dedo no c e gritaria

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— Anda logo, Mina! — Apressei essa preguiçosa que estava calçando os tênis. — A gente ainda tem que passar na casa da Jihyo, acelera aí!

— Respira, Sana. — Revirou os olhos. Odeio quem faz isso. — Ela não vai sair do lugar não.

— Na verdade... — Momo colocou a cabeça dentro do quarto enquanto se apoiava na porta. — Ela pode muito bem desistir da carona e ir com a irmã dela de ônibus.

— Calça logo essa droga de sapato! — Praticamente gritei, a fazendo pular de susto. Acho é pouco, quem manda se atrasar?

— Credo, garota. Isso tudo é só pra ver a namoradinha? — Resmungou levantando da cama. — Pronto, podemos ir, feliz?

— Muito. — Andei em direção à porta, mas parando no meio do caminho. — E a Jihyo não é minha namoradinha coisa nenhuma.

— Tá querendo enganar quem, Sana? — Momo ergueu uma sombrancelha. Quem olha nem pensa que a bichinha é mais lerda que uma porta.

—A Chaewon vive me contando os relatos em que Jihyo é vítima de suas cantadas. — Falou em um tom debochado. — Péssimas, por sinal. Tem que melhorar aí, mana.

— São tão péssimas assim? — Momo.

— São. Se você escutar, seus ouvidos vão acabar sangrando, experiência própria.

— Dá pra vocês pararem de fingir que eu não estou aqui?! — Gritei sentindo minhas bochechas ficarem quentes.

— Tá brabinha, tá? — Momo debochou. Não sei nem se essa palavra existe, mas vou usar mesmo assim.

— Eu vou chamar a omma Seullie pra irmos, Mina. — Falei emburrada indo para o corredor da casa.

— Você que deveria levar ela pra essa festa, Momo! — Escutei Mina reclamar.

Justamente por estar escutando a conversa alheia ao invés de prestar atenção por onde ando, tropecei em algo e caí de cara com o chão.

— Minha cara... — Resmunguei sentando-me e vendo no que eu tropecei.

— Mozuku? — Deu um miado. — Olha por onde anda! — Outro miado. — Por que eu tento conversar com você mesmo? — Me levantei recebendo um miado como resposta. — Foi o que pensei.

[...]

— Chegamos na casa dela, feliz? — Omma Seullie perguntou olhando para mim, que estava no banco de traz do carro, pelo retrovisor.

— Sim. — Respondi emburrada abrindo a porta do carro e pulando para fora.

— Acho que ela tava mais ansiosa pra chegar aqui do que na festa. — Escutei minha mãe comentando para Mina.

— Acredita que eu tava pensando a mesma coisa? — Eu realmente tenho ela como irmã?

Ignorando as duas, digitei o número do apartamento dela no interfone e quem atendeu foi, infelizmente, o pai dela.

— Alô? — Perguntou.

— Oi, tio! Aqui é a Sana, manda a Jihyo e a Chaewon descerem?

— Claro. — Aparentemente afastou o telefone da orelha e conversou com alguém. — Quero elas chegando inteiras aqui, tá ouvindo?

— Sim, tio. — Respondi rindo.

— Elas já estão descendo. Tchau, Sana, fazia tempo que você não vinha aqui.

Me despedi e fiquei uns minutos balançando de um lado para o outro enquanto esperava as duas descerem.
Até que eu as vi, e desculpa mães, mas puta merda. A Jihyo tá linda demais.

Eu só queria jogar, poxaOnde histórias criam vida. Descubra agora