Sem esperança.Já havia se passado um mês dês que Lili quase perdeu seu bebê, mas ela se sentia bem melhor agora. Graças ao seu repouso e os cuidados de Afonso, ela já não mais precisava ficar o dia inteiro na cama, pois doutor Edmundo havia liberado que ela se levantasse e fizesse pequenas caminhadas dentro de casa, nada que levasse muito esforço. Se a saúde de Lili andava melhor, a relação dela com Afonso continua na mesma. Por mais que rapaz se esforçasse para agrada- lá, Lili não sedia, continuava a trata -lo com a mesma hostilidade de sempre. Por mais que ela ainda amasse Afonso, todo vez que Lili ó olhava lembrava que algum tempo atrás ele estava nos braços de Regina e isso a deixava enjoada. Tudo que ele havia falado pra ela naquele dia fatídico, já tinha sido esquecido, mas sua traição com aquela garçonete, não!. E Afonso sabia disso muito bem, sabia que ficar com Regina foi sua ruína. No fim a garçonete tinha conseguido se vingar dele, pois tirou tudo que ele mas amava.
Lili estava na pequena varanda do apartamento, olhando a cidade enquanto acariciava sua enorme barriga. Afonso olhava aquela cena como se sua vida dependesse disso, como queria fazer o mesmo. Sentir seu filho, tocar em Lili e abraça- lá como antes, beijar seus lábios e sentir seu coração disparar como um louco. Mas Afonso e tirado daquele momento, quando ouve batidas na porta da frente. Ele vai atender, tendo quase certeza que era Vitória, ela sempre vinha ver Lili todos os dias. Mas assim que ele abriu a porta se deparou com senhor Ernesto, o último pessoa que Afonso poderia esperar.
_ Boa noite Afonso!...eu vim, ver minha filha! _ Senhor Ernesto diz um pouco cabisbaixo.
_ Pode entrar, ela está na varanda! _ Afonso afirma dando lhe passagem, e esperando que ele tenha vindo até ali para fazer as pazes com Lili.
_ Pai!!!!_ Lili aparece na porta que dá acesso a varanda pois havia ouvido a voz do seu pai e veio conferir se não estava sonhando.
_ Oi filha!!...eu vim ver...! _ Senhor Ernesto não consegui terminar a frase, pois assim que viu sua filha a emoção tocou mais forte. Já fazia seis meses que ele não á via, pois fui um grande turrão á afastando de sua vida.
Mas quando sua esposa disse que Lili andava mau de saúde, ele não conseguia mais parar de pensar em sua pequena bonequinha tagarela. Demorou pra conseguir engolir todo seu orgulho, e por fim teve coragem de ir procurá-la e pedir perdão.
Ele vai até sua filha e á abraça com força, sentindo a garota chorar em seus braços. Como sentiu saudades da sua pequena Lili, sua companheira de sempre. E como ele sofreu todo esse tempo longe dela, queria apenas mostrar para ela que o caminho que estava seguindo era errado, e acabou afastando sua filha dele.
_ Me perdoa, minha filha!... Eu sou um grande idiota! Eu não tenho vergonha de você ou do meu neto!... Ao contrário tenho orgulho da mulher forte que você se tornou!.
_ Pai..., Eu não tenho nada que te perdoar! O senhor não sabe a falta que senti de você,toda esse tempo! _ Lili abraço seu pai novamente se sentindo aliviada.
Afonso acha melhor sair e deixar os dois a sós para conversar. Ele estava feliz por senhor Ernesto ter vindo fazer as pazes com Lili, só ele sabe o quanto e dura não ter uma boa relação com os pais. Pelo menos agora ele e seu pai se davam bem, mas ele ainda carregava uma grande mágoa de sua mãe, que desapareceu e nunca mais procurou ele e sua irmã.
_ Como você está minha filha?... Está sendo bem cuidada? _ Senhor Ernesto pergunta, depois de sentar com Lili na varanda.
