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GIULLIA

Aquele vampirinho não me escapa! Se o Matheus pensa que eu vou desistir de montar naquele corpo sarado e delicioso que ele tem, está muito enganado.

Eu já estava vestida com aquela maldita roupa de empregada que ele jogou pra mim antes de sair pro enterro do "sogro dele". Toda essa trabalheira para roubar a grana da Barbie Burra iria nos trazer um bom resultado. Afinal, eu entendia bem quando o assunto era aplicar golpes nas pessoas. Pois foi isso que eu fiz depois que havia terminado com o vampirinho cinco anos atrás.

Já arrecadei muita grana com homens podres de ricos, e nem precisei me casar para isso, bastava algumas noites de sexo e eu já dominava os pobres coitados. Meu último golpe foi em um idoso. José Ernesto o nome do infeliz. Ele era dono de uma das empresas mais lucrativas do país, e não foi difícil fisgar um pouco da grana do desgraçado. Por conta de sua idade avançada, ele nem via os desvios bancários que eu fazia e as inúmeras jóias furtadas por mim. Ele decidiu viajar e me levar junto, nós fomos para a Suíça, e lá, eu decidi me livrar dele de uma vez por todas. Coloquei uma boa dose de sonífero em seu whisky, e esfaqueei-o até a morte enquanto ele dormia. Se eu fui pega? Mais é claro que não! Giullia Mendes sempre age com cuidado e discrição. Retornei ao Brasil ainda na madrugada do mesmo dia, e fiquei em um hotel barato da cidade.

Não foi difícil localizar o pai do meu vampirinho, Evandro era um homem bastante conhecido, e rapidamente eu achei um de seus inúmeros endereços. Achando o pai, o filho foi molezinha.

Ouvi o barulho da porta sendo destrancada e corri para a sala.

Hora da ação!

Matheus entrou abraçado com a piranha loura e a levou para o sofá. Eu observei a cena com uma carranca aparente, mas logo tratei de melhorar a expressão quando o vampirinho me lançou um olhar duro.

- Quem é esta? - a voz chata e aguda da "noiva dele" foi direcionada para mim, mas eu me mantive quieta.

- Está é a...

- Elyse - eu respondi rápida.

- Elyse é a nova empregada da casa, amor. - Matheus disse, tentando aliviar a cara de rabo que a Vaca Loura estava.

- Uma empregada é muito útil na hora das tarefas domésticas, amor. Pois você poderia ficar bastante cansado se fizesse tudo sozinho. - ela comentou com um rosto infantil.

Tão ingênua! Tão manipulável!

Mal sabe ela que eu pretendia cansá-lo de outro jeito; na cama dele, gemendo seu nome e cavalgando em cima do seu...

- Que tal se você preparasse um suco concentrado de maracujá, Elyse? - meus pensamentos foram interrompidos pela voz forçada de Matheus.

Assenti forçando um pequeno sorriso e caminhei até a cozinha para preparar o bendito suco. Eu colocaria bastante maracujá no copo dela para que a puta dormisse e não acordasse nunca mais.

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EVANDRO GUERRA

Estacionei o carro na calçada de um dos meus apartamentos e encarei a mulher ao meu lado. Ingrid dormia tranquilamente no banco carona. Eu a observei por uns instantes antes de sair do carro e pegá-la no colo. A maldita não pesava nada, era leve como uma pluma. E também, eu já era bem experiente em carregar corpos, estivessem eles vivos ou não.

Subi as escadas de modo lento e apertei a campainha com o pé. Thommy, meu outro segurança e comparsa, abriu a porta e eu entrei com a "sogra" de meu filho, a levando diretamente para o meu quarto.

- Senhor, vai deixar a cadela em seu quarto? - Thommy perguntou. Eu nunca deixava nenhuma mulher sequer passar pela porta de minha casa, mas esta era especial, esta tinha muito dinheiro em sua conta. Uma maldita bilionária.

- É por uma boa causa, Thommy - eu expliquei, ajeitando Ingrid delicadamente no colchão macio de meu quarto. - Logo ela me dará o que quero. - eu disse convicto, vendo meu segurança assentir e sair de minha vista.

Peguei meu cobertor que se encontrava dobrado no pé da cama e a cobri carinhosamente.

- Durma bem, meu anjo. Que a sorte esteja ao seu lado - eu disse sombriamente antes de sair e deixá-la na escuridão do quarto.

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