Difícil convivência
As coisas pareciam mais calmas agora, Lili não havia mais sentindo cólicas e estava seguindo a risca as recomendações de doutor Edmundo. Afonso resolveu que o melhor seria ficar com ela todo tempo, por isso levou um colchão de sua casa e começou a dormir no chão da sala para não encomodar Lili. Mas ela não estava lá muito feliz em tem Afonso debaixo do mesmo teto, mesmo sabendo que sua intenção era apenas cuidar dela. As mágoas de tudo que ele fez ainda feria seu coração.
Quem não ficou contente com essa idéia foi Vitória, ela temia que á aproximação de Afonso iria acabar fazendo Lili ó aceitar novamente. Pois ela sabia que sua irmã ainda era apaixonado por ele, e tudo que Vitória menos queria era ver sua Lili sofrendo novamente. Mas ela deixou bem claro para Afonso, que se magoasse Lili outra vez ela não seria tão piedosa. Era com essa ameaça que Vitória deixava o apartamento da irmã todos os dias, quando ia visita- lá.
Mas Afonso não desejava nunca mais fazer isso, ele sabia que no fundo Vitória tinha razão. Se ele não tivesse abandonado Lili, ela não tinha quase perdido seu filho, não estaria desamparada e nem precisava ter trabalhado tanto durante a gravidez. Afonso queria apenas cuidar dela, fazer o que ele devia ter feito dês do começo. Mesmo que Lili nunca ó perdoasse ou aceitasse de volta, ele já estava feliz por estar por perto.
Era sábado a noite, e já havia se passado três semanas dês que Lili teve que ficar em repouso. Afonso cuidou dela todo esse tempo, e mesmo assim Lili ainda estava distante dele. Trocava apenas algumas palavras, apenas o necessário, nada mais do que isso. O que era realmente um sacrifício para Lili, que as vezes esquecia tudo que aconteceu e tinha vontade de trata-lo como antes. Era duro admitir,mas ela ainda gostava muito de Afonso. Esse sentimento parecia fazer parte dela, como uma cicatriz que nunca mais se apaga.
_ Aqui está, Lili! Sua sopa de legumes!... Espero que você goste, foi Alice que fez e trouxe um pouco nós dois! _ Afonso diz colocando a bandeja sobre o colo de Lili, trazendo consigo seu cheiro de banho recém tomado lhe fazendo ficar atordoada.
_ Até quando vou ter que fazer minhas refeições na cama?... Não aguento mais ficar presa aqui o dia inteiro! Daqui a pouco foi acabar fazendo parte dela! _ Lili diz dando a primeira colherada e apreciando o sabor da sopa. Pelo menos agora tinha refeições decente, e não mais passava a custa de pão e sardinha em lata, como fazia quando estava sozinha.
_ Enquanto doutor Edmundo não dizer que você pode se levantar, você vai continuar aí Lili ! _ Afonso afirma, olhando pra ela. Pois era a única coisa que podia fazer. Olhar para Lili, e sentir a imensa saudades de abraça- lá, nem ao menos pode tocar em sua barriga e sentir seu filho se mexer, como ele á via fazer várias vezes durante o dia.
_ Afonso!..., Porque você mentiu pra mim? Porque não me contou que estava lutando no clube!...eu iria entender, se você tivesse me contado! Ou você não disse nada..., Porque já estava com Regina! _ Lili finalmente pergunta, sobre aquela dúvida que a muito tempo a atormentava.
_ Claro que não, Lili! Eu só fiquei com a Regina depois, quando achei que você tinha me traído com Murilo! Fiz isso por vingança .... E nunca te disse nada sobre lutar, porque achei que você nunca aprovaria!.
_ Você estava enganado a esse respeito!...se eu soubesse que lutar era importante para você, mesmo achando perigoso! Eu nunca iria te proibir de fazer isso..., assim como você não me proibiu de trabalhar fora! _ Lili afirma encarando Afonso, e se perguntando se as coisas seriam deferente se ele tivesse dito a verdade. Se eles ainda estariam juntos, felizes com a chegada do seu filho.
_ Eu errei nisso também!... Eu errei em muita outros coisas com você, Lili!... E não sei se um dia, vou conseguir concentar tudo! _ Afonso afirma se sentindo mau por ter sido tão idiota.
_ Quando um vaso se quebra, e quase impossível concerta- lo novamente!... Por mais que você ó cole outra vez, ele ainda vai ter suas rachaduras!... A confiança também é assim! _ Lili dá de ombros encarando Afonso, que á encara com os olhos marejados. Era muito duro ouvir ela dizer aquilo, fazia a esperança de reconquista- lá ficar ainda menor.
_ Eu vou...,. ver se ter algo pra fazer na cozinha! Se precisar de mim e só chamar! _ Ele diz e sai rapidamente para que Lili não ó veja chorando.
_ Isso é o problema, Afonso! .... Eu precisei de você neste últimos meses, e você não estava aqui pra me socorrer! ! _ Lili diz consigo mesma deixando uma lágrima rolar e mexendo em sua sopa.
Aqueles dois meses seriam realmente difíceis, e ela teria que ter forças para continuar alí. Mas iria fazer isso por seu filho!
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Para todo Sempre!
Historical FictionLiliane e Afonso, finalmente estão junto . Vivendo uma vida de casal,apesar de tudo o que tiveram de passar para estar ao lado um do outro. Mas nem tudo são flores na vida dos dois. Dificuldades financeiras, preconceito e certas pessoas do passado p...