Capítulo 18 - Cachecol do amor

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A mansão do duque de Pérsis ainda era a notícia mais comentada pela vizinhança

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A mansão do duque de Pérsis ainda era a notícia mais comentada pela vizinhança. Muitos achavam que haviam intrusos morando lá. Ou alguém invadiu a mansão e a tomou para si. Será que algum descendente dos Pérsis ainda está vivo?, cogitava um grupo de vizinhos mais antigos que presenciaram a ascenção e a queda da família.

As movimentações estranhas no interior da propriedade destoavam uma curiosidade latente nas pessoas, porém ninguém queria conferir o que se passava na mansão. Não era de interesse de ninguém entrar em um lugar que foi palco de um grande massacre. Muitos acreditavam que eram apenas os fantasmas da família que andavam assombrando. Como ninguém ousava tirar essa história à limpo, preferiram ignorar as suspeitas.

De longe muitos curiosos observavam o lugar, poucos chegavam perto. Os corajosos eram sempre as crianças, e nesta noite duas bisbilhotavam a prioridade. Pelas brechas do imenso portão enferrujado. O crepúsculo surgia, pintando o céu em tons escuros, a lua não estava visível ao olho nu, as pouquíssimas estrelas brilhavam no firmamento.

— Ouvi dizer que é mal-assombrada! É verdade? — indagou um garotinho, com as mãos agarradas aos ferros do portão.

— Lucas, fantamas circulam pela mansão, à meia-noite saem para caçar crianças! — de repente sussurrou ele. — Buuu...

— Mateus, não tenho medo dos mortos, mas dos vivos! Vamos entrar? — a tentativa de assustar o amigo foi por água a baixo, surtindo o efeito contrário, dando ainda mais empolgação a Lucas.

— Eu não! Vai que um fantasma...

— Boa noite! — uma voz fantasmagórica assustou as crianças que corriam aos gritos sem ousar olharem para trás. — Crianças bobas!

Montanha Alta, empurrou o pesado portão da mansão do duque de Pérsis. Trazia consigo várias sacolas com alimentos para abastecer a despensa do seu senhor. Quando chegou na sala, o duque estava diante da lareira, alisando o cachecol, revivendo memórias de uma vida com sua amada. Ele era feliz, e sabia.

— Vossa Graça diz que nunca mais quer vê-la, mas não tira o cachecol que ganhou de presente dela — comentou ele, alfinetando o duque na intenção de vê-lo reagir e ir encontrar sua esposa e retomar seu casamento.

— É o único que tenho! — rabugento, devolveu ele.

— Contra outra história, você tem dinheiro o suficiente para comprar quantos cachecóis quiser — disse ele, indo para a cozinha guardar os suprimentos.

— Notícias? — elevou a voz o duque. Montanha retornou para a sala e sentou no sofá próximo ao duque. — O que mais descobriu além da traição do rei? Ainda prefere reunir todas as provas e fazer um relatório detalhado? Vai me deixar no escuro por quanto tempo?

Estrella: A Garota Estrangeira - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora