Existem pessoas boas e pessoas más. E há aquelas que vivem entre os dois.
A Primeira Guerra Bruxa deixou feridas profundas e muitos segredos. A história que você está prestes a ler faz parte de muitas que ainda não foram contadas. Até agora. Os gême...
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- Hey, Damien! Você foi ótimo na aula de feitiços.
De um ponto qualquer da comunal, surgiu uma garota loira com um largo sorriso no rosto. Ela vestia a blusa branca e a gravata verde-prateada um pouco folgada no pescoço. Sua saia era totalmente verde, diferente da saia de tecido escocês de Elizabeth. A garota se aproximou devagar, pedindo uma permissão silenciosa para se sentar junto deles. Damien que antes lia com muito afinco, agora prendia sua atenção na garota loira e sorriu também como se não estivesse horrivelmente tenso segundos atrás. Ele se ajeitou no sofá e devolveu o cumprimento, dando espaço para ela que logo se jogou pesadamente no assento fazendo um barulho ao se acomodar entre os gêmeos.
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- Daphne-gatinha, obrigado. Você também. – a voz de Damien era cínica e demasiada lenta. Elizabeth observou tudo cada vez mais intrigada, segurando a cara de espanto. Ele apoiou o cotovelo no braço gordo do sofá e a cabeça em sua mão, brincando com algumas mechas do próprio cabelo. Encarava Daphne totalmente sorridente quando apontou com a cabeça para Elizabeth e a apresentou:
- Essa é Elizabeth Bellator, minha querida e famosa irmã que desmaiou no meio do salão principal estragando a sua própria cerimônia de seleção. – sorriu.
- Desnecessário, Damien. – Elizabeth comentou sem jeito.
Daphne pareceu levar a brincadeira numa boa e respondeu, oferendo a mão para cumprimentá-la.
- Oi, meu nome é Daphne Greengrass... espero que esteja gostando da nova escola.
Elizabeth segurou a mão dela por um breve momento e então olhou para Damien e, sem que Daphne percebesse, se comunicou silenciosamente com ele. O garoto mantinha a expressão zombeteira e a atenção deles repentinamente foi transferida como o outro garoto que acabava de cruzar a entrada principal: Draco Malfoy. Ele andava com o conhecido ar de superioridade e muita autoconfiança para a pouca idade. Os cabelos loiro-acinzentados estavam perfeitamente alinhados para trás e o sonserino era alto em comparação com os colegas que o acompanhavam. Elizabeth admitiu que ele era atraente, mas insuportável. Não pode evitar de lembrar da forma constrangedora com o qual o pai dele a encarou mais cedo e a hostilidade em forma de piadinhas direcionadas a ela. O jovem bruxo parou no meio da comunal, rodeado de amigos e falava em voz alta para quem quisesse ouvir:
