It ll Be Alright

Capítulo 12- Correria

| Pov. Haruki Nakayama

A semana havia começado agitada. O principal motivo de tudo isso era que alguém resolveu investir na nossa banda, mas para fechar realmente o contrato precisávamos fazer um show. Não nos apresentar para poucas pessoas como fazíamos antes, mas sim um show de estréia com milhares de pessoas assistindo. Eu estava nervoso e tenho certeza que todo mundo da banda também estava.

- Eu vou ter um treco, Uenoyama me ajuda aqui! - Mafuyu estava mais pálido que uma folha de papel. Ele entrou em desespero assim que chegamos no nosso novo estúdio.

- Não é para tanto também se acalme, a gente sabia das responsabilidades de ser patrocinado, é só um show. - Uenoyama acalmava o "quase marido'', ou ao menos tentava.

Assim que a segunda-feira clareou, Koji enviou a todos da banda o comunicado informando que deveríamos nos preparar, já que daqui um mês estreamos. Eu estive com ele o final de semana todo, no entanto ele não me deu nenhum spoiler sobre esse assunto, ele separa bem o pessoal do profissional e eu acho isso bem atraente " Meu homem é incrível!", pensei silenciosamente.

- O investidor é estrangeiro e eu consegui convencê-lo a patrocinar vocês, sei que o prazo é um pouco curto e me desculpem por isso. Mas espero que deem o seu melhor, a empresa irá ajudá-los com tudo que precisarem. - Koji mantinha uma postura séria e profissional, enquanto meus olhos não saiam de sua figura bem vestida naquele terno escuro e bem alinhado.

- É claro que vamos dar o nosso melhor, não espere menos de nós, seu Engomadinho! - Akihiko alfinetou a fala de Koji e riu com sarcasmo.

Akihiko não me dirigiu mais a palavra depois de tudo que aconteceu e eu agradeço por isso. Acredito que toda a sua implicância com Koji neste momento é pelo fato dele ter visto as alianças nos nossos dedos. Na verdade Koji praticamente esfregou a aliança na cara de Akihiko assim que chegou, a cena de Koji estendendo a mão praticamente no rosto do outro para dar um simples bom dia seria cômica se Akihiko não tivesse rosnado para ele. Sim, ele rosnou, na minha opinião Akihiko parecia um cachorro raivoso que perdeu seu brinquedo sempre que Koji se aproximava.

- Não vamos nos preocupar, todos nós da banda somos bons compositores e somos talentosos. Pensem que poderemos mostrar nossa música a mais gente, não se preocupem, vai dar tudo certo no final. - Eu me juntei à conversa, buscando amenizar o clima desesperador do ambiente, o que claramente não funcionou. O clima caótico se estendeu até o fim do dia e eu acredito que vai continuar assim por um bom tempo.

Os dias seguintes foram corridos. Qualquer horário foi preenchido por ensaios, composiçẽs e passagens de som. Eu quase não via Koji, ele devia estar bem mais ocupado que eu e também não via Ugetsu direito. Ugetsu e eu apenas nos falávamos a noite, quando eu não apagava de sono após tomar banho, mas as poucas horas de conversa rendiam bem.
Contei a ele sobre minha primeira vez e ele parecia estático com toda a informação.

- Peraí, deixa eu ver se entendi. Ele te comeu dentro do carro da maneira mais bruta possível e quase sem nenhuma preparação direito, distribuiu mordidas e tapas no seu corpo inteirinho, te deixou sem andar e ainda te deu aula de boquete te chupando no banheiro da casa da nossa mãe? - Ele resumiu tudo e eu apenas concordei.

- Bom, olhando por esse lado parece até errado, mas eu gostei. - eu disse sem me envergonhar dessa vez.

- Eu nunca imaginaria que você gostasse de sexo bruto. Sempre achei que gostaria das coisas mais fofinhas e carinhosas, quem imaginaria que meu anjinho seria um masoquista. - Ugetsu ria enquanto falava das minhas poucas experiências sexuais.

- Mas agora vamos deixar esse assunto de lado. E você e Takano, como estão andando as coisas? - perguntei curioso.

- Bom, ele quer me namorar, quer algo além do sexual e quer conhecer nossa mãe. Mas eu sinceramente não sei o que responder para ele, entende? - Respondeu sério, mas conhecendo Ugetsu ele parecia preocupado.