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[Maraisa Pov On]
Acordamos por volta das três da tarde, perdemos o café da manhã e almoço. Mas conseguimos descer para tomar o café da tarde, tanto eu quanto Marília vestia uma saída de praia da cor branca e chinelos havaianas no pé.
Descemos se mãos dadas, assim que chegamos no restaurante do hotel, vejo Maiara e Bahia sentados em um lugar mais reservado. Seguimos até eles igual duas gazelas saltitantes.
- Bom dia metade, bom dia cunhado do meu coração. - Falo animada.
- Bom dia. - os dois responde sérios de com um mau humor evidente.
- Cruzes, que humor horrível. - Marília reclama e puxa uma cadeira para se sentar, e eu faço o mesmo.
- Dormiram de calça cumprida? - implico.
- Me lembra de nunca mais reservar quarto do lado de vocês e principalmente no mesmo andar. - Maiara bufa.
- Ué metade, como assim sua doida?
- “Ai amor, isso, amor, ui, ui, aí, aí" - Henrique faz uma imitação.
Olho para Marília e vejo suas bochechas rosadas, e tenho certeza que a minha estava igual. Senti meu rosto quente, estava morrendo de vergonha.
- Não adianta ficarem com vergonha, a noite foi agitada. Me senti em um filme pornô, quem passava no corredor escutava vocês. Eu não dormi nada, aliás, acho que vou voltar a investir em mulheres, Henrique e eu nunca chegamos nesse nível.
- Meu Deus, que vergonha. - Falo e escondo meu rosto com as minhas mãos.
- Maiara, é melhor você ficar quieta. - Marília pede.
- A mas claro que não fico, então quer dizer que tive que aguentar a noite toda vocês gozando igual uma ninfomaníacas e agora não posso expressar minha indignação?
- Amor, se acalma. - Henrique pede negando com a cabeça.
- Estou plena, só queria ter essa disposição. Mas ultimamente nem isso, né Henrique?! - alfineta.
- Que legal, casos de família. Cheguei na hora certa. - uma voz surgiu no meio da conversa, olho por cima do meu ombro para ver quem era e sinto meu sangue ferver quando vejo quem era.
- Roberta? O que você está fazendo aqui? - Marília pergunta surpresa.
- Bom dia família, como vocês estão? - ela diz ignorando a pergunta da minha namorada. - me chamo Roberta, amiga da Marília.
- Amiga? - Henrique se ponuncia. - Digo, oi Roberta quanto tempo. - Força um sorriso.
- Essa aí tem cara de destruidora de lares, se você não se importa, pode se retirar. - Maiara fala com uma cara de poucos amigos.
- Eu concordo plenamente com você, irmã. - falo.
- Bem que me falaram que vocês duas são um nojo, metidas. - Revira os olhos. - Marília meu amor, se quiser conversar estou hospedada no mesmo andar que o seu, no quarto 1090.
- Não temos nada para conversar, só quero você longe de mim, entendeu?! - Marília fala encarando ela seriamente.
- Beijos de luz amore, te espero no meu quarto. - manda beijinho no ar e então eu me levanto dando um tapa na mesa, fazendo todos que estavam ali, olharem para nós.
- Olha aqui sua piranha, Marília está comigo agora, então se você tem amor a sua vida. Peço para que nos deixe em paz, senão eu encho sua cara de porrada. Entendeu vadia? - avanço nela e coloco o dedo em sua cara.
- Não tenho medo de você amore, Marília, venha controlar seu Pincher. - Ela diz debochada.
- Vagabunda. - foi a única coisa que disse antes de literalmente voar nela, empurrei ela no chão e dei vários tapas em seu rosto, e sinto ela puxar meus cabelos. - Filha da puta dos infernos.
- Marília é minha! - Ela diz.
Então eu dou outro tapa em sua cara, sinto meu cunhado me puxar pra ele, me fazendo sair de cima dela e Marília ajuda a cretina se levantar.
- Sério que você ainda vai ajudar esse saco de bosta?! Vai se fuder vocês duas. - Grito e sinto minha irmã segurar meus braços, eu me debatia tentando me soltar para bater mais na barata sem asas.
- Maraisa, se acalme. - Marília pede me olhando séria. - Roberta, vai para o seu quarto, se precisar de algum cuidado médico fale com Henrique que ele providência para você.
Vejo a vagabunda sair dali e meu cunhado me solta.
- Irmã, o que foi isso? - Maiara fala assutada.
- Precisamos conversar, sabe disso né? - Marília fala ainda me olhando séria.
- Metade, você não pode agir assim. Ela conseguiu o que queria, palco, e você deu tudo que ela queria. Agora olha quantas pessoas estão com o celular na mão filmando esse papelão de vocês.
Rodo meu olhar pelo ambiente e vejo algumas pessoas com o celular, respiro fundo e faço uma massagem em minhas têmporas. Volto meu olhar para Marília, que estava com uma cara nada boa.
- Amor... Me desculpa. - Suspiro e encaro seus olhos.
- Vamos subir, peço nosso café no quarto. - ela diz, e sai andando na nossa frente.
- É irmã, prepara o ouvido. Ela vai falar muito, confesso que adorei, mas na frente da Lila eu não ia falar isso né.- Maiara ri.
- Rapaz você parece um furacão, é baixinha mas deu trabalho para te segurar. - Henrique reclama.
[...]
Chegamos no quarto, Marília abre a porta e eu entro. Escuto ela fechar a porta atrás de mim, e se instala um silêncio horroroso no quarto.
Sinto minha cabeça doer, e então resolvo tomar um remédio para dor antes que Marília comece a falar por um bilhão de anos na minha cabeça.
Assim que termino de tomar minha água, me viro e vejo Marília me encarando.
- Sabe que aquela cena não foi legal né?! E você sabe perfeitamente que detesto qualquer tipo de agressão.
- Quantas vezes preciso te pedir desculpas? Eu só perdi minha cabeça.
- Eu já desculpei você, não precisa ficar falando toda hora. Já entendi, mas quero deixar bem claro que não gostei, você poderia ter machucado ela, e olha o problemão que isso ia causar.
- Está defendendo aquela vagabunda agora? - Pergunto incrédula e solto um sorriso debochado.
- Maraisa, não estou defendendo ninguém. Nem você, nem ela. Pra mim, as duas erraram.
- Tá bom. - Viro de costas pra ela, e sigo até minha mala. Começo a escolher a roupa para o show de hoje a noite.
- Sério que você vai me ignorar? - Marília pergunta.
- Você quer que eu fale o que? Que vá pedir desculpas pra ela? Se for isso, vá você pessoalmente. Mas quando voltar, não vai ter mais namorada. - falo firme.
[...]
O clima ficou estranho, a gente quase não conversava direito, me recusei a tomar café. Tinha perdido a fome por completo, então foquei em ajeitar minha roupa.
Marília não falava nada, deitou na cama e ficou no celular por vários minutos, ou até horas.
[...]
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Estou de volta, peço desculpas pela demora. E principalmente pelo tamanho do EP e da forma q foi finalizado. Prometo que tentarei atualizar todos os dias, como era antes ❤️
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Como É Que A Gente Fica - Malila
Roman d'amourMarília Mendonça, no auge dos seus 26 anos resolve parar de dar crédito ao amor. Mesmo sendo uma mulher nova e com a vida toda pela frente, ela resolve focar apenas em sua carreira, seu filho e no lançamento de novas músicas em parceria com suas ami...