It ll Be Alright

Capítulo 01 - O começo

 
| Narrador

Era uma manhã normal, um pouco sombria. O céu estava nublado com nuvens pesadas, como um típico dia  de chuva. Mas, mesmo assim, Haruki Nakayama estava animado. Iria se declarar hoje para um dos garotos mais populares do seu curso de arquitetura, Akihiko Kaiji. Haruki tinha tentado reunir coragem a bastante tempo para colocar para fora seus sentimentos, mas não conseguia e, por isso, hoje era "O DIA" .

Haruki acordou cedo, por volta de cinco horas da manhã, escovou os dentes, tomou banho, lavou seus cabelos, colocou a roupa que iria para o curso; uma camisa branca por baixo, calça jeans escura com alguns rasgos, tênis branco e um sobretudo bege. E como estava frio pela manhã, preparou  o café e comeu alguns biscoitos.

Como mora sozinho não havia necessidade de comer muita coisa de manhã, se alimentava melhor no almoço na loja perto da faculdade ─ onde vendia um ótimo Yakisoba ─, seu prato favorito. Saiu de casa faltando vinte minutos para a sua aula, de metrô, e levou apenas cinco minutos até a faculdade. Sobraria tempo. Por essa razão não teve pressa, trancou a porta e guardou as chaves no bolso, se encaminhando para o seu destino.

Assim que chegou, ainda faltavam quinze minutos, mas a extensão da faculdade era grande. E com isso em mente, foi para a sua sala que era no segundo piso.

Haruki ,cursava engenharia, estava no terceiro ano e sempre quis ser engenheiro. A família tinha o apoiado, então, depois de uma longa conversa com sua mãe, partiu de sua cidade natal, Kamakura ─ a antiga capital de Tokyo ─ para Yokohama, onde ficava a sua faculdade atualmente. Era cerca de apenas vinte minutos de trem, bem perto e, por isso, sua mãe aceitou que ele fizesse faculdade, já que ela não desejava ficar sem as visitas do filho por ele morar longe.

As aulas começaram bem leves, uma vez que faltava apenas uma semana para terminar o semestre e logo começariam as férias. Haruki era muito esforçado, logo, suas notas eram muito boas e, quase não faltava, apenas quando ficava doente ou tinha algo para resolver com a sua mãe em Kamakura. Assim, passaram as aulas até o horário do almoço, calmas e tranquilas.

No almoço, Haruki se encaminhou para a loja, que na sua humilde opinião, fazia o melhor yakisoba que já havia comido. E um pouco antes da saída da faculdade, avistou de longe a pessoa a quem iria confessar os seus sentimentos ao final do dia. 

Akihiko Kaiji era popular e muito bonito, tinha uma boa personalidade e tratava todos bem, e como consequência, sempre estava rodeado de pessoas, especialmente mulheres. Mas, apesar de uma boa personalidade, saia sempre com várias mulheres diferentes a cada vez, contudo, isso não abalaria Haruki, que tinha esperado muito e hoje falaria tudo o que queria há tempos.

Continuou sua rota até a loja, porém antes de sair, comprimentou timidamente Akihiko com um aceno que foi correspondido pelo mesmo gesto.

Ao chegar na loja, sentou-se no lugar de sempre, ao fundo do estabelecimento onde poderia se sentir mais à vontade; chamou o atendente, muito bonito por sinal, de cabelos pretos, sério. Mas, ainda sim, atraente. Fez seu pedido de Yakisoba, e esperou até o atendente chegar com o mesmo, comeu tudo e, como  sempre, estava maravilhoso; pagou pela comida e voltou para o final do período das aulas.

Estava começando a ficar ansioso, faltava bem pouco para expressar seus sentimentos em palavras e, por isso, estava confiante e pensava o quanto seria bom se Akihiko o correspondesse., Se não, aceitaria a recusa e seguiria em frente, seria difícil, principalmente porque começou a nutrir sentimentos pelo amado desde os primeiros anos na faculdade. 

| Pov. Nakayama Haruki

3 anos antes...

Depois que me mudei de Kamakura, onde morava com minha mãe para cursar engenharia, tudo que eu pensava sobre a faculdade ficou apenas na minha imaginação. A mudança foi tranquila, trouxe apenas o necessário como minhas roupas, produtos de higiene pessoal e outros Não precisaria de mobília porquê o pequeno e aconchegante apartamento que aluguei já vinha com ela, apenas precisaria das minhas coisas pessoais; e se faltasse algo, compraria aqui.