Capítulo 17

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[Marília Pov On]

Maraisa sai puxando a irmã e fico sozinha novamente como meu filho.
Coloco ele no trocador, e tiro sua roupinha e fralda também, pego meu menino no colo, sigo até o banheiro que tem em seu quarto.

Ligo o chuveiro no morno, enchendo sua banheira que estava em um suporte, que, batia em minha cintura. Coloco ele dentro, começo a dar banho nele, resolvo cantar já que ele adora escutar minha voz.

- A dona aranha subiu pela parede. - começo e escuto alguém continuar. Olho pra trás e vejo Maraisa com um sorriso nos lábios.

- Veio a chuva forte e a derrubou.

- Já passou a chuva o sol já vai surgindo. - continuo.

- E a dona aranha continua a subir.

Olho para o Léo que prestava atenção na canção e batia as mãozinhas na água.

- Alguém aqui adorou escutar a gente cantando. - Falo tirando meus olhos do pequeno e levando até Maraisa.

- Ele é um amor, vontade de apertar. - Ela se aproxima e deixa um selinho em meus lábios.

- Já já você vai poder apertar ele, só deixa esse bonitão sair do banho.

Ficamos conversando até terminar de dar banho no Léo, saímos do banheiro e começo a ajeitar o meu garoto. Sob o olhar atento de Maraisa.

- Pronto, está cheiroso e todo arrumado para você apertar ele. - pego ele no colo e Maraisa estica as mãos para ele ir com ela. Vejo Léo se jogando pro colo dela.

- Oi meu amor, como você está cheiroso igual sua mãe, você sabia que a titia e ela se gostam muito? Pois é, eu gosto muito dela e de você também. - enche ele de beijinho.

- Assim eu fico sem graça. - deixo vários selinhos em seus lábios e vejo a porta do quarto abrindo.

- Achei as pombinhas, bom dia! - Minha mãe fala já entrando no quarto e me abraçando.

- Bom dia - falamos em coro e abraço minha coroa.

- Subi para avisar que o café está na mesa, estão todos lá.

[...]

Já era de tarde quando o forte temporal caiu no sítio, estava na área da piscina que era coberta, conversando, bebendo e rindo muito com os meus amigos. Maraisa estava ao meu lado e sua mão estava sob minha perna, vi os olhares que o pai dela deu em nossa direção mas fingi que não vi.

Fico mais alguns minutinhos conversando e levanto para ir ao banheiro, antes de entrar sinto alguém me puxando pelo braço. E era mãos de homem, me viro rápido e vejo o pai de Maraisa me encarando.

- Eu quero que você se afaste da minha filha. - ele fala ríspido e com ódio no olhar, sinto meu corpo tremer.

- Não, não vou me afastar dela só porque você quer, você não manda em mim.

- Mas eu mando nela, e principalmente na minha casa, que pouca vergonha Marília. Você uma mulher linda, botar minha filha no caminho errado.

- E oque é o correto para você? Ver ela em um relacionamento com um cara que trai ela? Por que foi isso que Wendell fez, foi isso que o Luiz fez. E não tem nada de errado ela gostar de mulheres. - vejo ele rir.

- Você está carente e usando minha filha, Murilo não deu conta do recado e deu nisso, você está é precisando de um HOMEM. - ele da ênfase.

Não pensei nem duas vezes e dei um tapa em sua cara.

- Você vai se arrepender por esse tapa, só te peço uma coisa. SE AFASTA DA MINHA FILHA. - ele aponta o dedo em meu rosto e dou um tapa em sua mão.

- SAI DA MINHA CASA, ANDA SEU LIXO. MACHO ESCROTO, MACHISTA DO CARALHO. ANDA SEU VERME, SAI DA MINHA CASA AGORA!

- O que está acontecendo aqui? - Vejo Maraisa se aproximar.

- Seu pai está me ofendendo, me ameaçando e ainda mandou eu não ter mas nenhum tipo de contato com você. - falo rápido e segurando o choro, sinto minha mão tremer.

- Pai? Você está ficando maluco?

- Não, não estou ficando maluco. Só quero que você me obedeça, você não é isso que sua mãe me contou ontem, ela pode te aceitar mas eu NUNCA vou aceitar você. - ele vai pra cima dela.- sabe o que te faltou? Uma surra bem dada!

Vejo ele pegando Maraisa pelos braços e jogando na parede, não pensei nem duas vezes e voei nele tentando afastar ele dela.

- SOLTA ELA SEU CRETINO. - Começo a dar socos em seu braço.

Logo vejo meus amigos se aproximarem, Henrique, meu produtor, tira ele de perto de Maraisa e Juliano me segura. Vejo minha menina chorando e aquilo parte meu coração.

- SE DEPENDER DE MIM VOCÊS NUNCA IRAM FICAR JUNTAS, NEM QUE EU TE MATE MARÍLIA. NEM QUE QUE MATE! - Ele grita e Henrique vai levando ele para fora da casa.

- Que papelão Cesar, que papelão! - Dona Almira quase grita indo atrás dele.

Maiara já estava do lado da irmã que chorava desesperadamente. Olho para o braço dela, que estava marcado pela força que o pai dela botou ali.

- Pode me soltar Juliano, não vou fazer nada. - Falo pro meu amigo que continua me segurando.

- Tem certeza? Vou confiar em você. - concordo com a cabeça e ela me solta.

- Meu bem... - me aproximo dela e ela solta a irmã se jogando em meus braços. - me perdoa por isso.

- Eu que lhe peço desculpas, meu pai não tem o direito de fazer isso com a gente. - Ela fala com dificuldade entre os soluços.

- Meu pai eterno! Eu vou pegar uma água com açúcar para vocês, Maiara você pode me ajudar minha filha? - minha mãe fala e Maiara concorda indo até a cozinha com ela.

- Você não me deve desculpas de nada Mara, ele que errou, ele que é o culpado. Seu braço está doendo? - passo minha mão sobre o local que ainda estava vermelho.

- Está dolorido, mas logo vai passar. Não quero que nada de ruim aconteça com você Lila, eu gosto muito de você.

- Seu pai não será capaz de fazer nada, ele disse aquilo porque está com a cabeça quente. - Deixo vários beijos em sua cabeça.

- Eu te amo Marília.

- Eu também te amo Maraisa, não consigo mais ficar longe de você, e se depender de mim, seu pai não pisa mais os pés nem aqui, nem lá em casa.

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Como É Que A Gente Fica - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora