5- Segunda-feira (2°)

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Se passou a semana, tudo se repetiu: acordar, se arrumar, colocar comida para o gato, pegar um táxi para a estação, pegar o metrô, playlist, fone de ouvidos e ir trabalhar. Não tenho nada de diferente para o que reclamar, o metrô sempre está cheio. Só faço me esvoaçar em meus pensamentos. 

-  A garota do Texas está pensativa, não? - Timothée pegou o mesmo metrô que o meu! Como na segunda-feira anterior

- Talvez, escutando os seus podcasts? 

- Sempre. E escutando The Cure!

- Miranda tentou me convencer de sair ontem, mas não fui. 

- Acho que você nem queira saber nas coisas que andou dizendo sobre você. 

- São boas ou ruins? 

- Ela disse que você me encontrou na segunda-feira anterior e agora ela quer que nós saiamos juntos, só nós dois. 

- Feito um cupido. Fica fria, ela pediu também para eu lhe chamar para sair e ela explanou muitos de seus relacionamentos para mim.

- Exatamente! Eu não acredito que ela fez isso. 

- Acho que ela não sabe que é realmente chato forçar a barra das outras pessoas por relacionamento. 

- Tirou as palavras da minha boca! 

- Bom meu ponto será um pouco longe, acho que teremos um bom tempo para conversar aqui. 

- Maravilha!

Eu conheci ele e ele me conheceu durante um intervalo enorme de tempo. Timothée é uma pessoa culta, gentil e simpático, tem gostos maravilhosos por literatura, o mesmo já morou na França por um tempo que com o tempo que passou lá começou a abraçar o jornalismo como o pai. Ele disse que tem uma irmã que o ensinou várias coisas sobre arte e cinema. Ele disse que gosta de ser chamado de Timmy ou Tim. Timothée parece ser alguém confiável, uma pessoa com na qual pode se abrir, pois não irá julgar.  Temos alguns gostos parecidos que deixa tudo isso engraçado e mais divertido na conversa.

-  Caramba, agora eu sei o por quê de Miranda querer que eu saia com você. 

- Então o que é o por quê. 

- Porque você até que é uma pessoa legal. 

- Você é legal também. 

- Me desculpe a pergunta, mas como era a sua vida no Texas? 

- Só posso dizer que era uma merda, meus pais! Ha! São um bando de desgrçados que não conseguem me apoiar, só querem que eu seja isso, seja aquilo. Até que haviam alguns membros da minha família que pelo menos me parabenizava pelo o meu esforço, por conta deles nunca mais vou colocar meus pés em Dallas. Tipo, eu tinha poucos amigos lá, mas era estranho, é como se eles tivessem desistido de mim só que não dizem para não me magoarem. - MERDA! EU DISSE MUITA COISA DEMAIS!

- ...Sinto muito. - Ele fica sério

- Desculpe, eu falei demais, acabei me empolgando demais com a conversa. 

- Tudo bem se não quiser falar sobre isso, deve ser um assunto delicado.

- É sim. 

- Ah! Meu ponto chegou. - Ele se levanta

- Gostei de conversar com você. 

- Também. 

- Acho que podemos continuar conversando mais tarde? 

- Claro! Até mais!

- Até.

Ele ficou com medo de você...Você disse muito, deveria lavar essa boca com água e sabão. Pelo menos espero que ele não ache que sou uma pessoa que precisa de ajuda psíquica ou terapia. 

Jobless Monday ( Timothée Chalamet )Onde histórias criam vida. Descubra agora