Capítulo 38

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[Maraisa Pov On]

Acordamos por volta das três da tarde, perdemos o café da manhã e almoço. Mas conseguimos descer para tomar o café da tarde, tanto eu quanto Marília vestia uma saída de praia da cor branca e chinelos havaianas no pé.

Descemos se mãos dadas, assim que chegamos no restaurante do hotel, vejo Maiara e Bahia sentados em um lugar mais reservado. Seguimos até eles igual duas gazelas saltitantes.

- Bom dia metade, bom dia cunhado do meu coração. - Falo animada.

- Bom dia. - os dois responde sérios de com um mau humor evidente.

- Cruzes, que humor horrível. - Marília reclama e puxa uma cadeira para se sentar, e eu faço o mesmo.

- Dormiram de calça cumprida? - implico.

- Me lembra de nunca mais reservar quarto do lado de vocês e principalmente no mesmo andar. - Maiara bufa.

- Ué metade, como assim sua doida?

- “Ai amor, isso, amor, ui, ui, aí, aí" - Henrique faz uma imitação.

Olho para Marília e vejo suas bochechas rosadas, e tenho certeza que a minha estava igual. Senti meu rosto quente, estava morrendo de vergonha.

- Não adianta ficarem com vergonha, a noite foi agitada. Me senti em um filme pornô, quem passava no corredor escutava vocês. Eu não dormi nada, aliás, acho que vou voltar a investir em mulheres, Henrique e eu nunca chegamos nesse nível.

- Meu Deus, que vergonha. - Falo e escondo meu rosto com as minhas mãos.

- Maiara, é melhor você ficar quieta. - Marília pede.

- A mas claro que não fico, então quer dizer que tive que aguentar a noite toda vocês gozando igual uma ninfomaníacas e agora não posso expressar minha indignação?

- Amor, se acalma. - Henrique pede negando com a cabeça.

- Estou plena, só queria ter essa disposição. Mas ultimamente nem isso, né Henrique?! - alfineta.

- Que legal, casos de família. Cheguei na hora certa. - uma voz surgiu no meio da conversa, olho por cima do meu ombro para ver quem era e sinto meu sangue ferver quando vejo quem era.

- Roberta? O que você está fazendo aqui? - Marília pergunta surpresa.

- Bom dia família, como vocês estão? - ela diz ignorando a pergunta da minha namorada. - me chamo Roberta, amiga da Marília.

- Amiga? - Henrique se ponuncia. - Digo, oi Roberta quanto tempo. - Força um sorriso.

- Essa aí tem cara de destruidora de lares, se você não se importa, pode se retirar.  - Maiara fala com uma cara de poucos amigos.

- Eu concordo plenamente com você, irmã. - falo.

- Bem que me falaram que vocês duas são um nojo, metidas. - Revira os olhos. - Marília meu amor, se quiser conversar estou hospedada no mesmo andar que o seu, no quarto 1090.

- Não temos nada para conversar, só quero você longe de mim, entendeu?! - Marília fala encarando ela seriamente.

- Beijos de luz amore, te espero no meu quarto. - manda beijinho no ar e então eu me levanto dando um tapa na mesa, fazendo todos que estavam ali, olharem para nós.

- Olha aqui sua piranha, Marília está comigo agora, então se você tem amor a sua vida. Peço para que nos deixe em paz, senão eu encho sua cara de porrada. Entendeu vadia? - avanço nela e coloco o dedo em sua cara.

- Não tenho medo de você amore, Marília, venha controlar seu Pincher. - Ela diz debochada.

- Vagabunda.  - foi a única coisa que disse antes de literalmente voar nela, empurrei ela no chão e dei vários tapas em seu rosto, e sinto ela puxar meus cabelos. - Filha da puta dos infernos.

- Marília é minha! - Ela diz.

Então eu dou outro tapa em sua cara, sinto meu cunhado me puxar pra ele, me fazendo sair de cima dela e Marília ajuda a cretina se levantar.

- Sério que você ainda vai ajudar esse saco de bosta?! Vai se fuder vocês duas. - Grito e sinto minha irmã segurar meus braços, eu me debatia tentando me soltar para bater mais na barata sem asas.

- Maraisa, se acalme. - Marília pede me olhando séria. - Roberta, vai para o seu quarto, se precisar de algum cuidado médico fale com Henrique que ele providência para você.

Vejo a vagabunda sair dali e meu cunhado me solta.

- Irmã, o que foi isso? - Maiara fala assutada.

- Precisamos conversar, sabe disso né? - Marília fala ainda me olhando séria.

- Metade, você não pode agir assim. Ela conseguiu o que queria, palco, e você deu tudo que ela queria. Agora olha quantas pessoas estão com o celular na mão filmando esse papelão de vocês.

Rodo meu olhar pelo ambiente e vejo algumas pessoas com o celular, respiro fundo e faço uma massagem em minhas têmporas. Volto meu olhar para Marília, que estava com uma cara nada boa.

- Amor... Me desculpa. - Suspiro e encaro seus olhos.

- Vamos subir, peço nosso café no quarto. - ela diz, e sai andando na nossa frente. 

- É irmã, prepara o ouvido. Ela vai falar muito, confesso que adorei, mas na frente da Lila eu não ia falar isso né.- Maiara ri.

- Rapaz você parece um furacão, é baixinha mas deu trabalho para te segurar. - Henrique reclama.

[...]

Chegamos no quarto, Marília abre a porta e eu entro. Escuto ela fechar a porta atrás de mim, e se instala um silêncio horroroso no quarto.

Sinto minha cabeça doer, e então resolvo tomar um remédio para dor antes que Marília comece a falar por um bilhão de anos na minha cabeça.

Assim que termino de tomar minha água, me viro e vejo Marília me encarando.

- Sabe que aquela cena não foi legal né?! E você sabe perfeitamente que detesto qualquer tipo de agressão.

- Quantas vezes preciso te pedir desculpas? Eu só perdi minha cabeça.

- Eu já desculpei você, não precisa ficar falando toda hora. Já entendi, mas quero deixar bem claro que não gostei, você poderia ter machucado ela, e olha o problemão que isso ia causar.

- Está defendendo aquela vagabunda agora? - Pergunto incrédula e solto um sorriso debochado.

- Maraisa, não estou defendendo ninguém. Nem você, nem ela. Pra mim, as duas erraram.

- Tá bom. - Viro de costas pra ela, e sigo até minha mala. Começo a escolher a roupa para o show de hoje a noite.

- Sério que você vai me ignorar? - Marília pergunta.

- Você quer que eu fale o que? Que vá pedir desculpas pra ela? Se for isso, vá você pessoalmente. Mas quando voltar, não vai ter mais namorada. - falo firme.

[...]

O clima ficou estranho, a gente quase não conversava direito, me recusei a tomar café. Tinha perdido a fome por completo, então foquei em ajeitar minha roupa.

Marília não falava nada, deitou na cama e ficou no celular por vários minutos, ou até horas. 

[...]

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Estou de volta, peço desculpas pela demora. E principalmente pelo tamanho do EP e da forma q foi finalizado. Prometo que tentarei atualizar todos os dias, como era antes ❤️

Como É Que A Gente Fica - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora