio e eu detesto frio!

"Quero calor..." resmunguei.

"Calma querida... Londres é uma cidade fria mas é bonita!" a minha mãe diz-me. Sim por acaso, até é. Quero visitar isto tudo mas não pode ser agora porque tenho de arrumar as coisas e amanhã vou começar a escola.

Nunca achei normal uma pessoa mudar de escola a meio do período... Também estamos apenas a uns meses das férias de natal por isso nem é muito tarde... Será que as pessoas da nova escola vão gostar de mim? Eu considero-me uma pessoa bem educada e divertida, segundo os meus amigos mas não sei... Tudo pode mudar...

"Evelyn?" o meu pai chama.

"Sim?" 

"Tens de arrumar as tuas coisas, não te esqueças." rolo os olhos. Mas apenas mentalmente. 

"Ok!" subo as escadas com as minhas malas e abro todas as portas até encontrar o meu quarto, que o meu pai disse que teria uma das paredes cor de laranja.

Ah, finalmente! Tinha mesmo de ser a última porta... O quarto já está mobilado mas o meu pai disse que eu podia mudar o que quisesse mas acho que umas molduras e um placard de cortiça chegam perfeitamente para o quarto ficar tal como eu gosto!

Comecei a arrumar as minhas coisas no armário e na cómoda. Pus a moldura da sorte, como lhe chamo, em cima da mesa de cabeceira. Oh pois, desculpem... Eu chamo-lhe moldura da sorte porque tem uma fotografia de um homem com os olhos iguais aos meus e não sei porquê mas sempre que estava triste, olhava para a moldura e aquilo acalmava-me. Aquele olhar intenso transmitia-me calma e eu conseguia superar a tristeza. Eu sei que é estranho ter uma fotografia de um estranho mas eu sou estranha por isso acho que não faz mal.

"Querida?" a minha mãe chama-me à porta do quarto e eu logo escondo a moldura. Ela odeia esta fotografia mas por um lado, percebo-a porque é tipo... Um estranho mas por outro lado, há outra razão para ela não gostar da fotografia mas também não me vou preocupar com isso agora.

"Diz mãe." sorrio-lhe.

"O que queres jantar?"

"Não sei, eu não tenho muita fome..."

"Fazemos assim, eu faço uma sopa e tu comes um bocado e depois comes uma peça de fruta."

"Ok mãe, obrigada." sorri-lhe novamente e ela saiu do meu campo de visão.

I Don't Believe That... I Love You |Z.M|Onde histórias criam vida. Descubra agora