_ Estou sim, pai!... Afonso tem cuidado muito bem de mim e Alice sempre vem pra me ajudar no que preciso?
_ Então vocês dois se reconciliaram?
_ Não!, Ainda não consegui perdoar Afonso por tudo que me fez!..., Ainda sinto muito mágoa por tudo!... Só aceitei que ele ficasse aqui, porque ele é pai do meu bebê e não posso afasta - ló do próprio filho! _ Lili afirma.
_ Já que você não quer mais voltar com Afonso, quero que você volte a morar comigo e com sua mãe, assim que o bebê nascer!... Tereza poderá ajudá-la a cuidar do bebê nós primeiros meses, e depois se você quiser poderá voltar a cuidar da contabilidade da oficina!... aquilo está uma bagunça, dês que você saiu! _ Senhor Ernesto diz sorrindo para filha.
_ Acho que vou mesmo precisar de ajuda com o bebê!...e voltar a trabalhar na oficina vai ser muito bom! Sinto muito falta daquele lugar! _ Lili afirma se sentindo feliz por seu pai estar alí, por poder voltar para casa.
_ Então, está acertando! Assim que o bebê nascer você volta pra casa! _ Ele abraça a filha se sentindo aliviado, por finalmente ter se entendido com ela, por Lili ter ó perdoado.
Assim que senhor Ernesto vai embora, Afonso volta pra casa e encontra Lili sentada na varanda. A garota tinha um semblante alegre no rosto, e aquilo lhe fez sorrir também. O rapaz chega devagar e se senta na outra cadeira de frente para Lili.
_ Está tudo bem? _ Ele indaga , e vê a garota olhar para ela com um sorriso no rosto. Algo que raramente acontecia.
_ Não poderia estar melhor! Eu e meu pai nos entendemos!
_ Isso é ótimo! Eu sabia que uma hora ou outra senhor Ernesto ia cair em si e ia lhe procurar, ainda mais agora que você vai lhe dar um neto!
_ Meu pai quer que eu vá morar com eles novamente, assim que o bebê nascer!... E também volte a trabalhar na oficina, cuidando da contabilidade! _ Lili comenta fazendo Afonso engolir em seco. Seu semblante antes alegre se entristece, se isso acontecer suas chances de voltar com Lili havia acabado.
_ E, você...vai?.
_ Sim, vou precisar de ajuda pra cuidar do bebê!... E assim te livro da obrigação de estar comigo a todo tempo! _ Lili afirma sem ter noção de ó quanto aquelas palavras estavam magoando Afonso.
_ Não é obrigação nenhuma cuidar de você e do meu filho! ...., Faço isso porque ti amo!_ Afonso se altera, o que mais ele tinha que fazer para que Lili ó perdoasse?.
_ Você devia ter pensado nisso antes de me acusar de algo que não fiz!... E logo depois ter corrida para cama daquela mulher fútil! _ Lili também se altera e ó encara.
_ Acho melhor parar essa conversa por aqui! Você não pode ficar nervosa!... Vou pedir para Alice ficar com você essa noite, assim te poupo da minha indesejável companhia! _ Afonso diz antes de sair porta a fora, enquanto Lili olha o horizonte se sentindo péssima por ter lhe tratado tão mau. Mas aquele sua mania de falar pelos cotovelos, as vezes acabava falando sem pensar e machucado os pessoas como fez agora.
Alice veio passar a noite com Lili, e ficou o dia seguinte também. Afonso não havia aparecido nem sequer para perguntar como ela estava, e Lili estaria mentindo se dissesse que aquilo não incomodou. Tudo que a garota mais queria, era fechar os olhos e voltar no passado. Quando os dois ainda eram amigos, e ela se contentava em apenas suspirar por ele em segredo.
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Para todo Sempre!
Historická literaturaLiliane e Afonso, finalmente estão junto . Vivendo uma vida de casal,apesar de tudo o que tiveram de passar para estar ao lado um do outro. Mas nem tudo são flores na vida dos dois. Dificuldades financeiras, preconceito e certas pessoas do passado p...