Capítulo 14 - Pedidos de desculpas

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Depois de um delicioso desjejum, as relações interpessoais distribuídas em pequenos círculos, proporcionavam diálogos à cerca de vinte minutos

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Depois de um delicioso desjejum, as relações interpessoais distribuídas em pequenos círculos, proporcionavam diálogos à cerca de vinte minutos. Espalhadas, em uma das salas de visitas, haviam várias mesinhas. Em torno de cada uma delas, grupos de conversas autorizados pelo rei papeavam empolgados, cada qual com seus assuntos de diferentes tipos. Mia e Edissa comentavam sobre um livro que estavam lendo em conjunto com Aislah. A princesa queria participar, porém não poderia sair do seu lugar. Deu um sorriso murcho na direção das amigas, depois atentou-se para o rei que contava sobre seus feitos gloriosos: uns que ela detestava ouvir. Até Asser, uma das pessoas mais pacientes que Aislah conhecia, estava saturado de escutar a mesma ladainha, ele discretamente revirava os olhos para a irmã a cada comentário feito pelo pai.

Cinco duque, dois condes e seis lordes demonstravam uma fingida alegria por verem uns aos outros ali e por ouvirem as histórias espetaculares do rei Xaim. Mais uma vez, os irmãos trocavam olhares enfadonhos com a falsidade que emanava, não só da Nobreza presente, mas do seu pai também. Era um jogo social perigoso que os homens faziam só para manterem as aparências. Um dia toda essa suposta cordialidade será desmascarada, mostrando toda a falsidade presente no coração de cada um deles. E quem venceria Xaim Hiram? Nas cabeças desses nobres, seria àquele com um poder esmagador e fatal superior ao do rei. Cada um se achava com esse potencial poder.

A rainha Samira, brincava com as pétalas de uma erva-da-trindade, as três pétalas da flor faziam referência à Santíssima Trindade (o Pai, o Filho e o Espírito Santo).
De modo silencioso, ela passava seu tempo. Ainda estava muito aborrecida com Katrini. A madame tentava puxar assunto com ela, mas só recebia um balançar de cabeça ou um discordar em forma de resmungo.

As escolhidas dividiam-se em assuntos supérfluos do tipo: água milagrosa de Acúrsia que prometia emagrecer rapidamente em poucos dias. Abela, Zara e Yoná estavam contado quantas vezes elas consumiram dessa tal água milagrosa. Shira, Tabita, Hava e Jemime elucidavam sobre um remédio chamado Pó Seca Rápido, vendido a preços altos, que se colocado dentro de um chá prometia uma queima de calorias altíssima; Venília, Elia e Damarina comentavam sobre as roupas de dormir luxuosas, que só poderiam ser da seda mais pura para não irritar a pele, combinado com um hidratante à base de ouro de Orfíris, um dos outros mais raros do Reino de Haviláh. Venília, de forma arrogante, elevou o patamar da vanglória quando revelou que seu tio produzia esses cremes e ela ganhava vários produtos toda semana, e sempre recebia a linha nova antes mesmo de ser anunciado nas mídias. Tudo que Venília queria era ser paparicada, e foi o que Elia e Damarina fizeram, teceram elogios sem parar à garota de Hirá.

Depois que todos terminaram suas conversas e o rei saiu com os nobres. Katrini repuxava os cantos da boca em um choro completamente fingindo. Por trás dos olhos, que brilhavam tristes pelo suposto erro do seu empregado, escondiam uma fúria destruidora. Na outra ponta da mesa ao lado de Asser, Samira, fuzilava Katrini. A demora da madame em pedir desculpa estava deixando todos impacientes. Não tinha outro jeito ao não ser obedecer à rainha, então falou a madame:

Estrella: A Garota Estrangeira - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora